PNAD Contínua Trimestral: desocupação cresce em oito das 27 UFs no 1° trimestre de 2021
27/05/2021 09h00 | Atualizado em 27/05/2021 12h07
A taxa de desocupação do país no 1° trimestre de 2021 foi de 14,7%, um aumento de 0,8 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2020 (13,9%) e aumento de 2,5 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2020 (12,2%).
Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação avançou em oito unidades da Federação, com estabilidade nas demais. Os maiores aumentos foram no Tocantins (5,8 p.p.), Pará (2,9 p.p.), Maranhão (2,5 p.p.) e Piauí (2,5 p.p.).
As maiores taxas de desocupação foram em Pernambuco e Bahia (ambos com 21,3%), seguidos por Sergipe (20,9%) e Alagoas (20,0%). As menores taxas foram as de Santa Catarina (6,2%), Rio Grande do Sul (9,2%), Paraná (9,3%) e Mato Grosso (9,9%), as únicas abaixo de 10,0%.
A taxa de desocupação por sexo foi de 12,2% para os homens e 17,9% para as mulheres no 1° trimestre de 2021. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (11,9%) e acima para os pretos (18,6%) e pardos (16,9%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto, 24,4%, era superior à dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 17,5%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (8,3%).
No 1° trimestre de 2021, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 29,7%. As maiores taxas foram do Piauí (48,7%), Maranhão (47,3%), Alagoas (46,9%) e Bahia (44,8%) e as menores, de Santa Catarina (11,9%), Mato Grosso (16,7%), Paraná (18,7%) e Rio Grande do Sul (18,8%).
O número de desalentados no 1° trimestre de 2021 foi de 6,0 milhões de pessoas. O maior número estava na Bahia (785 mil desalentados, ou 13,2% do contingente nacional).
O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no 1º tri de 2021 foi de 5,6%. Maranhão (20,8%) e Alagoas (17,9%) tinham os maiores percentuais; Santa Catarina (1,1%), Mato Grosso (1,7%) e Paraná (1,9%), os menores.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 75,3% dos empregados do setor privado. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (84,7%), Paraná (83,8%) e São Paulo (82,7%) e os menores, no Maranhão (48,0%), Piauí (54,5%) e Pará (54,6%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 27,8%. Os maiores percentuais foram do Amapá (37,2%), Amazonas (35,4%) e Maranhão (35,2%) e os menores, do Distrito Federal (20,2%), São Paulo (24,0%) e Minas Gerais (24,9%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,6% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (61,6%), Amazonas (59,6%) e Pará (59,0%) e as menores, com Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (29,3%) e São Paulo (29,5%).
No Brasil, o rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.544, mantendo estabilidade em ambas as comparações. Entre as unidades da Federação, frente ao trimestre anterior, somente Paraíba (-11,8%) e Amazonas (-8,3%) mostraram variações significativas. Frente ao mesmo trimestre de 2020, só houve variação no Rio de Janeiro (7,9%).
Taxas de desocupação avançaram em oito UFs no 1° trimestre de 2021
Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação subiu em oito unidades da Federação: Tocantins (5,8 p.p.), Pará (2,9 p.p.), Maranhão (2,5 p.p.), Piauí (2,5 p.p.), Pernambuco (2,3 p.p.), Amazonas (2 p.p.), Minas Gerais (1,6 p.p.) e Santa Catarina (0,9 p.p.), com estabilidade nas demais UFs.
Já frente ao mesmo trimestre de 2020, houve altas em 16 unidades da Federação, com estabilidade nas demais. Os maiores aumentos foram em Pernambuco (6,8 p.p.), Sergipe (5,4 p.p) e Tocantins (5,1 p.p.).
Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por UF,
frente ao trimestre móvel anterior (%) - 1° trimestre de 2021
PI tem a maior taxa de subutilização (48,7%) e SC, a menor (11,9%)
No 1° trimestre de 2021, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 29,7%. Piauí (48,7%) apresentou a maior taxa, seguido por Maranhão (47,3%), Alagoas (46,9%) e Bahia (44,8%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (11,9%), Mato Grosso (16,7%), Paraná (18,7%) e Rio Grande do Sul (18,8%), únicas Unidades da Federação abaixo de 20%.
Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 1° trimestre de 2021
AP tem a maior proporção de conta própria (37,2%) e DF, a menor (20,2%)
O percentual de pessoas trabalhando por conta própria no país no 1° tri de 2021 foi de 27,8%. Os maiores percentuais ficaram com as regiões Norte (33,5%) e Nordeste (32,0%). As Unidades da Federação com os maiores percentuais foram Amapá (37,2%), Amazonas (35,4%) e Maranhão (35,2%) e os menores, Distrito Federal (20,2%), São Paulo (24,0%) e Minas Gerais (24,9%), as únicas UFs com percentual abaixo de 25%.
Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) - 1° trimestre 2021
UF | Valor |
---|---|
Distrito Federal | 20,2 |
São Paulo | 24,0 |
Minas Gerais | 24,9 |
Santa Catarina | 25,6 |
Mato Grosso do Sul | 25,6 |
Rio Grande do Sul | 26,8 |
Rio Grande do Norte | 26,9 |
Goiás | 27,4 |
Paraná | 27,6 |
Brasil | 27,8 |
Alagoas | 28,2 |
Tocantins | 28,5 |
Espírito Santo | 28,8 |
Mato Grosso | 28,8 |
Rio de Janeiro | 29,5 |
Sergipe | 29,7 |
Acre | 31,0 |
Bahia | 31,4 |
Roraima | 31,8 |
Ceará | 32,1 |
Piauí | 32,9 |
Pernambuco | 32,9 |
Pará | 33,4 |
Rondônia | 33,7 |
Paraíba | 34,8 |
Maranhão | 35,2 |
Amazonas | 35,4 |
Amapá | 37,2 |
Menor percentual de trabalhadores com carteira é do MA (48,0%) e o maior, de SC (88,4%)
No 1º tri de 2021, 75,3% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (60,3%) e Nordeste (59,0%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 27,2% tinham carteira de trabalho assinada.
As unidades da Federação com os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado foram Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (84,7%), Paraná (83,8%) e São Paulo (82,7%). Os menores percentuais foram do Maranhão (48,0%), Piauí (54,5%) e Pará (54,6%).
Percentual de empregados COM carteira entre os
empregados do setor privado, por UFs (%) - 1º trimestre 2021
UF | Valor |
---|---|
Maranhão | 48,0 |
Piauí | 54,5 |
Pará | 54,6 |
Ceará | 55,0 |
Bahia | 58,7 |
Sergipe | 59,5 |
Tocantins | 60,0 |
Amapá | 64,0 |
Pernambuco | 64,6 |
Paraíba | 64,7 |
Alagoas | 64,9 |
Roraima | 65,1 |
Rio Grande do Norte | 65,4 |
Amazonas | 65,6 |
Acre | 67,3 |
Rondônia | 70,6 |
Goiás | 72,0 |
Brasil | 75,3 |
Minas Gerais | 76,0 |
Espírito Santo | 76,7 |
Mato Grosso | 76,8 |
Mato Grosso do Sul | 77,3 |
Distrito Federal | 78,1 |
Rio de Janeiro | 79,3 |
São Paulo | 82,7 |
Paraná | 83,8 |
Rio Grande do Sul | 84,7 |
Santa Catarina | 88,4 |
No trimestre, rendimento médio fica estável em 25 UFs e no ano, em 26 UFs
No Brasil, o rendimento médio real mensal, habitualmente recebido pela população ocupada com rendimento, foi de R$ 2.544, mantendo estabilidade em ambas as comparações. Entre as unidades da Federação, houve dois recuos neste rendimento, frente ao trimestre anterior: Paraíba (-11,8%) e Amazonas (-8,3%). As demais UFs não mostraram variações significativas nessa comparação. Frente ao mesmo trimestre de 2020, houve alta de 7,9% no Rio de Janeiro, sem variações estatisticamente significativas nas demais UFs.
Os maiores rendimentos foram do Distrito Federal (R$ 4.345), Rio de Janeiro (R$ 3.264) e São Paulo (R$ 3.202) e os menores, do Maranhão (R$ 1.484), Piauí (R$ 1.569) e Bahia (R$ 1.597).
Rendimento médio real mensal, habitualmente recebido, por UFs (%) - 1º trimestre 2021
UF | Valor (R$) |
---|---|
Distrito Federal | 4.345 |
Rio de Janeiro | 3.264 |
São Paulo | 3.202 |
Rio Grande do Sul | 2.870 |
Santa Catarina | 2.818 |
Paraná | 2.793 |
Mato Grosso do Sul | 2.629 |
Brasil | 2.544 |
Mato Grosso | 2.426 |
Roraima | 2.339 |
Espírito Santo | 2.337 |
Goiás | 2.302 |
Tocantins | 2.249 |
Amapá | 2.208 |
Minas Gerais | 2.197 |
Acre | 2.010 |
Rondônia | 1.981 |
Rio Grande do Norte | 1.908 |
Pernambuco | 1.845 |
Paraíba | 1.818 |
Amazonas | 1.802 |
Pará | 1.797 |
Ceará | 1.748 |
Sergipe | 1.738 |
Alagoas | 1.623 |
Bahia | 1.597 |
Piauí | 1.569 |
Maranhão | 1.484 |
MA tem a maior taxa de informalidade (60,3%) e SC, a menor (27,8%)
A taxa de informalidade no 1° trimestre de 2021 ficou em 39,6% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (61,6%), Amazonas (59,6%) e Pará (59,0%) e as menores, com Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (29,3%) e São Paulo (29,5%).
Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar.
Taxa de informalidade da população ocupada, por UFs (%) - 1º trimestre de 2021
UF | Valor |
---|---|
Maranhão | 61,6 |
Amazonas | 59,6 |
Pará | 59,0 |
Piauí | 56,6 |
Ceará | 53,9 |
Bahia | 53,8 |
Sergipe | 53,6 |
Paraíba | 51,3 |
Pernambuco | 51,3 |
Rondônia | 49,8 |
Amapá | 49,2 |
Roraima | 49,1 |
Alagoas | 47,6 |
Acre | 46,5 |
Rio Grande do Norte | 45,2 |
Tocantins | 44,6 |
Goiás | 40,9 |
Mato Grosso | 40,8 |
Espírito Santo | 40,6 |
Brasil | 39,6 |
Minas Gerais | 38,4 |
Mato Grosso do Sul | 37,7 |
Rio de Janeiro | 37,2 |
Paraná | 31,3 |
Rio Grande do Sul | 31,0 |
São Paulo | 29,5 |
Distrito Federal | 29,3 |
Santa Catarina | 27,7 |