Em fevereiro, indústria recua em cinco dos 15 locais pesquisados
09/04/2024 09h00 | Atualizado em 09/04/2024 16h46
Com variação negativa de 0,3% na indústria nacional em fevereiro, na série com ajuste sazonal, cinco dos 15 locais pesquisados pelo IBGE neste indicador apresentaram taxas negativas.
Os maiores recuos foram registrados no Mato Grosso (-3,3%), Goiás (-2,4%) e Pará (-2,2%). Santa Catarina (-0,6%) e São Paulo (-0,5%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos. Já o Rio Grande do Sul (9,4%), Amazonas (7,3%) e Espírito Santo (5,9%) apontaram as expansões mais elevadas do mês. Ceará (5,2%), Pernambuco (5,2%), Rio de Janeiro (2,0%), Bahia (1,8%), Região Nordeste (1,6%), Minas Gerais (0,9%) e Paraná (0,6%) mostraram os demais resultados positivos nesse indicador.
Em relação à média móvel trimestral, a indústria mostrou variação negativa de 0,1% em fevereiro de 2024 frente ao do mês anterior, interrompendo a trajetória de crescimento iniciada em fevereiro de 2023. Cinco dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas no trimestre terminado em fevereiro, com destaque para Pará (-1,6%) e Goiás (-1,1%). Na comparação com fevereiro de 2023, houve crescimento de 5,0% no setor industrial do país, com avanço em 16 dos 18 locais pesquisados. Dentre eles, destacam-se Rio Grande do Norte (67,3%), Rio Grande do Sul (18,3%), Amazonas (17,2%) e Ceará (14,3%) com as maiores expansões.
No acumulado do ano de 2024, o setor industrial assinalou expansão de 4,3%, frente a igual período do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial avançou 1,0%, com taxas positivas em 12 dos 18 locais pesquisados.
Indicadores Conjunturais da Indústria | ||||
---|---|---|---|---|
Resultados Regionais | ||||
Fevereiro de 2024 | ||||
Locais | Variação (%) | |||
Fevereiro 2024/ Janeiro 2024* |
Fevereiro 2024/ Fevereiro 2023 |
Acumulado Janeiro-Fevereiro | Acumulado nos Últimos 12 Meses |
|
Amazonas | 7,3 | 17,2 | 14,0 | 2,9 |
Pará | -2,2 | -0,1 | 2,6 | 6,6 |
Região Nordeste | 1,6 | 2,8 | 2,3 | -2,3 |
Maranhão | - | -0,5 | 1,7 | -4,1 |
Ceará | 5,2 | 14,3 | 8,8 | -3,1 |
Rio Grande do Norte | - | 67,3 | 71,5 | 27,5 |
Pernambuco | 5,2 | 5,3 | 3,2 | 3,1 |
Bahia | 1,8 | 6,1 | 7,1 | 0,6 |
Minas Gerais | 0,9 | 5,2 | 5,8 | 3,1 |
Espírito Santo | 5,9 | 10,5 | 6,2 | 12,9 |
Rio de Janeiro | 2,0 | 10,2 | 8,7 | 5,3 |
São Paulo | -0,5 | 4,6 | 4,8 | -0,5 |
Paraná | 0,6 | 4,7 | 4,0 | 2,4 |
Santa Catarina | -0,6 | 6,6 | 6,6 | 0,4 |
Rio Grande do Sul | 9,4 | 18,3 | 6,2 | -2,2 |
Mato Grosso do Sul | - | 9,4 | 6,0 | -0,1 |
Mato Grosso | -3,3 | 9,2 | 8,7 | 8,5 |
Goiás | -2,4 | 10,4 | 10,4 | 7,3 |
Brasil | -0,3 | 5,0 | 4,3 | 1,0 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas *Série com Ajuste Sazonal |
No recuo de 0,3% da produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro, na série com ajuste sazonal, cinco dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas. Mato Grosso (-3,3%), Goiás (-2,4%) e Pará (-2,2%) assinalaram as quedas mais acentuadas, com o primeiro eliminando parte do avanço de 3,6% registrado no mês anterior; e os dois últimos marcando o segundo mês seguido de queda na produção, período em que acumularam perdas de 6,2% e 7,8%, respectivamente. Santa Catarina (-0,6%) e São Paulo (-0,5%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em fevereiro de 2024.
Por outro lado, Rio Grande do Sul (9,4%), Amazonas (7,3%) e Espírito Santo (5,9%) mostraram as expansões mais acentuadas nesse mês, com o primeiro eliminando a queda de 5,7% verificada em janeiro último; o segundo completando o terceiro mês seguido de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 35,1%; e o último voltando a crescer após recuar 5,8% no mês anterior. Ceará (5,2%), Pernambuco (5,2%), Rio de Janeiro (2,0%), Bahia (1,8%), Região Nordeste (1,6%), Minas Gerais (0,9%) e Paraná (0,6%) assinalaram os demais resultados positivos em fevereiro de 2024.
O índice de média móvel trimestral para a indústria mostrou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024 frente ao nível do mês anterior, interrompendo, dessa forma, com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em fevereiro de 2023. Cinco dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse mês, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Pará (-1,6%) e Goiás (-1,1%). Por outro lado, Amazonas (10,4%), Pernambuco (5,6%), Ceará (3,4%), Região Nordeste (2,3%), Rio Grande do Sul (1,9%) e Minas Gerais (1,0%) mostraram os principais avanços em fevereiro de 2024.
Na comparação com fevereiro de 2023, a indústria nacional cresceu 5,0% em fevereiro de 2024, com taxas positivas em 16 dos 18 locais pesquisados. Vale citar que fevereiro de 2024 (19 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (18). Nesse mês, Rio Grande do Norte (67,3%), Rio Grande do Sul (18,3%), Amazonas (17,2%) e Ceará (14,3%) registraram avanços de dois dígitos e os mais acentuados.
No Rio Grande do Norte, o crescimento foi influenciado, principalmente, pelo comportamento positivo observado no setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva).
No caso do Rio Grande do Sul, a explicação do resultado positivo está no comportamento dos produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva, gás liquefeito de petróleo, naftas e óleos combustíveis).
No caso do Amazonas, o crescimento foi influenciado por conta dos equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (terminais de autoatendimento bancário, unidades de memória, receptor-decodificador de sinais de vídeo codificados, aparelhos para recepção, conversão e transmissão de imagens ou dados e televisores), máquinas e equipamentos (aparelhos de ar-condicionado de paredes, janelas ou transportáveis – inclusive os do tipo split system) e outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios).
No Ceará, a explicação do resultado positivo está no comportamento dos artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (calçados esportivos de couro e calçados de plástico moldado) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (calcinhas, cintas-sutiãs e sutiãs – de malha ou não).
Espírito Santo (10,5%), Goiás (10,4%), Rio de Janeiro (10,2%), Mato Grosso do Sul (9,4%), Mato Grosso (9,2%), Santa Catarina (6,6%), Bahia (6,1%), Pernambuco (5,3%) e Minas Gerais (5,2%) também apresentaram conjunto taxas positivas acima da média nacional (5,0%). Paraná (4,7%), São Paulo (4,6%) e Região Nordeste (2,8%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice mensal de fevereiro de 2024.
Por outro lado, Maranhão (-0,5%) e Pará (-0,1%) assinalaram os recuos nesse mês, pressionados, em grande parte, pelas atividades de metalurgia (óxido de alumínio) e indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados), no primeiro local; e de indústrias extrativas (minérios de ferro e de manganês – ambos em bruto ou beneficiados), no segundo.
O acumulado no ano avançou 4,3%, frente ao mesmo período do ano anterior, com resultados positivos em todos os dezoito locais pesquisados. Rio Grande do Norte (71,5%), Amazonas (14,0%) e Goiás (10,4%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais acentuados no índice acumulado para os dois primeiros meses do ano.
No Rio Grande do Norte, o crescimento foi influenciado pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva).
No estado do Amazonas, o resultado se deu por conta dos equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (terminais de autoatendimento bancário, televisores, receptor-decodificador de sinais de vídeo codificados, unidades de memória e aparelhos para recepção, conversão e transmissão de imagens ou dados), máquinas e equipamentos (aparelhos de ar-condicionado de paredes, janelas ou transportáveis – inclusive os do tipo split system) e outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios).
Em Goiás, o crescimento foi influenciado pelos produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, maionese, carnes e miudezas de aves congeladas, frescas ou refrigeradas e tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico e biodiesel), produtos químicos (fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK, sabões ou detergentes líquidos e em barras e superfosfatos) e veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis).
Ceará (8,8%), Rio de Janeiro (8,7%), Mato Grosso (8,7%), Bahia (7,1%), Santa Catarina (6,6%), Espírito Santo (6,2%), Rio Grande do Sul (6,2%), Mato Grosso do Sul (6,0%), Minas Gerais (5,8%) e São Paulo (4,8%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (4,3%), enquanto Paraná (4,0%), Pernambuco (3,2%), Pará (2,6%), Região Nordeste (2,3%) e Maranhão (1,7%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.
O acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 1,0% em fevereiro de 2024, intensificou o ritmo frente aos resultados de janeiro de 2024 (0,4%) e de dezembro de 2023 (0,1%). Doze dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em fevereiro de 2024 e 16 apontaram maior dinamismo frente aos índices de janeiro de 2024. Rio Grande do Norte (de 21,4% para 27,5%), Rio Grande do Sul (de -4,4% para -2,2%), Mato Grosso (de 6,8% para 8,5%), Ceará (de -4,7% para -3,1%), Bahia (de -0,4% para 0,6%), Espírito Santo (de 12,0% para 12,9%), Santa Catarina (de -0,4% para 0,4%), Goiás (de 6,4% para 7,3%), Amazonas (de 2,0% para 2,9%) e Pernambuco (de 2,3% para 3,1%) assinalaram os principais ganhos entre janeiro e fevereiro de 2024, enquanto Maranhão (de -3,6% para -4,1%) e Minas Gerais (de 3,2% para 3,1%) mostraram as perdas entre os dois períodos.