Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA-15 foi de 0,20% em novembro

26/11/2025 09h00 | Atualizado em 26/11/2025 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,20% em novembro e ficou 0,02 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro (0,18%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,15% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, abaixo dos 4,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,62%.

Período Taxa
Novembro de 2025 0,20%
Outubro de 2025 0,18%
Novembro de 2024 0,62%
Acumulado no ano 4,15%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,50%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Despesas pessoais (0,85% e 0,09 p.p.), seguido de Saúde e Cuidados Pessoais (0,29%) e Transportes (0,22%), ambos com o segundo maior impacto no índice geral (0,04 p.p.). As demais variações ficaram entre o recuo de 0,20% de Artigos de residência e o aumento de 0,19% em Vestuário.

IPCA-15 - Variação e impacto nos grupos

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Impacto (p.p.) Outubro Novembro Outubro Novembro
Índice Geral 0,18 0,20 0,18 0,20
Alimentação e bebidas -0,02 0,09 0,00 0,02
Habitação 0,16 0,09 0,02 0,01
Artigos de residência -0,64 -0,20 -0,02 0,00
Vestuário 0,45 0,19 0,02 0,01
Transportes 0,41 0,22 0,08 0,04
Saúde e cuidados pessoais 0,24 0,29 0,03 0,04
Despesas pessoais 0,42 0,85 0,04 0,09
Educação 0,09 0,05 0,01 0,00
Comunicação -0,09 -0,19 0,00 -0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

No grupo Despesas pessoais (0,85%), o resultado foi influenciado, principalmente, pelas altas na hospedagem (4,18%) e no pacote turístico (3,90%).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,29%), o destaque foi o plano de saúde (0,50%).

No resultado do grupo dos Transportes (0,22%), destacam-se o subitem passagens aéreas , que subiu 11,87% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,08 p.p.), além da queda de 0,46% nos combustíveis . À exceção do gás veicular , que aumentou 0,20%, os demais apresentaram reduções nos preços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e óleo diesel (-0,07%).

Ainda em Transportes , a variação de 0,13% no ônibus urbano considera a gratuidade concedida aos domingos e feriados em Belém (-5,84%) e, em Brasília (9,03%), verifica-se o reflexo das gratuidades concedidas em outubro. No metrô (-1,30%), ocorre o mesmo movimento em Brasília (9,03%). Em São Paulo , a queda de 3,27% no metrô , também registrada no trem (-1,77%), além dos -2,16% no subitem integração transporte público , consideram a liberação do pagamento de passagem no dia de realização da prova do ENEM (09/11).

Após cinco meses de queda, Alimentação e bebidas , grupo de maior peso no índice, variou 0,09%. A alimentação no domicílio permanece no campo negativo com queda de 0,15%, após recuar 0,10% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado os recuos do leite longa vida (-3,29%), do arroz (-3,10%) e das frutas (-1,60%). No lado das altas, destacaram-se a batata inglesa (11,47%), o óleo de soja (4,29%) e as carnes , com 0,68%.

A alimentação fora do domicílio (0,68%) acelerou em relação ao mês anterior (0,19%), em virtude das altas da refeição (de 0,06% em outubro para 0,56% em novembro) e do lanche (de 0,42% para 0,97%).

No grupo Habitação , que desacelerou de 0,16% para 0,09%, na passagem de outubro para novembro, a principal contribuição negativa veio da energia elétrica residencial , que passou de -1,09% para -0,38%. Ressalta-se que, em novembro, está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.

Além disso, foram incorporados os seguintes reajustes tarifários: 19,56% em Goiânia (14,04%), a partir de 22 de outubro; 16,05% em uma das concessionárias de São Paulo (-1,14%), vigente desde 23 de outubro; 11,21% em Brasília (5,59%), a partir de 22 de outubro.

Na variação da taxa de água e esgoto (0,13%), destaca-se o reajuste tarifário de 9,75% em Fortaleza (2,83%), a partir de 5 de novembro. O resultado do subitem gás encanado (-0,01%) considera a redução de 0,04% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,02%), a partir de 1º de novembro.

Ainda em Habitação , entre os subitens com aumentos, destacaram-se o condomínio (0,38%) e o aluguel residencial (0,37%).

Quanto aos índices regionais , dez das onze áreas de abrangência tiveram alta em novembro. A maior variação foi observada em Belém (0,67%), por conta das altas da hospedagem (155,24%) e das passagens aéreas (25,32%). Já o menor resultado ocorreu em Belo Horizonte (-0,05%), que registrou queda nos preços da gasolina (-3,13%) e das frutas (-5,39%).

IPCA-15 - Variação nas regiões

Região   Peso
Regional (%) 
Variação Mensal (%)   Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Belém 4,46 -0,14 0,67 4,14 4,73
Goiânia 4,96 1,30 0,56 4,44 4,80
São Paulo 33,45 0,21 0,26 4,62 5,00
Brasília 4,84 0,26 0,25 4,21 4,17
Fortaleza 3,88 0,01 0,23 3,92 4,34
Recife 4,71 -0,03 0,19 4,23 4,20
Porto Alegre 8,61 0,40 0,17 4,35 4,63
Rio de Janeiro 9,77 -0,05 0,09 3,12 3,50
Salvador 7,19 -0,04 0,04 3,38 4,06
Curitiba 8,09 0,04 0,03 4,20 4,39
Belo Horizonte 10,04 0,05 -0,05 3,73 4,15
Brasil 100,00 0,18 0,20 4,15 4,50
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 13 de novembro de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de setembro a 13 de outubro de 2025 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.