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PNAD Contínua: desocupação recua em oito das 27 UFs no 4° trimestre de 2022

28/02/2023 09h00 | Atualizado em 28/02/2023 12h20

A taxa de desocupação do país no 4° trimestre de 2022 foi de 7,9%, caindo 0,8 ponto percentual (p. p.) em relação ao trimestre de julho a setembro de 2022 (8,7%) e 3,2 p. p. frente ao mesmo trimestre de 2021 (11,1%).

Ante o trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em oito unidades da federação, ficou estável em 18 e cresceu em apenas uma, o Amapá (2,5 p.p.). As maiores quedas foram em Mato Grosso de Sul (1,8 p.p), Pernambuco (1,6 p.p.) e Bahia (1,6 p.p.).

No 4º trimestre de 2022, as maiores taxas de desocupação foram as de Bahia (13,5%), Amapá (13,3%) e Pernambuco (12,3%). As menores taxas foram de Rondônia (3,1%), Santa Catarina (3,2%) e Mato Grosso do Sul. (3,3%).

A taxa de desocupação por sexo foi de 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres no 4° trimestre de 2022. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (6,2%) e acima para os pretos (9,9%) e pardos (9,2%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,9%) superava as taxas dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 8,4%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,9%).

No 4° trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 18,5%. Piauí (38,8%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (33,9%), Bahia (31,8%) e Maranhão (30,3%), todas acima de 30%. As menores taxas foram em Santa Catarina (5,9%), Rondônia (7,2%) e Mato Grosso do Sul (8,5%).

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no 4º tri de 2022 foi de 3,6%. Maranhão (14,3%), Piauí (13,7%) e Alagoas (12,4%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,4%) e Rondônia (0,9%), os menores.

Quanto ao tempo de procura por trabalho, 25,6% da população desocupada estavam procurando por trabalho há 2 anos ou mais. Esse percentual era de 27,2% no terceiro trimestre de 2022 e de 30,3% no 4º trimestre de 2021. Por outro lado, 19,3% da população desocupada buscavam trabalho há menos de um mês. Essa proporção era de 16,6% no 3º trimestre de 2022 e de 13,2% no 4º trimestre de 2021.

O percentual de empregados com carteira assinada era de 73,6% dos empregados do setor privado. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,8%), Rio Grande do Sul (81,1%) e Paraná (80,9%). Os menores, no Maranhão (48,3%), Pará (49,9%) e Piauí (51,9%).

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,6%. Os maiores percentuais foram em Rondônia (36,5%), Amapá (34,3%) e Amazonas (31,9%) e os menores, no Distrito Federal (19,4%), Tocantins (21,2%) e Goiás (21,7%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (60,8%), Maranhão (57,4%) e Amazonas (57,0%) e as menores, com Santa Catarina (25,9%), Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (30,5%).

Taxas de desocupação recuaram em oito UFs frente ao trimestre anterior

Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação caiu em oito unidades da federação, cresceu apenas no Amapá (2,5 p.p.) e ficou estável nas demais. As maiores quedas foram em Mato Grosso de Sul (1,8 p.p), Pernambuco (1,6 p.p) e Bahia (1,6 p.p.).

Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por UF,
frente ao trimestre móvel anterior (%) - 4° trimestre de 2022

UF 3T 2022 4T 2022 situação
Amapá 10,8 13,3
Sergipe 12,1 11,9
Distrito Federal 10,9 10,3
Paraíba 10,9 10,3
Acre 10,1 10,0
Amazonas 9,4 10,0
Rio Grande do Norte 10,5 9,9
Piauí 9,2 9,5
Alagoas 10,1 9,3
Pará 8,8 8,2
Ceará 8,6 7,8
Espírito Santo 7,3 7,2
Goiás 6,1 6,6
Minas Gerais 6,3 5,8
Tocantins 5,6 5,2
Paraná 5,3 5,1
Roraima 4,9 4,6
Mato Grosso 3,8 3,5
Rondônia 3,9 3,1
Santa Catarina 3,8 3,2
Brasil 8,7 7,9
Rio de Janeiro 12,3 11,4
São Paulo 8,6 7,7
Maranhão 9,7 8,3
Rio Grande do Sul 6,0 4,6
Bahia 15,1 13,5
Pernambuco 13,9 12,3
Mato Grosso do Sul 5,1 3,3

PI tem a maior taxa de subutilização (38,8%) e SC a menor (5,9%)

No 4° trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 18,5%. As maiores taxas foram no Piauí (38,8%), Sergipe (33,9%) e Bahia (31,8%). As menores taxas foram em Santa Catarina (5,9%), Rondônia (7,2%) e Mato Grosso do Sul (8,5%).

Taxa composta de subutilização da força de trabalho das pessoas
de 14 anos ou mais de idade, por UF (%) - 4° trimestre de 2022

UF Valor
 Santa Catarina  5,9
 Rondônia  7,2
 Mato Grosso do Sul  8,5
 Mato Grosso  8,8
 Paraná  11,4
 Rio Grande do Sul  11,4
 Goiás  13,1
 Roraima  13,2
 Espírito Santo  14,2
 Minas Gerais  14,6
 São Paulo  15,3
 Tocantins  15,8
Brasil 18,5
 Rio de Janeiro  18,6
 Acre  20,2
 Distrito Federal  20,5
 Amazonas  20,8
 Amapá  21,0
 Pará  23,3
 Ceará  25,0
 Rio Grande do Norte  26,8
 Pernambuco  26,8
 Paraíba  28,1
 Alagoas  29,3
 Maranhão  30,3
 Bahia  31,8
 Sergipe  33,9
 Piauí  38,8

RO tem a maior proporção de conta própria (36,5%) e DF a menor (19,4%)

O percentual da população ocupada trabalhando por conta própria foi de 25,6%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (36,5%), Amapá (34,3%) e Amazonas (31,9%) e os menores, do Distrito Federal (19,4%), Tocantins (21,1%) e Goiás (21,7%).

Percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência
como conta própria, por UF (%) - 4° trimestre de 2022

UF Valor
Distrito Federal 19,4
Tocantins 21,2
Goiás 21,7
Mato Grosso do Sul 21,9
Sergipe 23,4
Paraná 23,4
São Paulo 23,8
Minas Gerais 23,9
Alagoas 24,4
Espírito Santo 24,7
Santa Catarina 24,8
Rio Grande do Sul 25,2
Rio Grande do Norte 25,5
Brasil 25,6
Roraima 25,7
Mato Grosso 25,7
Rio de Janeiro 27,0
Piauí 27,5
Acre 27,8
Ceará 28,0
Bahia 28,4
Paraíba 29,6
Pernambuco 30,3
Maranhão 30,7
Pará 30,9
Amazonas 31,9
Amapá 34,3
Rondônia 36,5

MA tem menor percentual de trabalhadores com carteira (48,3%) e SC o maior (87,8%)

No 4º tri de 2022, 73,6% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Entre as unidades da federação, os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,8%), Rio Grande do Sul (81,1%) e Paraná (80,9%). Os menores, no Maranhão (48,3%), Pará (49,9%) e Piauí (51,9%).

Percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência
como empregado COM carteira entre os empregados do setor privado, por UF (%) - 4° trimestre de 2022

UF Valor
Maranhão 48,3
Pará 49,9
Piauí 51,9
Tocantins 54,5
Ceará 55,2
Paraíba 56,9
Bahia 57,5
Sergipe 57,9
Roraima 58,1
Acre 61,2
Alagoas 62,3
Amazonas 63,7
Rio Grande do Norte 65,3
Pernambuco 66,7
Amapá 69,4
Goiás 72,1
Rondônia 72,1
Brasil 73,6
Espírito Santo 74,7
Rio de Janeiro 76,4
Minas Gerais 76,5
Distrito Federal 76,9
Mato Grosso do Sul 77,4
Mato Grosso 78,0
São Paulo 80,7
Paraná 80,9
Rio Grande do Sul 81,1
Santa Catarina 87,8

Frente ao trimestre anterior, rendimento médio cresce em duas regiões

No 4º trimestre de 2022, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.808. Este resultado apresentou crescimento de 1,9% frente ao trimestre de julho a setembro de 2022 (R$ 2.757) e de 8,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.594).

Na comparação entre o 3º e o 4º trimestre de 2022, apenas as regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentaram crescimento e as demais tiveram estabilidade estatística. Em relação ao 4º trimestre de 2021, o rendimento médio cresceu em todas as regiões.

A massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 274,3 bilhões de reais. Quando comparada ao trimestre móvel de julho a setembro de 2022, houve crescimento de 2,1%, ou seja, mais R$ 5,6 bilhões. Frente ao mesmo trimestre de 2021, houve aumento de 12,8%, ou um acréscimo de R$ 31,2 bilhões na massa de rendimentos.

PA tem a maior taxa de informalidade (60,8%) e SC, a menor (25,9%)

A taxa de informalidade no 4° trimestre de 2022 ficou em 38,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (60,8%), Maranhão (57,4%) e Amazonas (57,0%) e as menores, com Santa Catarina (25,9%), Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (30,5%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar.

Taxa de informalidade da população de 14 anos ou mais de idade,
ocupada na semana de referência, por UF (%) - 4° trimestre de 2022

UF Valor
Pará 60,8
Maranhão 57,4
Amazonas 57,0
Piauí 54,0
Ceará 53,3
Bahia 52,2
Paraíba 50,9
Sergipe 50,8
Rondônia 48,9
Roraima 48,8
Amapá 48,7
Pernambuco 48,4
Acre 46,3
Alagoas 44,7
Rio Grande do Norte 44,6
Tocantins 43,8
Brasil 38,8
Espírito Santo 37,9
Rio de Janeiro 36,8
Goiás 36,7
Minas Gerais 36,0
Mato Grosso 35,1
Mato Grosso do Sul 32,7
Rio Grande do Sul 31,7
Paraná 31,0
São Paulo 30,5
Distrito Federal 29,7
Santa Catarina 25,9

Um em cada quatro desocupados procurava trabalho há dois anos ou mais

No 4º trimestre de 2022, a PNAD Contínua captou que 25,6% da população desocupada estavam buscando trabalho há 2 anos ou mais. Esse percentual vem diminuindo: era de 27,2% no terceiro trimestre de 2022 e de 30,3% no 4º trimestre de 2021.

Por outro lado, 19,3% da população desocupada buscavam trabalho há menos de um mês. Essa proporção está aumentando: era de 16,6% no 3º trimestre de 2022 e de 13,2% no 4º trimestre de 2021.

Número e proporção de pessoas desocupadas por faixas de tempo de procura por trabalho
Tempo de Procura 4º tri de 2021 3º tri de 2022 4º tri de 2022
mil pessoas % mil pessoas % mil pessoas %
Total 12.011 100,0 9.460 100,0 8.571 100,0
Menos de 1 mês 1.580 13,2 1.573 16,6 1.651 19,3
De 1 mês a menos de 1 ano 4.737 39,4 4.208 44,5 3.734 43,6
De 1 ano a menos de 2 anos 2.057 17,1 1.103 11,7 995 11,6
2 anos ou mais 3.637 30,3 2.575 27,2 2.191 25,6