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IPCA foi de 0,21% em junho

10/07/2024 09h00 | Atualizado em 10/07/2024 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho teve alta de 0,21%, ficando 0,25 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,46% registrada em maio. No ano, o IPCA acumula alta de 2,48%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,23%, acima dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a variação havia sido de -0,08%.

Período Taxa
Junho de 2024 0,21%
Maio de 2024 0,46%
Junho de 2023 -0,08%
Acumulado no ano 2,48%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,23%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. O maior impacto veio de Alimentação e bebidas (0,44%), com 0,10 p.p. de contribuição. Já a maior variação veio do grupo Saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,54% e 0,07 p.p. de contribuição. Por sua vez, Transportes registrou queda de 0,19%, após subir 0,44% em maio. Os demais grupos ficaram entre o -0,08% de Comunicação e o 0,29% de Despesas Pessoais.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Maio Junho Maio Junho
Índice Geral 0,46 0,21 0,46 0,21
Alimentação e bebidas 0,62 0,44 0,13 0,10
Habitação 0,67 0,25 0,10 0,04
Artigos de residência -0,53 0,19 -0,02 0,01
Vestuário 0,50 0,02 0,03 0,00
Transportes 0,44 -0,19 0,09 -0,04
Saúde e cuidados pessoais 0,69 0,54 0,09 0,07
Despesas pessoais 0,22 0,29 0,02 0,03
Educação 0,09 0,06 0,01 0,00
Comunicação 0,14 -0,08 0,01 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços 

Em Alimentação e bebidas (0,44%), a alimentação no domicílio desacelerou de 0,66% em maio para 0,47% em junho. Foram observadas altas nos preços da batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). No lado das quedas, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

A alimentação fora do domicílio (0,37%) registrou variação menos intensa na comparação com o mês anterior (0,50%). Os subitens lanche e refeição desaceleraram: de 0,78% para 0,39%, e de 0,36% para 0,34%, respectivamente.

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,54%) foi influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%. A alta dos planos de saúde (0,37%) decorre do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.

No grupo Habitação (0,25%), a alta da taxa de água e esgoto (1,13%) acontece após reajustes tarifários de 9,85% em Brasília (9,19%), a partir de 1º de junho; de 6,94% em São Paulo (2,05%), a partir de 10 de maio; e de 2,95% em Curitiba (1,61%), a partir de 17 de maio. No subitem gás encanado (-0,49%), o resultado do Rio de Janeiro (-1,61%) decorre de redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho.

Ainda em Habitação, a alta da energia elétrica residencial (0,30% e 0,01 p.p.) foi influenciada pelo reajuste tarifário de 6,76% aplicado em Belo Horizonte (5,98%), a partir de 28 de maio.

No grupo Transportes (-0,19%), houve queda na passagem aérea (-9,88% e -0,06 p.p.). Em relação aos combustíveis (0,54%), o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) tiveram recuo de preços, enquanto a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) registraram alta.

Regionalmente, a maior variação ocorreu em Goiânia (0,50%), influenciada pelas altas do etanol (5,19%) e da gasolina (2,86%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Porto Alegre (-0,14%), por conta dos recuos na passagem aérea (-9,62%) e no gás de botijão (-5,02%).

Região Peso
Regional (%)
Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Goiânia 4,17 -0,06 0,50 2,45 4,22
Belo Horizonte 9,69 0,63 0,46 3,63 5,23
Rio Branco 0,51 0,19 0,34 1,75 4,26
Brasília 4,06 0,34 0,34 1,84 5,04
São Paulo 32,28 0,37 0,29 2,34 4,18
Fortaleza 3,23 0,55 0,28 2,52 4,71
Curitiba 8,09 0,49 0,25 2,39 3,61
Belém 3,94 0,13 0,13 2,59 4,80
Campo Grande 1,57 0,42 0,12 2,31 4,15
São Luís 1,62 0,63 0,11 4,21 5,04
Rio de Janeiro 9,43 0,44 0,11 2,21 4,02
Aracaju 1,03 0,60 0,08 3,84 4,54
Vitória 1,86 0,51 0,05 2,14 4,12
Salvador 5,99 0,58 -0,04 2,46 3,93
Recife 3,92 0,43 -0,09 2,61 3,26
Porto Alegre 8,61 0,87 -0,14 1,91 3,71
Brasil 100,00 0,46 0,21 2,48 4,23
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio a 28 de junho de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de maio a 29 de maio de 2024 (base). O indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,25% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,25% em junho, abaixo do registrado no mês anterior (0,46%). No ano, o INPC acumula alta de 2,68%. Já nos últimos 12 meses, o acumulado é de 3,70%, acima dos 3,34% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a taxa foi de -0,10%.

Os produtos alimentícios desaceleraram de 0,64% em maio para 0,44% em junho. A variação dos não alimentícios também desacelerou, ficando em 0,19% em junho, abaixo dos 0,40% no mês anterior.

Quanto aos índices regionais, Belo Horizonte e Brasília apresentaram a maior variação (0,58%), por conta da alta da energia elétrica residencial (5,98%), na primeira, e da alta da taxa de água e esgoto (9,20%), na segunda. Já a menor variação foi observada em Porto Alegre (-0,16%), por conta do gás de botijão (-5,02%).

Região Peso
Regional (%)
Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Brasília 1,97 0,27 0,58 2,11 4,08
Belo Horizonte 10,35 0,61 0,58 4,18 5,06
Goiânia 4,43 0,03 0,52 2,47 4,11
Rio Branco 0,72 0,24 0,40 2,27 4,32
São Paulo 24,60 0,33 0,38 2,36 3,10
Curitiba 7,37 0,48 0,34 2,46 3,20
Fortaleza 5,16 0,58 0,28 2,51 4,39
Belém 6,95 0,13 0,22 2,89 5,07
Rio de Janeiro 9,38 0,46 0,20 2,06 3,35
Aracaju 1,29 0,57 0,19 4,04 4,07
Vitória 1,91 0,55 0,13 2,60 3,43
São Luís 3,47 0,65 0,11 4,06 4,70
Campo Grande 1,73 0,44 0,05 2,32 3,56
Recife 5,60 0,46 -0,08 2,72 2,61
Salvador 7,92 0,59 -0,12 2,45 3,49
Porto Alegre 7,15 0,95 -0,16 2,34 3,35
Brasil 100,00 0,46 0,25 2,68 3,70
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio a 28 de junho de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de maio a 29 de maio de 2024 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.