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Produção industrial cai em 11 dos 14 locais pesquisados em fevereiro

07/04/2016 11h18 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

A redução de ritmo observada na produção industrial nacional, na passagem de janeiro para fevereiro de 2016, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por 11 dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais intensos registrados por Bahia (-7,9%) e Amazonas (-4,7%). Com esses resultados, o primeiro local eliminou parte do avanço de 8,5% acumulado nos meses de dezembro e janeiro últimos; e o segundo completando nove meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou perda de 26,7%. Região Nordeste (-3,6%), Santa Catarina (-3,3%) e Ceará (-2,8%) também apontaram recuos mais elevados do que a média nacional (-2,5%), enquanto Pernambuco (-2,5%), São Paulo (-2,1%), Rio de Janeiro (-1,9%), Paraná (-1,6%), Rio Grande do Sul (-1,3%) e Minas Gerais (-0,7%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em fevereiro de 2016. Por outro lado, Pará (6,2%), Espírito Santo (5,3%) e Goiás (4,1%) assinalaram os resultados positivos nesse mês, com o primeiro acumulando expansão de 13,4%, em dois meses consecutivos de crescimento na produção; o segundo eliminando parte da perda de 20,5%, registrada entre outubro de 2015 e janeiro de 2016; e o último voltando a crescer após mostrar queda de 1,8% no mês anterior.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Fevereiro de 2016
Locais Variação (%)
Fevereiro 2016/
Janeiro 2016*
Fevereiro 2016/
Fevereiro 2015
Acumulado
Janeiro-Fevereiro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Amazonas
-4,7
-25,0
-28,0
-18,7
Pará
6,2
15,4
12,8
4,4
Região Nordeste
-3,6
-3,3
-3,2
-2,2
Ceará
-2,8
-10,4
-10,0
-10,2
Pernambuco
-2,5
-26,2
-28,0
-10,1
Bahia
-7,9
11,0
10,6
-2,9
Minas Gerais
-0,7
-11,6
-15,2
-9,1
Espírito Santo
5,3
-18,6
-22,5
-2,6
Rio de Janeiro
-1,9
-3,1
-9,1
-7,4
São Paulo
-2,1
-12,3
-14,2
-12,0
Paraná
-1,6
-9,0
-11,2
-9,3
Santa Catarina
-3,3
-4,8
-8,0
-7,9
Rio Grande do Sul
-1,3
-5,4
-4,9
-10,4
Mato Grosso
-
18,1
8,1
3,0
Goiás
4,1
-0,6
-6,8
-1,5
Brasil
-2,5
-9,8
-11,8
-9,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria nacional apontou queda de 1,0%, no trimestre encerrado em fevereiro de 2016 frente ao nível do mês anterior, e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, nove locais mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Pernambuco (-7,6%), Amazonas (-4,8%), Santa Catarina (-1,6%) e São Paulo (-1,2%). Por outro lado, Pará, com expansão de 3,8%, Goiás (1,0%) e Rio Grande do Sul (1,0%) registraram os avanços em fevereiro de 2016.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 9,8% em fevereiro de 2016, com doze dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que fevereiro de 2016 (19 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (18). Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Pernambuco (-26,2%), Amazonas (-25,0%) e Espírito Santo (-18,6%), pressionados, em grande parte, pela queda na fabricação dos setores de produtos alimentícios (açúcar refinado de cana, cristal e VHP, sorvetes e picolés), no primeiro local; de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores, gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - DVD, home theater e semelhantes, receptor-decodificador de sinais de vídeo codificados, rádios para veículos automotores, computadores e rádios), de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças), de máquinas e equipamentos (aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis – inclusive os do tipo “split system”) e de bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais), no segundo; e de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados), no último. São Paulo (-12,3%), Minas Gerais (-11,6%) e Ceará (-10,4%) também apontaram resultados negativos mais acentuados do que a média nacional (-9,8%), enquanto Paraná (-9,0%), Rio Grande do Sul (-5,4%), Santa Catarina (-4,8%), Região Nordeste (-3,3%), Rio de Janeiro (-3,1%) e Goiás (-0,6%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas nesse mês. Por outro lado, Mato Grosso (18,1%), Pará (15,4%) e Bahia (11,0%) assinalaram os avanços nesse mês, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo de produtos alimentícios (tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas), no primeiro local; de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no segundo; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e óleos combustíveis), no último.

No indicador acumulado para o período janeiro-fevereiro de 2016, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou doze dos quinze locais pesquisados, com cinco recuando com intensidade superior à média nacional (-11,8%): Amazonas (-28,0%), Pernambuco (-28,0%), Espírito Santo (-22,5%), Minas Gerais (-15,2%) e São Paulo (-14,2%). Paraná (-11,2%), Ceará (-10,0%), Rio de Janeiro (-9,1%), Santa Catarina (-8,0%), Goiás (-6,8%), Rio Grande do Sul (-4,9%) e Região Nordeste (-3,2%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento do primeiro bimestre do ano. Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias); bens intermediários (autopeças, produtos de minerais não-metálicos, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas); bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis); e bens de consumo semi e não-duráveis (medicamentos, produtos têxteis, vestuário e bebidas). Por outro lado, Pará (12,8%), Bahia (10,6%) e Mato Grosso (8,1%) assinalaram os avanços no índice acumulado no ano, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindos de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no primeiro local; de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e óleos combustíveis), no segundo; e de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas e óleos de soja em bruto), no último.

Os sinais de menor dinamismo da atividade industrial também ficaram evidentes na manutenção da queda de dois dígitos verificada no total nacional no confronto do último trimestre de 2015 (-11,9%) com o resultado do primeiro bimestre de 2016 (-11,8%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Entre os locais investigados, seis mostraram perda de dinamismo, com destaque para a redução registrada por Pernambuco, que passou de -7,6% para -28,0%. Vale citar, também, os recuos assinalados por Espírito Santo (de -14,1% para -22,5%), Minas Gerais (de -9,9% para -15,2%) e Amazonas (de -23,0% para -28,0%). Por outro lado, Bahia (de -8,9% para 10,6%), Pará (de 0,9% para 12,8%), Rio Grande do Sul (de -14,3% para -4,9%) e Mato Grosso (de 1,7% para 8,1%) assinalaram os principais ganhos entre os dois períodos.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com o recuo de 9,0% em fevereiro de 2016 para o total da indústria nacional, assinalou a perda mais intensa desde novembro de 2009 (-9,4%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). Em termos regionais, treze dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas em fevereiro de 2016, mas somente seis apontaram menor dinamismo frente ao índice de janeiro último. As principais reduções de ritmo, entre janeiro e fevereiro, foram registradas por Pernambuco (de -7,6% para -10,1%) e Espírito Santo (de 0,7% para -2,6%), enquanto Bahia (de -5,2% para -2,9%) e Mato Grosso (de 1,6% para 3,0%) mostraram os principais ganhos entre os dois períodos.