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Produção industrial varia 0,1% em outubro

02/12/2025 09h00 | Atualizado em 02/12/2025 09h55

Em outubro de 2025, a produção industrial nacional variou 0,1% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação a outubro de 2024, houve recuo de –0,5%. O acumulado no ano foi de 0,8% e o dos últimos 12 meses chegou a 0,9%.

Outubro 2025/Setembro 2025 0,1%
Outubro 2025/Outubro 2024 -0,5%
Acumulado no ano 0,8%
Acumulado em 12 meses 0,9%
Média móvel trimestral 0,1%

Na passagem de setembro para outubro de 2025, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram expansão na produção. Entre as atividades, a principal influência positiva foi assinalada por indústrias extrativas, que avançou 3,6% em outubro de 2025, interrompendo, dessa forma, dois meses consecutivos de resultados negativos, período em que acumulou redução de 1,7%.

Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de produtos alimentícios (0,9%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,0%), de produtos químicos (1,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,8%).

Por outro lado, entre as treze atividades que mostraram recuo na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,8%) exerceram os principais impactos na média da indústria, com a primeira intensificando a queda de 0,5% verificada no mês anterior; e a segunda acumulando perda de 19,8% em dois meses consecutivos de recuo na produção, após avançar 28,6% no período maio-agosto de 2025.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas - Brasil - Outubro de 2025

Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Outubro 2025 / Setembro 2025* Outubro 2025 / Outubro 2024 Acumulado Janeiro-Outubro Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital 1,0 -2,9 -0,6 1,2
Bens Intermediários -0,8 -0,1 2,1 2,0
Bens de Consumo 1,1 -1,3 -1,5 -1,3
Duráveis 2,7 0,4 3,9 5,5
Semiduráveis e não Duráveis 1,0 -1,6 -2,5 -2,4
Indústria Geral 0,1 -0,5 0,8 0,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
*Série com ajuste sazonal

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, bens de consumo duráveis, ao avançar 2,7%, assinalou a taxa positiva mais elevada em outubro de 2025 e eliminou o recuo de 1,3% verificado no mês anterior. Os setores produtores de bens de capital (1,0%) e de bens de consumo semi e não duráveis (1,0%) também mostraram avanços nesse mês, com o primeiro acumulando ganho de 1,4% em dois meses seguidos de avanço na produção; e o segundo voltando a crescer após registrar -0,1% no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou expansão de 1,3%. Por outro lado, o segmento de bens intermediários (-0,8%) mostrou o único resultado negativo em outubro de 2025 e intensificou a perda de 0,4% verificada em setembro de 2025.

Média móvel trimestral varia 0, 1 % no trimestre encerrado em outubro

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em outubro de 2025 frente ao nível do mês anterior, após também avançar em setembro (0,1%) e agosto de 2025 (0,2%), quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: julho (-0,2%) e junho (-0,4%) de 2025. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (0,7%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) assinalaram as taxas positivas em outubro de 2025, com a primeira eliminando a perda de 0,1% registrada no mês anterior; e a segunda permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em julho de 2025.

Por outro lado, os segmentos de bens intermediários (-0,1%) e de bens de capital (-0,1%) apontaram os resultados negativos nesse mês, com o primeiro interrompendo a trajetória descendente iniciada em março de 2025; e o segundo marcando a sexta queda seguida e acumulando nesse período redução de 2,6%.

Frente a outubro de 2024, produção industrial recua 0,5%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou recuo de 0,5% em outubro de 2025, com resultados negativos em 3 das 4 grandes categorias econômicas, 15 dos 25 ramos, 53 dos 80 grupos e 53,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que outubro de 2025 (23 dias) teve o mesmo número de dias úteis que igual mês do ano anterior (23).

Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram assinaladas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,4%), pressionadas, em grande medida, pela menor produção dos itens óleo diesel, álcool etílico, gasolina automotiva e querosenes de aviação, na primeira; e autopeças, caminhão-trator para reboques e semirreboques, automóveis, reboques e semirreboques e caminhões, na segunda.

Vale destacar também as contribuições negativas registradas pelos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%), de produtos de metal (-5,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), de impressão e reprodução de gravações (-18,7%), de produtos de madeira (-10,7%), de produtos químicos (-1,0%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-4,3%).

Por outro lado, ainda na comparação com outubro de 2024, entre as dez atividades que apontaram expansão na produção, as de indústrias extrativas (10,1%) e de produtos alimentícios (5,3%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria, impulsionadas, principalmente, pela maior produção dos itens óleos brutos de petróleo, minérios de ferro em bruto ou beneficiados e gás natural, na primeira; e sucos concentrados de laranja, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, carnes e miudezas de aves congeladas, açúcar cristal, alimentos à base de milho ou de flocos de milho pronto para consumo, rações, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos, farinha de trigo e massas alimentícias secas, na segunda. Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (10,1%), de outros equipamentos de transporte (8,3%), de máquinas e equipamentos (2,7%) e de produtos têxteis (5,9%).

Bens de capital e bens de consumo semi e não duráveis apontaram os maiores resultados negativos ante outubro de 2024

O setor produtor de bens de capital mostrou redução de 2,9% em outubro de 2025 frente a igual período do ano anterior, quinta taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (-15,4%), pressionado, em grande parte, pela menor produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, reboques e semirreboques e caminhões. Vale destacar que os grupamentos de bens de capital para energia elétrica (-3,9%), para construção (-6,8%) e para fins industriais (-0,9%) também apontaram resultados negativos nesse mês. Por outro lado, os subsetores de bens de capital agrícolas (15,6%) e de uso misto (1,9%) assinalaram os impactos positivos no índice mensal de outubro de 2025.

A produção de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 1,6% em outubro de 2025 frente a igual período do ano anterior, marcou a sétima taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação. O desempenho negativo nesse mês foi explicado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de carburantes (-10,9%), pressionado pela menor produção de álcool etílico e gasolina automotiva. Vale citar também os resultados negativos registrados pelos grupamentos de não duráveis (-5,2%) e de semiduráveis (-4,7%), influenciados, em grande parte, pela menor fabricação de medicamentos, no primeiro; e de telefones celulares, blusas, camisas e semelhantes de uso feminino (de malha ou não), calçados femininos de material sintético e de couro, artefatos de alumínio para uso doméstico, blazers, paletós e casacos de uso feminino (de malha ou não), calçados para esportes de material sintético, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes, artigos do vestuário para uso adulto e colchões, no segundo. Por outro lado, o principal impacto positivo foi assinalado pelo subsetor de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,2%), impulsionado, em grande medida, pela maior produção de sucos concentrados de laranja, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, carnes e miudezas de aves congeladas, alimentos à base de milho ou de flocos de milho pronto para consumo, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos, preparações alimentícias, massas alimentícias secas e preparações e conservas de peixes. Vale destacar também o resultado positivo registrado por alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (15,2%), influenciado pelo avanço na produção do item filés e outras carnes de peixes frescos, refrigerados ou congelados.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens intermediários, ao mostrar variação negativa de 0,1% em outubro de 2025, interrompeu sete meses consecutivos de taxas positivas. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,6%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,6%), de produtos de metal (-6,2%), de produtos químicos (-1,6%), de metalurgia (-1,1%), de produtos de minerais não metálicos (-1,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-0,4%) e de celulose, papel e produtos de papel (-0,3%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (10,1%), produtos alimentícios (2,1%), produtos têxteis (8,0%) e máquinas e equipamentos (0,7%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-3,3%), que apontou a quinta taxa negativa consecutiva; e de embalagens (1,0%), que marcou o segundo avanço seguido nesse tipo de comparação.

O setor produtor de bens de consumo duráveis mostrou variação positiva de 0,4% em outubro de 2025 frente a igual período do ano anterior, após registrar expansão de 3,1% em setembro último, quando interrompeu três meses consecutivos de taxas negativas: agosto (-4,1%), julho (-3,6%) e junho de 2025 (-0,1%). Nesse mês, o setor foi impulsionado, em grande medida, pela maior fabricação de eletrodomésticos da “linha marrom” (37,5%) e por motocicletas (23,8%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram assinalados por automóveis (-2,3%) e eletrodomésticos da “linha branca” (-6,4%). Vale destacar também os recuos registrados pelos grupamentos de móveis (-5,7%) e de outros eletrodomésticos (-1,0%).

Acumulado no ano cresce 0,8%

No índice acumulado para janeiro-outubro de 2025, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 0,8%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 51,5% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por indústrias extrativas (4,7%) e máquinas e equipamentos (6,0%), impulsionadas, principalmente, pela maior produção dos itens óleos brutos de petróleo e gás natural, na primeira; e tratores agrícolas, aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo “split system”), aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias, ferramentas hidráulicas de motor não elétrico de uso manual, máquinas para limpeza e seleção de grãos, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola e de pecuária, lingoteiras para fundição, máquinas para colheita e carregadoras-transportadoras, na segunda. Outras contribuições positivas relevantes foram assinaladas pelos ramos de produtos alimentícios (1,0%), de produtos químicos (2,0%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (9,4%), de produtos têxteis (10,3%), de metalurgia (2,3%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,6%). Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-outubro de 2024, entre as onze atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,9%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção de álcool etílico.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os dez meses de 2025 mostrou maior dinamismo para os segmentos de bens de consumo duráveis (3,9%) e de bens intermediários (2,1%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de automóveis (4,6%) e eletrodomésticos da “linha marrom” (5,0%), no primeiro; e de óleos brutos de petróleo, no segundo. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 2,5%, registrou a queda mais elevada no índice acumulado no ano, pressionado, principalmente, pela redução verificada na produção de álcool etílico. O setor produtor de bens de capital (-0,6%) também assinalou taxa negativa no índice acumulado do período janeiro-outubro de 2025.