IPCA-15 de fevereiro fica em 1,33%
19/02/2015 10h07 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
PERÍODO
|
TAXA
|
---|---|
Fevereiro 2015
|
1,33%
|
Janeiro 2015
|
0,89%
|
Fevereiro 2014
|
0,70%
|
Acumulado no ano
|
2,23%
|
Acumulado 12 meses
|
7,36%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 1,33% em fevereiro e ficou 0,44 ponto percentual acima da taxa de 0,89% de janeiro. Este é o índice mais elevado desde fevereiro de 2003, quando atingiu 2,19%. O acumulado para os dois primeiros meses do ano situou-se em 2,23%. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 7,36%, o maior desde junho de 2005 (7,72%). Em fevereiro de 2014, a taxa havia sido 0,70%.
Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.
O grupo Educação, com alta de 5,98%, apresentou o maior resultado de grupo no mês, conforme mostra a tabela a seguir.
Grupo |
Variação (%)
|
Impacto (p.p.)
|
||
---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Janeiro
|
Fevereiro
|
|
Índice Geral |
0,89
|
1,33
|
0,89
|
1,33
|
Alimentação e Bebidas |
1,45
|
0,85
|
0,36
|
0,21
|
Habitação |
1,23
|
2,17
|
0,18
|
0,32
|
Artigos de Residência |
-0,55
|
0,62
|
-0,02
|
0,03
|
Vestuário |
0,51
|
-0,89
|
0,03
|
-0,06
|
Transportes |
0,75
|
1,98
|
0,14
|
0,37
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,38
|
0,39
|
0,04
|
0,04
|
Despesas Pessoais |
1,39
|
1,22
|
0,15
|
0,13
|
Educação |
0,30
|
5,98
|
0,01
|
0,28
|
Comunicação |
-0,04
|
0,28
|
0,00
|
0,01
|
A alta de 5,98% registrada no grupo Educação reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,29%. À exceção deFortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões as variações dos cursos situaram-se entre 5,11%, na região metropolitana de Porto Alegre, e 9,78%, no Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática, etc.), a variação foi de 7,18%.
Considerando os principais impactos individuais, a liderança ficou com energia elétrica, que deteve 0,23 ponto percentual do IPCA-15 devido ao aumento de 7,70% nas contas. Além de reajustes nas tarifas de algumas regiões e de movimentos na parcela de impostos, o item refletiu a complementação do efeito do Sistema de Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança que passou a vigorar a partir de 1º de janeiro. Também no grupoHabitação (2,17%), houve influência de condomínio (0,97%), mão de obra para pequenos reparos (0,91%),gás de botijão (0,89%), taxa de água e esgoto (0,68%) e aluguel residencial (0,65%).
Nos Transportes (1,98%), a alta reflete, principalmente, os reajustes ocorridos nas tarifas dos ônibus urbanos(7,34%) das seguintes regiões:
- Recife (12,38%) - reajuste de 13,50% a partir de11 de janeiro
- São Paulo (12,18%) - reajuste de 16,66% a partir de 06 de janeiro
- Rio de Janeiro (8,28%) - reajuste de 13,34% a partir de 03 de janeiro
- Fortaleza (8,18%) - reajuste de 9,09% a partir de 16 de janeiro
- Salvador (4,51%) - reajuste de 7,00% a partir de 02 de janeiro
- Belo Horizonte (4,38%) - reajuste de 8,77% a partir de 29 de dezembro
- Curitiba (3,01%) - reajuste de 15,78% a partir de 06 de janeiro
Houve, também, aumento nas tarifas dos intermunicipais, que ficou em 3,61%, sob pressão de São Paulo(7,21%), com reajuste de 16,60% desde 06 de janeiro; Rio de Janeiro (6,68%), com reajuste de 12,46% em 10 de janeiro; Fortaleza (4,51%), com reajuste de 11,00% desde 29/12; e Curitiba (3,31%), com reajuste de 10,00% em 08 de fevereiro.
Ainda no grupo Transportes (1,98%), a alta de 2,96% no litro da gasolina e de 2,54% no litro do diesel reflete o aumento das alíquotas de PIS/COFINS a partir de 1º de fevereiro. O etanol (3,55%) também pressionou o resultado. Além disso, subiram metrô (8,95%), automóvel novo (2,76%), táxi (2,50%) e conserto de automóvel (1,59%).
Em Alimentação e Bebidas (0,85%), alguns produtos mostraram fortes aumentos, como feijão carioca(10,07%), tomate (9,61%), hortaliças (7,71%), batata inglesa (6,77%) e pescados (3,62%). Mesmo assim, o grupo dos alimentos mostrou redução no ritmo de crescimento de preços, já que a alta em janeiro foi de 1,45%.
No grupo das Despesas Pessoais (1,22%), o destaque ficou com os itens excursão (7,48%), cigarro (4,44%),cabeleireiro (1,01%) e manicure (0,65%).
Os eletrodomésticos (1,33%) sobressaíram nos artigos de residência (0,62%), a telefonia celular (0,90%) no grupo de Comunicação (0,28%), e em Saúde e Cuidados Pessoais (0,39%) não houve destaques. Já os artigos de vestuário (-0,89%) se apresentaram em queda.
Dentre os índices regionais, os maiores foram os do Rio de Janeiro (1,59%) e São Paulo (1,58%). No Rio de Janeiro, houve pressão da alta nas tarifas do ônibus urbano (8,28%). Em São Paulo, a energia elétrica(12,17%) e ônibus urbano (12,18%) foram responsáveis por 0,64 ponto percentual do índice do mês. O menor índice foi o de Brasília (0,34%), onde as passagens aéreas tiveram queda de 20,86%, que com peso de 2,70% geraram um impacto de -0,56 ponto percentual no índice da área.
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de janeiro a 11 de fevereiro de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de dezembro de 2014 a 13 de janeiro de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.