O abate de suínos cresceu 2,6% no 1º trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a 10,46 milhões de cabeças. Trata-se do melhor resultado para um 1º trimestre desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 1997.

A pesquisadora Angela Lordão, supervisora da Atividade Pecuária do IBGE, observa uma tendência de alta quando se observam os dados referentes ao mesmo trimestre. “Em 2017, além do crescimento nas exportações, houve queda no preço do milho, principal componente da ração, que representa aproximadamente 70% do custo da produção de suínos”, explica.

Além disso, a pesquisadora aponta ser comum a substituição da carne bovina por frango e porco, que são mais baratas, em momentos de restrição do consumo.  Nos últimos anos, houve ainda uma política de marketing voltada para a ampliação do consumo da carne de porco. “Foram implementados novos cortes, menores, e se disseminou uma visão melhor da carne de porco”, disse.

Já em relação ao 4º trimestre de 2016, houve queda de 3,2% no número de cabeças abatidas. Angela Lordão esclarece que essa redução é comum, uma vez que, com as festas de fim de ano, o consumo de carne de porco costuma ser maior no 4º trimestre.