PNAD Contínua Mensal: taxa de desocupação é de 14,1% e taxa de subutilização é de 28,6% no trimestre encerrado em junho
31/08/2021 09h00 | Atualizado em 08/09/2021 16h36
A taxa de desocupação (14,1%) do trimestre móvel de abril a junho de 2021 recuou 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de janeiro a março de 2021 (14,7%) e subiu 0,8 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2020 (13,3%). A população desocupada (14,4 milhões de pessoas) ficou estável ante o trimestre terminado em março de 2021 (14,8 milhões de pessoas) e aumentou 12,9% (mais 1,7 milhões de pessoas) ante ao mesmo trimestre móvel de 2020 (12,8 milhões de pessoas).
Indicador/Período | Abr-Mai-Jun 2021 | Jan-Fev-Mar 2021 | Abr-Mai-Jun 2020 |
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Taxa de desocupação | 14,1% | 14,7% | 13,3% |
Taxa de subutilização | 28,6% | 29,7% | 29,1% |
Rendimento real habitual | R$ 2.515 | R$ 2.594 | R$ 2.693 |
Variação do rendimento habitual em relação a: | -3,0% | -6,6% |
A população ocupada (87,8 milhões de pessoas) cresceu 2,5% (mais 2,1 milhões de pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e 5,3% (mais 4,4 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020 (83,3 milhões de pessoas ocupadas). O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 49,6%, cresceu 1,2 p.p. frente ao trimestre móvel anterior (48,4%) e 1,6 ponto percentual ante igual trimestre de 2020 (47,9%).
A taxa composta de subutilização (28,6%) caiu 1,1 p.p. em relação ao trimestre anterior (29,7%) e ficou estável na comparação com o mesmo trimestre de 2020 (29,1%).
A população subutilizada (32,2 milhões de pessoas) diminuiu 3,0% (menos 993 mil pessoas) frente ao trimestre anterior (33,2 milhões) e ficou estável na comparação anual (31,9 milhões).
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (7,5 milhões de pessoas) é recorde da série histórica, com altas de 7,3% ante o trimestre anterior (511 mil pessoas a mais) e de 34,4% (1,9 milhão de pessoas a mais) frente ao mesmo trimestre de 2020.
A população fora da força de trabalho (74,9 milhões de pessoas) caiu 2,1% (menos 1,6 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e de 3,7% (menos 2,9 milhões de pessoas) na comparação anual.
A população desalentada (5,6 milhões de pessoas) caiu 6,5% ante o trimestre anterior (menos 388 mil pessoas) e ficou estável no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (5,2%) caiu 0,4 p.p. nas duas comparações (ambos em 5,6%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 30,2 milhões de pessoas, subindo 2,1% (618 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e ficando estável ante o mesmo trimestre de 2020.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (10,0 milhões de pessoas) subiu 3,4% (332 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 16,0% (1,4 milhão de pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (24,8 milhões de pessoas) é recorde da série histórica, com altas de 4,2% (mais 1,0 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e 14,7% (3,2 milhões de pessoas) na comparação anual.
O número de trabalhadores domésticos (5,1 milhões de pessoas) ficou estável no confronto com o trimestre anterior, mas subiu 8,4% (mais 394 mil pessoas) frente a igual período de 2020.
O número de empregadores (3,8 milhões de pessoas) mostrou estabilidade nas duas comparações.
O número de empregados no setor público (11,8 milhões de pessoas), que inclui estatutários e militares, ficou estável frente ao trimestre anterior, mas caiu (menos 539 mil) ante a 2020.
A taxa de informalidade foi de 40,6% da população ocupada, ou 35,6 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,6% e, no mesmo trimestre de 2020, 36,9%.
O rendimento real habitual (R$ 2.515) caiu 3,0% frente ao trimestre anterior e 6,6% frente a igual período de 2020. A massa de rendimento real habitual (R$ 215,5 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.
Taxa de desocupação - Brasil - 2012/2021
No trimestre móvel de março a maio de 2021, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 102,2 milhões de pessoas caiu 10,1% (menos 1,1 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior recuou 24,5% (menos 3,3 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.
Entre os grupamentos de atividades, frente ao trimestre móvel anterior, houve altas em: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,8%, ou mais 326 mil pessoas), Construção (5,7%, ou mais 346 mil pessoas), Alojamento e alimentação (9,1%, ou mais 360 mil pessoas) e Serviços domésticos (4,0%, ou mais 197 mil pessoas). Os demais grupamentos ficaram estáveis.
Ante o mesmo trimestre móvel de 2020, houve altas na ocupação de seis grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (11,8%, ou mais 945 mil pessoas), Construção (19,6%, ou mais 1,0 milhão de pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,6%, ou mais 707 mil pessoas), Alojamento e alimentação (7,7%, ou mais 309 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (7,3%, ou mais 733 mil pessoas) e Serviços domésticos (9,0%, ou mais 426 mil pessoas). Os demais grupamentos não tiveram variações estatisticamente significativas.
Taxa composta de subutilização - Trimestres de abril a junho – Brasil - 2012 a 2021 (%)
Quanto ao rendimento médio real habitual, ante o trimestre móvel anterior, houve reduções em dois grupamentos: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-3,3%) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-5,1%), com estabilidade nos demais.
Frente ao mesmo trimestre de 2020, houve reduções no rendimento de sete categorias: Indústria (12,2%, ou menos R$ 338) Construção (14,8%, ou menos R$ 309) Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (8,1%, ou menos R$ 171) Transporte, armazenagem e correio (11,7%, ou menos R$ 291) Alojamento e alimentação (12,8%, ou menos R$ 216) Outros serviços (13,8%, ou menos R$ 284) e Serviços domésticos (7,2%, ou menos R$ 72). Houve estabilidade nos demais grupamentos.
Entre as posições de ocupação, ante o trimestre móvel anterior, houve queda no rendimento dos Empregados (-2,1%), puxada pelos Empregados no Setor Público (-3,2%). Na comparação anual, também houve quedas no rendimento dos Empregados (-4,8%) e em quatro das suas subcategorias: Empregado no setor privado (-4,9%), Empregado no setor privado com carteira assinada (-3,8%), Trabalhador doméstico (-7,2%) e Trabalhador doméstico sem carteira (-6,0%). Também houve quedas no rendimento dos Empregadores (-11,4%), Empregadores com CNPJ (-10,9%), Trabalhadores por Conta Própria (-5,4%) e dos Trabalhadores por Conta Própria sem CNPJ (-5,2%). Houve estabilidade nas demais categorias e subcategorias.