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PAS 2014: Copa do Mundo impulsiona empresas esportivas em três regiões do país

21/09/2016 11h46 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

PAS 2014: Copa do Mundo impulsiona empresas esportivas em três regiões do país

Em 2014, a receita bruta das empresas dedicadas às atividades culturais recreativas e desportivas mostrou a maior variação real anual, entre todas as atividades do setor de Serviços, nas regiões Norte (18,0%), Nordeste (37,8%) e Sul (20,2%), devido à Copa do Mundo de futebol.

Em relação a 2013, o pessoal ocupado no setor de Serviços aumentou 4,5%, enquanto a receita operacional líquida cresceu 6,5% e a massa salarial, 8,0%, ambas em termos reais. O segmento que deu a maior contribuição ao crescimento da massa salarial (2,8 pontos percentuais) foi serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 7,6%.

As três atividades que mais contribuíram para a variação de 8,0% da massa salarial (todas com 1,1 ponto percentual) foram serviços de alimentação (impactados pelo aumento de contratações para a Copa), tecnologia de informação (pela entrada de novas empresas no mercado) e transporte rodoviário de cargas (com a safra recorde de grãos em 2014).

De 2013 para 2014, oito das 35 subdivisões dos Serviços mostraram queda no seu número de pessoas ocupadas: Telecomunicações (-8,0%), Agências de viagem, operadores turísticos e outros serviços de turismo (-7,5%), Manutenção e reparação de objetos pessoais e domésticos (-6,6%), Transporte dutoviário (-2,6%), Seleção, agenciamento e locação de mão de obra (-2,6%), Agências de notícias e outros serviços de informação (-2,3%), Edição e edição integrada à impressão (-0,5%) e Esgoto, coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais (-0,5%).

Em 2014, a região Sudeste continuou predominando nos Serviços, com as maiores parcelas da receita bruta (64,9%), das remunerações (65,2%) e do pessoal ocupado (58,4%), além de pagar o maior salário médio (2,6 salários mínimos). Nesse período, entre as unidades da federação, Roraima mostrou a maior taxa de crescimento real (20,3%) da receita bruta dos Serviços.

Entre 2007 e 2014, o Centro-Oeste teve o maior crescimento real em receita bruta de Serviços (87,8%), embora o Sudeste continue a ter o maior peso no setor. Essas são algumas informações da Pesquisa Anual deServiços (PAS) 2014, que analisa a estrutura produtiva do setor de Serviços não financeiros no país. Veja a publicação completa aqui.

Em 2014, segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, o país tinha cerca de 1,3 milhão de empresas de Serviços não financeiros, que totalizaram R$ 1,4 trilhão em receita operacional líquida e R$ 842,1 bilhões em valor adicionado. Essas empresas ocuparam 13,0 milhões de pessoas e pagaram R$ 289,7 bilhões em remunerações. A produtividade (divisão do valor adicionado pelo total de ocupados) média dessas empresas chegou a R$ 64.010.

O estrato certo da PAS, composto por empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, reunia 5,4% das empresas dos Serviços, mas gerou 76,1% da receita operacional líquida do setor (R$ 1,1 trilhão). As empresas deste estrato também foram responsáveis por 70,6% do valor adicionado (R$ 594,4 bilhões), 78,9% dos salários, retiradas e outras remunerações (R$ 228,6 bilhões) e 65,2% do pessoal ocupado (8,5 milhões de pessoas) do setor.

Receita dos Serviços teve crescimento real de 6,5% em relação a 2013

De 2013 para 2014, em termos reais, isto é, já descontados os efeitos da inflação, a receita operacional líquida do setor de Serviços cresceu 6,5% e a massa salarial, 8,0%, enquanto o número de pessoas ocupadas aumentou 4,5%.

O segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceu 10,7% no período e deu a maior contribuição, de 3,0 pontos percentuais (p.p), para a taxa de crescimento (6,5%) da receita dos Serviços.

De 2013 para 2014, massa salarial dos Serviços cresceu 8,0%

O segmento que deu a maior contribuição para o crescimento da massa salarial (2,8 p.p.) foi o dos Serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 7,6%.

As três atividades que mais contribuíram para a alta de 8,0% da massa salarial (com 1,1 p.p, cada) foram Serviços de alimentação (pelo aumento de contratações relacionado à Copa do Mundo), tecnologia de informação (com a entrada de novas empresas no mercado) e transporte rodoviário de cargas (com a safra recorde de grãos, em 2014). Essas três atividades tiveram crescimento real de, respectivamente, 14,0%, 11,8% e 14,8%.

Copa impulsionou atividades culturais, recreativas e esportivas em três regiões

De 2013 para 2014, as atividades culturais, recreativas e esportivas tiveram o maior crescimento real em receita bruta nas regiões Norte (18,0%), Nordeste (37,8%) e Sul (20,2%). Isso é coerente com a evolução da taxa de investimento nessas atividades, que passou de 4,8% em 2011 para 10,0% em 2012, 12,3% em 2013 e 12,0% em 2014, principalmente devido à Copa do Mundo de futebol, realizada em 2014. As atividades culturais, recreativas e esportivas ainda foram responsáveis pelos maiores aumentos percentuais em postos de trabalho nas regiões Norte (25,1%) e Sul (12,9%).

Ainda em relação a 2013, as atividades culturais, recreativas e esportivas também mostraram a maior alta real dos salários (19,3%), com as atividades de ensino continuado logo a seguir (19,1%). Ambas cresceram bem acima do terceiro colocado, transporte rodoviário de cargas (14,3%).

De 2013 para 2014, ocupação recuou em oito subdivisões dos Serviços

De 2013 para 2014, a população ocupada nas empresas de Serviços cresceu 4,5%. Nesse período, entre os 35 segmentos, divisões e subdivisões da PAS, oito tiveram queda na ocupação: Telecomunicações (-8,0%), Agências de viagem, operadores turísticos e outros serviços de turismo (-7,5%), Manutenção e reparação de objetos pessoais e domésticos (-6,6%), Transporte dutoviário (-2,6%), Seleção, agenciamento e locação de mão de obra (-2,6%), Agências de notícias e outros serviços de informação (-2,3%), Edição e edição integrada à impressão (-0,5%) e Esgoto, coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais (-0,5%).

O salário pago pelas empresas de Serviços teve crescimento real de 8,0%. No entanto, quatro das 35 subdivisões investigadas tiveram queda real: Transporte dutoviário (-8,2%), manutenção e reparação de objetos pessoais e domésticos (-2,1%), Edição e edição integrada à impressão (-1,7%) e Correio e outras atividades de entrega (-1,4%).

Em 2014, Sudeste manteve sua predominância nos Serviços

O Sudeste concentrou a maior parcela da receita bruta (R$ 1,0 trilhão, 64,9%), das remunerações (R$ 188,9 bilhões, 65,2%) e do pessoal ocupado (7,6 milhões de pessoas, 58,4%) nos Serviços em 2014. O salário médio mensal pago pelas empresas de Serviços no Sudeste (2,6 salários mínimos) foi o maior entres as cinco grandes regiões e acima da média do país (2,3). No outro extremo, com média de 1,7 salário mínimo, estava o Nordeste.

De 2013 para 2014, Roraima cresceu mais e São Paulo teve o maior peso

Entre as unidades da federação, Roraima apresentou a maior taxa de crescimento real (20,3%) da receita bruta dos Serviços, graças à atividade de transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio, que contribuiu com 7,0 p.p. para essa taxa.

Outro destaque foi São Paulo, onde a receita bruta dos Serviços cresceu 5,7%, dando a maior contribuição (2,4 p.p.) para a taxa de crescimento da receita do setor no país (6,5%).

De 2007 a 2014, receita bruta de Serviços cresceu mais no Centro-Oeste

Entre 2007 e 2014, o dinamismo do Sudeste foi relativamente menor que o das demais regiões e a média no Brasil (tabela 3). O Centro-Oeste destacou-se com o maior crescimento da receita bruta de Serviços (87,8%) e o Nordeste, com o maior crescimento em pessoal ocupado (77,3%) e massa salarial (106,1%).


Tabela 3 - Variação real acumulada e contribuição da receita bruta, da massa
salarial e do pessoal ocupado, segundo Grandes Regiões - Brasil - 2007/2014


Grandes Regiões Receita bruta de serviços Massa salarial Pessoal ocupado
Variação real
acumulada (%)
Contribuição (p.p)
Variação real
acumulada (%)
Contribuição (p.p)
Variação real
acumulada (%)
Contribuição (p.p)
Brasil
66,0
66,0
83,9
83,9
56,8
56,8
Norte
57,8
1,7
95,6
2,3
59,2
1,7
Nordeste
79,8
7,9
106,1
10,5
77,3
10,2
Sudeste
61,0
40,9
77,6
52,4
49,7
30,4
Sul
72,1
9,9
87,6
12,1
58,7
9,3
Centro-Oeste
87,8
5,7
104,2
6,6
76,2
5,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio, Pesquisa Anual de Serviço 2007/2014.

Entre 2007 e 2014, a receita bruta dos Serviços cresceu 66,0%, dos quais 40,9 p.p. foram responsabilidade da região Sudeste. A massa salarial teve crescimento de 83,9%, para os quais o Sudeste contribuiu com 52,4 p.p. O pessoal ocupado, por sua vez, evoluiu 56,8%, com contribuição 30,4 p.p. do Sudeste.

De 2007 para 2014, informação e comunicação perderam a liderança

Em 2007, os serviços de informação e comunicação eram o maior segmento do setor de Serviços do país, gerando 31,1% da sua receita operacional líquida. Mas esse segmento perdeu participação ao longo da série e, em 2014, estava na terceira posição (23,1%), atrás dos serviços de transportes, serviços auxiliares e correio (29,1%) e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (26,5%).

Em número de empresas, os serviços prestados principalmente às famílias mantiveram-se com a maior participação, tanto em 2007 (32,6%) quanto em 2014 (31,2%). Nesse período, a participação dos serviços profissionais, administrativos e complementares variou de 29,6% para 30,8%, se aproximando bastante da liderança.

Em pessoal ocupado, os serviços profissionais, administrativos e complementares mantiveram a maior participação: 40,1%, em 2007, e 40,5%, em 2014. No mesmo período, contudo, mudaram as posições dos serviços prestados principalmente às famílias e dos transportes e correio no ranking do setor (tabela abaixo).


Ranking (% pessoal ocupado)

2007 2014
Serviços profissionais (40,1%)
Serviços Profissionais (40,5%)
Transportes e correio (21,2%)
Serviços prestados às famílias (22,3%)
Serviços prestados às famílias (21,0%)
Transportes e Correios (20,5%)
Fonte: IBGE, Pesquisa Anual de Serviços.

 

Comunicação Social
21 de setembro de 2016