Mapa de biomas
Mapa vinte vezes mais detalhado mostra Biomas e Sistema Costeiro-Marinho
30/10/2019 10h00 | Atualizado em 30/10/2019 10h00
O IBGE lança hoje, 30, o Mapa de Biomas e Sistema Costeiro-Marinho do Brasil, na escala 1:250.000, com um detalhamento 20 vezes maior que o da edição anterior, publicada em 2004.
O mapa mostra os conjuntos de vida vegetal e animal, constituídos pelos agrupamentos de tipos de vegetação. O estudo também apresenta, pela primeira vez, o Sistema Costeiro-Marinho, que abrange o litoral brasileiro e inclui áreas de mangue, dunas e praias, dentre outras.
Segundo a coordenadora de Recursos Naturais e Meio Ambiente do IBGE, Luciana Mara Temponi de Oliveira, a inclusão desse sistema no mapa é um pontapé inicial para estudos futuros: “Falta muita informação sobre a diversidade marinha, não há muitos estudos nesta área”.
A partir da escala 1:250.000, foi possível notar diferenças significativas de demarcação entre os espaços geográficos brasileiros. Para Luciana, este avanço significa mais transparência na aplicação de regras de proteção ambiental:
“Recebemos muitas consultas em relação a qual bioma pertence a determinado local. Se está na Amazônia ou no Cerrado, haverá diferença da área da preservação ou quanto será permitido de desmatamento. E as leis ambientais também são feitas utilizando esse tipo de mapa”.
Cerrado: presente em todas as regiões
De acordo com o mapa, a Amazônia continua absoluto como o bioma mais extenso do país, ocupando cerca de 49,5% do território. Já o Cerrado ocupa 23,3% do território brasileiro e é o único bioma presente em todas as regiões do país.
Enquanto a Mata Atlântica ocupa 13% do Brasil, Caatinga (10,1%), Pampa (2,3%) e Pantanal (1,8%) completam a relação de biomas nacionais. A parte continental do Sistema Costeiro-Marinheiro ocupa 1,7% da extensão territorial e se superpõe a outros biomas.
Na visão de Luciana, como a tecnologia para mapeamento avança rapidamente, o próximo passo é, em um futuro muito próximo, traçar um mapa de vegetação primária e refinar ainda mais os limites com atualizações do Mapa de Biomas e Sistema Costeiro-Marinho do Brasil.
“Temos essa possibilidade em aberto. E esperamos o feedback da comunidade científica do que ficou bom e do que pode melhorar. Estamos abertos às críticas e sugestões”, finaliza.