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MUNIC

No RS, IBGE divulga resultados da MUNIC sobre tempestade de 2024

Editoria: IBGE | Sônia Zanotto e Lorenzo Mello

11/11/2025 13h04 | Atualizado em 11/11/2025 13h31

Divulgação em Seberi/RS reuniu representantes do IBGE, da Amzop e convidados - Foto: Sônia Zanotto/IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou, nesta segunda-feira (10), em Seberi (RS), os resultados das Pesquisas de Informações Básicas Municipais (MUNIC) e Estaduais (Estadic) 2024. A divulgação ocorreu no auditório do Instituto Estadual de Educação Madre Tereza, com apoio da Associação de Municípios da Zona de Produção (Amzop). O foco foi o bloco temático da MUNIC sobre o evento climático de tempestade no Rio Grande do Sul, com dados coletados junto às prefeituras gaúchas. A divulgação foi transmitida no IBGE Digital.

Anualmente, a MUNIC e a Estadic analisam a estrutura político-institucional dos governos municipais e estaduais, respectivamente. Em 2024, no Rio Grande do Sul, a MUNIC incluiu aspectos como cidades atingidas, sistemas de alerta e planos de contingência das prefeituras. A Pesquisa indicou que as chuvas entre abril e maio atingiram 92,4% dos municípios gaúchos, com fortes impactos sociais e econômicos.

Participaram da divulgação o coordenador-geral do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE, José Daniel Castro da Silva; o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Vladimir Miranda; a gerente de Estudos e Pesquisas Sociais do IBGE, Vânia Pacheco; o pesquisador da Diretoria de Geociências do IBGE, Higor Lopes Barcelos; e o superintendente em exercício do IBGE no Rio Grande do Sul, Luís Eduardo Puchalski, além de servidores do IBGE e convidados.

A solenidade de abertura também contou com a presença de autoridades locais, como o prefeito de Seberi e presidente da Amzop, Adilson Adam Balestrin. Ele destacou a importância das pesquisas. “Quem está acompanhando está conseguindo se conectar a dados importantes, que são ferramentas para serem utilizadas pelo setor público e privado e ajudar a fazer diferença na construção de munícipios melhores, de um estado melhor e de um Brasil melhor”, afirmou Balestrin.

A gerente de Estudos e Pesquisas Sociais, Vânia Pacheco, que conduziu a apresentação dos resultados, explicou que o bloco temático da MUNIC se dedicou às medidas e ações que as prefeituras tomaram durante o evento climático de tempestade, ao dimensionamento desse evento nos munícipios que sofreram com ele e como foi a administração da situação. "São informações de um passado muito recente e de um passado que precisa servir de lição para o que a gente talvez tenha pela frente", alertou, enfatizando a necessidade de os governos terem instrumentos de planejamento, organização e gestão de risco de desastres.

A gerente de Estudos e Pesquisas Sociais do IBGE, Vânia Pacheco, conduziu a apresentação dos dados das pesquisas Munic e Estadic - Foto: Sônia Zanotto/IBGE

O coordenador-geral do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE, José Daniel Castro da Silva, lembrou que o IBGE se manteve junto aos gaúchos desde o início da tempestade. "Fizemos o Singed Lab, que foi um laboratório virtual que atendeu mais de 220 munícipios no RS, e antecipamos os dados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos, para auxiliar, inclusive, na distribuição de recursos para as prefeituras e para as pessoas", citou.

O diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Vladimir Miranda, destacou que o IBGE, diante dos eventos climáticos extremos, vem tentando dar uma resposta rápida a sociedade, e sob diferentes óticas. Neste esforço, ele pediu a colaboração dos gaúchos para o sucesso da Pesquisa Especial sobre as Enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul (PEERS), cuja coleta segue até o final de 2025.

O superintendente em exercício do IBGE no Rio Grande do Sul, Luís Eduardo Puchalski, afirmou que é preciso uma parceria entre o IBGE e a população para as pesquisas serem bem-sucedidas. "Nós estamos agora com a PEERS, uma pesquisa domiciliar inédita, não só para ouvir o munícipio, como a MUNIC, mas para ouvir as pessoas, como a vida delas foi impactada, como está a vida um ano e alguns meses depois das enchentes”, explicou Puchalski.

Chuvas de 2024 causaram fortes impactos sociais e econômicos

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC), que na edição de 2024 implementou um bloco específico para os municípios do Rio Grande Sul, mostrou a força do evento climático que atingiu o estado.

Além do capítulo especial sobre a tempestade, a Pesquisa investigou outros oito temas nos 5.570 municípios brasileiros: recursos humanos; informática e comunicação; governança; habitação; transporte e mobilidade urbana; agropecuária; instrumentos de gestão migratória e, pela primeira vez, igualdade racial. Saiba mais sobre a MUNIC 2024 aqui.