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Após três anos de queda, indústria cresce puxada por setor automotivo

Editoria: Estatísticas Econômicas | João Neto | Arte: Helena Pontes

01/02/2018 09h00 | Atualizado em 09/03/2018 08h22

A produção industrial fechou 2017 com crescimento de 2,5% na comparação com 2016. É o primeiro resultado anual positivo desde 2013, quando foi registrada alta de 2,1%, e o maior desde 2010, que apresentou o recorde de 10,2% na série histórica que teve início em 2002. Já na comparação mensal, dezembro apresentou variação de 2,8% frente a novembro. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), divulgada hoje pelo IBGE.

O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias exerceu a maior influência no resultado anual, com crescimento de 17,2% frente a 2016. Destacam-se, também, crescimentos nos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (19,6%), de metalurgia (4,7%) e de indústrias extrativas (4,6%). No acumulado do ano, todas as grandes categorias apresentaram crescimento: bens duráveis (13,3%); bens de capital (6,0%); bens intermediários (1,6%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,9%).

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o bom desempenho no setor de veículos automotores foi crucial para o crescimento da produção industrial em 2017. “Praticamente todos os setores tiveram crescimento, mas o setor automobilístico, principalmente a fabricação de veículos pequenos, foi o que mais influenciou. Grande parte disso se deve à melhora no nível de estoques e ao aumento das exportações ”.

O desempenho da indústria foi afetado pelas quedas na produção de derivados de petróleo e biocombustíveis (-4,1%), produtos farmacêuticos (-5,3%) e outros equipamentos de transporte (-10,1%).

Apesar da recuperação, André ressalta que ainda é cedo para falar em recuperação. “O ano de 2017 rompe um período de queda na indústria brasileira, mas ainda está longe de uma mudança ideal”, pondera.