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Após dois anos, comércio volta a crescer puxado por móveis e eletrodomésticos

Editoria: Estatísticas Econômicas | João Neto | Arte: Helga Szpiz

09/02/2018 09h00 | Atualizado em 09/03/2018 08h22

O varejo fechou 2017 com alta de 2,0% frente a 2016. É o primeiro resultado anual positivo desde 2014, quando foi registrado crescimento de 2,2%. Em 2015 e 2016, as vendas sofreram quedas de, respectivamente, -4,3% e -6,2%. Na comparação com novembro, dezembro apresentou recuo de 1,5% e frente a dezembro de 2016 teve crescimento de 3,3%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE.

Com crescimento de 9,5% frente a 2016, o setor de móveis e eletrodomésticos foi o que mais contribuiu para o balanço anual. Segundo a gerente da Pesquisa, Isabella Nunes, o resultado foi estimulado pela redução da taxa de juros em 2017. “Com uma dinâmica de vendas associada à maior disponibilidade de crédito, o setor se recuperou após três anos em queda”, comenta.

A pesquisadora também atribui o resultado positivo à recuperação do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu 1,4% no ano. “O bom resultado nessa categoria foi influenciado principalmente pela redução sistemática dos preços e a recomposição da massa de rendimentos”, explica.

O desempenho anual, no entanto, foi afetado por quedas em combustíveis e lubrificantes (-3,3%), livros, jornais revistas e papelaria (-4,2%) e equipamentos para escritório, informática e comunicação (-3,1%).

Apesar do avanço, Isabella afirma que ainda é cedo para falar em recuperação total. “2017 rompe um período de dois anos de queda nas vendas nacionais, mas ainda está longe de recuperar a perda de 10,2% acumulada nesse período”, pondera.