Macrocaracterização
Nova publicação de geociências apresenta retrato dos recursos naturais do país
13/05/2019 10h00 | Atualizado em 31/05/2019 19h17
O IBGE lançou hoje o primeiro volume da coleção Macrocaracterização dos Recursos Naturais do Brasil, também disponível na Plataforma Geográfica Interativa. A série de publicações apresenta os resultados de 20 anos de mapeamentos e pesquisas do instituto nas áreas de Geologia (rochas), Geomorfologia (relevo), Pedologia (solos) e Vegetação. O objetivo da coleção é oferecer à sociedade um retrato do ambiente natural brasileiro, possibilitando uma visão ampla e integrada do território.
O projeto teve origem num convênio entre o IBGE e o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), em 1998, e parte de imagens de satélite para fazer o mapeamento do território.
Segundo o coordenador de Geografia do IBGE, Claudio Stenner, a coleção é “uma forma de aproximar o público em geral de conhecimentos muito importantes, porém pouco divulgados, sobre o nosso país”.
A publicação traz quatro capítulos temáticos abrangentes, todos com mapas, tabelas e gráficos para apresentar, em detalhes, os conjuntos de elementos naturais selecionados para representar cada tema.
O primeiro capítulo fala das dez Províncias Estruturais em que se divide o território brasileiro. Elas são grandes áreas geológicas naturais, com características distintas. O segundo traz o mapeamento de relevo, iniciado na década de 1970 pelo Projeto Radam Brasil. O capítulo seguinte explica os tipos de solo do país e o quarto cobre a enorme diversidade da vegetação brasileira.
O gerente de Mapeamento de Recursos Naturais do IBGE, Therence de Sarti, explica como serão os próximos volumes da coleção: “eles trarão maior detalhamento de itens que foram apresentados nessa primeira, ou também podem cruzar dados e referências”.
A coordenação está preparando um volume sobre os terrenos com maior ou menor chance de deslizamento em todo o Brasil. “Temos outras possibilidades como, por exemplo, cruzar a potencialidade do solo com a cobertura e o uso da terra. Assim será possível ver em que áreas o solo está sendo usado para fins adequados e onde pode haver melhorias”, conclui Therence.