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IPCA-15 foi de 0,25% em dezembro e fecha 2025 em 4,41%

23/12/2025 09h00 | Atualizado em 23/12/2025 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,25% em dezembro e ficou 0,05 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de novembro (0,20%).

Período Taxa 
Dezembro de 2025 0,25%
Novembro de 2025  0,20%
Dezembro de 2024  0,34%
IPCA-E 0,63%
Acumulado no Ano 4,41%

Com este resultado, o IPCA-15 fecha o ano com alta de 4,41%. Em dezembro de 2024, a taxa foi de 0,34%.

O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 0,63% para o período de outubro a dezembro, abaixo da taxa de 1,51% registrada em igual período de 2024.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês de dezembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (0,69% e 0,14 p.p.). O grupo Artigos de Residência (-0,64% e -0,02 p.p.) registrou a quarta redução consecutiva na média de preços. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,01% de Saúde e Cuidados Pessoais e o aumento de 0,69% em Vestuário.

IPCA-15 e IPCA-E - Variação e impacto nos grupos

Grupo Variação Mensal (%) Impacto Variação
Acumulada (%)
(p.p.)
Outubro Novembro Dezembro Dezembro Trimestre 12 meses
Índice Geral 0,18 0,20 0,25 0,25 0,63 4,41
             
Alimentação e bebidas -0,02 0,09 0,13 0,03 0,20 3,57
Habitação 0,16 0,09 0,17 0,02 0,42 6,69
Artigos de residência -0,64 -0,20 -0,64 -0,02 -1,47 -0,10
Vestuário 0,45 0,19 0,69 0,03 1,34 5,34
Transportes 0,41 0,22 0,69 0,14 1,33 3,00
Saúde e cuidados pessoais 0,24 0,29 -0,01 0,00 0,52 5,55
Despesas pessoais 0,42 0,85 0,46 0,05 1,74 5,86
Educação 0,09 0,05 0,00 0,00 0,14 6,26
Comunicação -0,09 -0,19 0,01 0,00 -0,27 0,82
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

No grupo Transportes (0,69%), o principal e maior impacto individual no índice do mês veio de passagem aérea , que subiu 12,71% (0,09 p.p.). O transporte por aplicativo teve alta de 9,00% e 0,02 p.p. de impacto. Os combustíveis subiram 0,26%, após a queda de 0,46% em novembro, com altas de 1,70% no etanol e de 0,11% na gasolina . O gás veicular e o óleo diesel apresentaram recuos de 0,26% e 0,38%, respectivamente.

Ainda em Transportes , a variação de -0,69% no ônibus urbano considera as gratuidades concedidas aos domingos e feriados em Belém (-5,93%) e Brasília (-7,43%), além da redução de tarifa em Curitiba (-3,41%). No metrô (-0,62%), ocorre o mesmo movimento em Brasília (-7,43%) e, em São Paulo , a queda de 0,20%, também registrada no trem (-0,11%), além dos -0,16% no subitem integração transporte público , consideram a liberação do pagamento de passagem nos dias de realização das provas do ENEM (09/11 e 16/11).

No grupo Vestuário (0,69%), destacam-se as altas nas roupas infantil (1,05%), feminina (0,98%) e masculina (0,70%).

O grupo Despesas pessoais desacelerou na passagem de novembro (0,85%) para dezembro (0,46%). A hospedagem apresentou variação negativa em dezembro (-1,18%), após a alta de 4,18% registrada em novembro. Por outro lado, alguns serviços como cabeleireiro e barbeiro (1,25%), empregado doméstico (0,48%) e pacote turístico (2,47%) pressionaram positivamente o resultado.

O grupo Habitação variou 0,17% em dezembro. Contribuíram para o resultado o aluguel residencial (0,33%) e a taxa de água e esgoto (0,66%) que considera o reajuste tarifário de 9,75% em Fortaleza (6,73%), a partir de 5 de novembro e no Rio de Janeiro (4,03%), desde 1º de dezembro. Além disso, o gás encanado (0,28%) contempla o reajuste de 4,10% nas tarifas em São Paulo (0,53%) com vigência a partir de 10 de dezembro, e a redução de 0,04% no Rio de Janeiro (-0,03%) a partir de 1º de novembro.

Ainda em Habitação , a energia elétrica residencial apresentou variação negativa de 0,22%. Ressalta-se que, em novembro, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Já em dezembro a bandeira tarifária é a amarela, com o adicional de R$ 1,885 para o mesmo nível de consumo. Além disso, houve reajuste tarifário de 21,95% em uma das concessionárias em Porto Alegre (5,86%) a partir de 22 de novembro; 16,05% em uma das concessionárias de São Paulo (-1,09%), vigente desde 23 de outubro; 19,56% em Goiânia (1,91%) e 11,21% em Brasília (1,41%), ambos a partir de 22 de outubro.

Alimentação e bebidas , grupo de maior peso no índice, variou 0,13%. A alimentação no domicílio (-0,08%) apresentou queda na média de preços pelo sétimo mês consecutivo. Contribuíram para esse resultado os recuos do tomate (-14,53%), do leite longa vida (-5,37%) e do arroz (-2,37%). No lado das altas, destacaram-se as carnes (1,54%) e as frutas (1,46%).

A alimentação fora do domicílio registou variação de 0,65% em dezembro, com as altas do lanche (0,99%), e da refeição (0,62%).

A queda de 0,64% nos Artigos de residência foi motivada pelos recuos em eletrodomésticos e equipamentos (-1,41%) e em tv, som e informática (-0,93%).

Quanto aos índices regionais , dez das onze áreas de abrangência tiveram alta em dezembro. A maior variação foi observada em Porto Alegre (0,50%), por conta das altas nas passagens aéreas (11,32%) e na energia elétrica residencial (5,86%). Já o menor resultado ocorreu em Belém (-0,35%), com as quedas na hospedagem (-53,72%) e nos itens de higiene pessoal (-1,60%).

IPCA-15 e IPCA-E  - Variação nas regiões

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%) Variação
Acumulada (%)
Outubro Novembro Dezembro Trimestre 12 meses 
Porto Alegre 8,61 0,40 0,17 0,50 1,07 4,87 
Salvador 7,19 -0,04 0,04 0,41 0,41 3,81 
Brasília 4,84 0,26 0,25 0,38 0,89 4,61 
Fortaleza 3,88 0,01 0,23 0,36 0,60 4,29 
São Paulo 33,45 0,21 0,26 0,30 0,77 4,94 
Belo Horizonte 10,04 0,05 -0,05 0,25 0,25 3,98 
Rio de Janeiro 9,77 -0,05 0,09 0,19 0,23 3,32 
Curitiba 8,09 0,04 0,03 0,14 0,21 4,34 
Recife 4,71 -0,03 0,19 0,11 0,27 4,34 
Goiânia 4,96 1,30 0,56 0,04 1,91 4,48 
Belém 4,46 -0,14 0,67 -0,35 0,18 3,78 
              
 Brasil  100,00  0,18  0,20  0,25  0,63   4,41
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Para o cálculo do  IPCA-15 , os preços foram coletados no período de 14 de novembro a 12 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 13 de novembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.