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IBGE descreve processo de urbanização brasileira

Editoria: Geociências

27/07/2017 10h00 | Atualizado em 28/03/2018 16h34

“Duas cidades com as mesmas características ambientais e populações equivalentes podem crescer de formas completamente diferentes”, explica Pedro Henrique Braga, coordenador do projeto Áreas Urbanizadas do Brasil 2015, que o IBGE divulga hoje.

Na publicação online, o IBGE traça um panorama do processo de urbanização do país, que pode ser usado para mensurar a sustentabilidade das cidades. “Verificamos que a dinâmica populacional de cada cidade influencia seu crescimento de forma mais profunda do que o relevo”, esclarece Pedro Henrique.

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O projeto mostra, por exemplo, que, dos 15.167,4 km² de área mapeada, 28% se encontram em três concentrações urbanas: São Paulo (2.012,2 km2), Rio de Janeiro (1.505,6 km2) e Belo Horizonte (756,6 km2).

“Nosso objetivo é acompanhar as tendências de crescimento das cidades, como e para onde cada uma se expande”, diz Pedro Henrique, acrescentando que “no futuro, desenvolveremos uma metodologia que permita que os dados geográficos dialoguem com as informações demográficas obtidas nas pesquisas domiciliares, como o Censo. Essa correlação irá nos ajudar a compreender melhor a dinâmica populacional urbana”.

Projeto delimita as concentrações urbanas brasileiras

Trata-se de uma atualização do projeto original de 2005, com mudanças de metodologia por conta da evolução das imagens de satélite. Ela traz a delimitação das áreas urbanizadas das 63 concentrações urbanas brasileiras com população acima de 300 mil habitantes, além dos municípios de Palmas (TO) e Boa Vista (RR) que, apesar de terem população menor, são capitais estaduais.

O projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O ODS 11, em especial, determina que, até 2030, deve-se aumentar a urbanização inclusiva e sustentável.

Texto: Eduardo Peret           
Imagens: Helena Pontes