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Trimestrais da pecuária: abate de bovinos, suínos e frangos crescem no 2° trimestre

10/09/2025 09h00 | Atualizado em 10/09/2025 09h00

Os resultados da produção animal no 2º trimestre de 2025 apontam que o abate de bovinos subiu 3,9% frente ao mesmo período de 2024 e 5,5% em comparação ao trimestre anterior.

O abate de suínos aumentou 2,6% em relação ao mesmo período de 2024 e 4,1% na comparação com o 1° trimestre de 2025. Já o abate de frangos, representou alta de 1,1% em relação ao mesmo período de 2024 e queda de 0,4% na comparação com o 1° trimestre de 2025.

A aquisição de leite cru, no 1° trimestre de 2025, foi de 6,50 bilhões de litros, alta de 9,4% em relação ao 2° trimestre de 2024, e redução de 1,0% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

A aquisição de peças de couro pelos curtumes registrou aumento de 4,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e queda de 0,1% em comparação ao 1º trimestre de 2025, somando 10,75 milhões de peças de couro.

No 2° trimestre de 2025, foram produzidos 1,24 bilhão de dúzias de ovos de galinha, alta de 6,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 2,9% sobre a apurada no trimestre imediatamente anterior.

Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro Cru e Produção de Ovos de Galinha 2024 2025 2025 Variação (%)
2º trimestre 1º trimestre 2º trimestre 3 / 1 3 / 2 
1 2 3
Número de animais abatidos (mil cabeças)
BOVINOS   10 068   9 922   10 464 3,9 5,5
Bois   5 173   4 630   4 819 -6,8 4,1
Vacas   3 088   3 303   3 528 14,3 6,8
Novilhos    356    400    378 6,2 -5,6
Novilhas   1 451   1 588   1 739 19,8 9,5
SUÍNOS   14 626   14 420   15 012 2,6 4,1
FRANGOS 1 621 275 1 646 089 1 639 710 1,1 -0,4
Peso das carcaças (toneladas)
BOVINOS 2 607 580 2 497 826 2 650 085 1,6 6,1
Bois 1 534 798 1 355 118 1 424 575 -7,2 5,1
Vacas   674 912   708 232   761 678 12,9 7,5
Novilhos   92 760   105 524   99 957 7,8 -5,3
Novilhas   305 111   328 952   363 874 19,3 10,6
SUÍNOS 1 337 085 1 327 530 1 413 584 5,7 6,5
FRANGOS 3 460 597 3 489 286 3 555 592 2,7 1,9
Leite (mil litros)
Adquirido 5 943 220 6 567 544 6 502 280 9,4 -1,0
Industrializado 5 932 577 6 564 465 6 486 638 9,3 -1,2
Couro (mil unidades)
Adquirido (cru)   10 280   10 755   10 748 4,6 -0,1
Curtido   9 526   9 521   9 217 -3,2 -3,2
Ovos (mil dúzias)
Produção   1 168 629 1 205 983 1 241 014 6,2 2,9
FONTE: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Agropecuárias - Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha.  
Nota: Os dados relativos ao ano de 2025 são preliminares. 
  

Abate de bovinos segue em alta no 2° trimestre de 2025

No 2º trimestre de 2025, foram abatidas 10,46 milhões de cabeças bovinas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 3,9% e em relação ao 1º trimestre de 2025, o crescimento foi de 5,5%.

Maio foi o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 3,59 milhões de cabeças, variação positiva de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O abate de fêmeas teve alta de 16% em relação ao mesmo período de 2024, o que demonstra a continuação da tendência de aumento do abate dessa categoria ainda no primeiro semestre de 2025.

O abate de 395,98 mil cabeças de bovinos a mais no 2º trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 20 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação nacional a partir de 1,0%, os incrementos mais significativos ocorreram em: São Paulo (+129,52 mil cabeças), Pará (+87,09 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+50,45 mil cabeças), Bahia (+36,31 mil cabeças), Rondônia (+32,66 mil cabeças) e Pernambuco (+30,15 mil cabeças).

As quedas mais significativas ficaram por conta do Mato Grosso (-85,43 mil cabeças) e de Minas Gerais (-52,98 mil cabeças).

Com 16,7% da participação nacional, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, seguido por São Paulo (10,9%) e Goiás (10,1%).

Abate de suínos alcança melhor 2° trimestre da série histórica

Foram abatidas, no 2º trimestre de 2025, 15,01 milhões de cabeças de suínos, representando alta de 2,6% em relação ao mesmo período de 2024 e de 4,1% na comparação com o 1° trimestre de 2025. Este resultado trimestral representou o maior abate para os meses de maio e junho, e foi recorde na série histórica iniciada em 1997.

O abate de 385,93 mil cabeças de suínos a mais no 2º trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 12 das 26 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os estados com participação de ao menos 1,0%, ocorreram aumentos em: Rio Grande do Sul (+179,24 mil cabeças), Minas Gerais (+95,87 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+94,53 mil cabeças) e Paraná (+60,09 mil cabeças). Em contrapartida, as principais quedas ocorreram em: Santa Catarina (-36,08 mil cabeças), Mato Grosso (-20,45 mil cabeças) e Goiás (-1,71 mil cabeças).

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,0% da participação nacional, seguido por Paraná (21,7%) e Rio Grande do Sul (17,8%).

Abate de frangos registra melhor resultado para um 2° trimestre

No 2º trimestre de 2025, foram abatidas 1,64 bilhão de cabeças de frangos, representando aumento de 1,1% em relação ao mesmo período de 2024 e queda de 0,4% na comparação com o 1° trimestre de 2025. Recorde para um 2° trimestre, este resultado teve no mês de maio o maior registro mensal de abate de frangos de toda a série histórica iniciada em 1997.

O abate de 18,44 milhões de cabeças de frangos a mais no 2º trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi determinado pelo aumento no abate em 19 das 26 UFs que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos mais expressivos em: São Paulo (+11,12 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (+9,31 milhões de cabeças), Santa Catarina (+5,68 milhões de cabeças) e Goiás (+4,14 milhões de cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas mais expressivas em: Paraná (-13,17 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-1,44 milhões de cabeças), Mato Grosso (-1,05 milhões de cabeças) e Minas Gerais (-944,29 mil cabeças).

No ranking das UFs, Paraná lidera amplamente o abate de frangos, com 34,1% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (11,4%).

Aquisição de leite teve alta de 9,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior

No 2º trimestre de 2025, a aquisição de leite cru foi de 6,50 bilhões de litros, equivalente a um acréscimo de 9,4% em relação ao 2° trimestre de 2024, e uma redução de 1,0% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Trata-se da maior aquisição de leite nesses estabelecimentos para um segundo trimestre de toda a série histórica.

Em relação ao preço médio do leite pago ao produtor que foi de R$ 2,75, ocorreu aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e queda de 0,4% em relação ao 1º trimestre de 2025.

A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 40,7% do total, seguida pelas regiões Sudeste (35,9%), Centro-Oeste (10,5%), Nordeste (9,4%) e Norte (3,5%). No comparativo do 2º trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, o acréscimo de 559,06 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 20 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite.

Em nível de Unidades da Federação, os acréscimos mais relevantes ocorreram no Rio Grande do Sul (+122,06 milhões de litros), Paraná (+120,04 milhões de litros) e Minas Gerais (+74,15 milhões de litros). No sentido oposto, as reduções mais significativas ocorreram no Espírito Santo (-3,98 milhões de litros), Alagoas (-2,64 milhões de litros) e Mato Grosso (-2,51 milhões de litros).

Minas Gerais liderou o ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (15,7%) e Santa Catarina (12,7%)

Aquisição de couro cresce 15,7% em relação ao 1º trimestre de 2024

No 2º trimestre de 2025, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 10,75 milhões de peças de couro bovino. Esse total representa aumentos de 4,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e decréscimo de 0,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

O comparativo entre os 2os trimestres de 2024 e 2025 indica uma variação positiva de 468,12 mil peças no total adquirido pelos estabelecimentos. Foram verificados aumentos em 12 das 17 Unidades da Federação que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As variações positivas mais expressivas, em estados com mais de 5,0% de participação na aquisição nacional, e, ao menos, três estabelecimentos ativos, ocorreram em Goiás (+211,64 mil peças), Rio Grande do Sul (+183,51 mil peças) e Pará (+44,07 mil peças). As principais quedas ocorreram no Paraná (- 108,02 mil peças) e no Mato Grosso (-64,23 mil peças).

Goiás seguiu na liderança da relação de UFs que recebem peças de couro cru de bovino para processamento, com 18,9% da participação nacional, seguido por Mato Grosso (15,0%) e Mato Grosso do Sul (11,5%).

Produção de ovos de galinha registra 1,24 bilhão de dúzias

A produção de ovos de galinha, no 2º trimestre de 2025, alcançou 1,24 bilhão de dúzias, correspondendo a um aumento de 6,2% em relação ao apurado no mesmo trimestre do ano anterior e 2,9% sobre a apurada no trimestre imediatamente anterior.

A produção de 72,39 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, se comparados os 2°s trimestres de 2025 e 2024, foi consequência de aumentos em 23 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os acréscimos mais significativos ocorreram em São Paulo (+11,82 milhões de dúzias), Pernambuco (+11,18 milhões de dúzias) e Minas Gerais (+8,29 milhões de dúzias).

Verificou-se que mais da metade das granjas, 1.141 (54,6%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 83,0% do total de ovos produzidos, enquanto 949 granjas (45,4%) produziram ovos para incubação, respondendo por 17,0% do total de ovos produzidos.

No segundo trimestre de 2025, o Estado de São Paulo, com 25,6% da produção nacional seguiu como maior produtor de ovos dentre as UFs, seguido por Minas Gerais (9,9%), Paraná (9,3%) e Espírito Santo (7,9%).