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PNAD Contínua TIC 2019: internet chega a 82,7% dos domicílios do país

14/04/2021 10h00 | Atualizado em 14/04/2021 10h34

De 2018 para 2019, o percentual de domicílios em que havia utilização da internet subiu de 79,1% para 82,7%, um aumento de 3,6 pontos percentuais. Mesmo assim, em 2019, em 12,6 milhões domicílios do país não havia internet, devido à falta de interesse (32,9%), ao serviço de acesso ser considerado caro (26,2%) ou por nenhum morador saber usar a internet (25,7%). Os dados são da PNAD Contínua do IBGE que, no 4º trimestre de 2019, pesquisou o acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

O equipamento mais usado para acessar a internet continuou sendo o celular, encontrado em 99,5% dos domicílios que acessavam a rede. O segundo foi o microcomputador (45,1%); seguido pela televisão (31,7%) e pelo tablet (12,0%). Houve redução de 3 p.p. no uso do microcomputador e de 1,4 p.p. no de tablet, mas alta de 8,4 p.p. no uso da televisão.

O rendimento médio per capita dos domicílios com utilização da internet (R$ 1.527) era o dobro da renda dos que não utilizavam a rede (R$ 728). O rendimento médio per capita dos que utilizavam tablet para navegar na internet (R$ 3.223) era mais que o dobro do recebido por aqueles que acessavam a rede pelo celular (R$ 1.526).

O uso da conexão por banda larga móvel passou de 80,2% em 2018 para 81,2% em 2019; já o da banda larga fixa cresceu de 75,9% para 77,9%. Apenas na região Nordeste o uso da banda larga móvel (63,8%) foi menor que o da fixa (80,4%). Entre 2018 e 2019, cresceu a proporção de domicílios com os dois tipos de banda larga (de 56,3% para 59,2%) e caiu de 23,3% para 21,4% o percentual dos que só usam conexão móvel, assim como o dos que usam só a banda larga fixa (de 19,0% para 18,1%).

Em 2019, entre as 183,3 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade no país, 143,5 milhões (78,3%) utilizaram a internet nos últimos três meses. Jovens adultos entre 20 e 29 anos foram os que mais acessaram. O uso é maior entre estudantes (88,1%) do que entre não estudantes (75,8%). Os estudantes da rede privada (98,4%) usam mais do que os da rede pública (83,7%).

Em 2019, 81,8% dos estudantes da rede privada acessavam a internet pelo computador, contra 43,0% da rede pública. O uso da televisão para acesso à internet ocorria para 51,1% dos estudantes da rede privada, o dobro do apresentado entre estudantes da rede pública (26,8%). No uso do tablet, a diferença chega a quase três vezes. O celular foi o principal equipamento utilizado para acessar a internet pelos estudantes nas redes pública (96,8%) e privada (98,5%). O percentual dos que fizeram chamadas de voz ou vídeo via internet subiu de 88,1% para 91,2%. O acesso para assistir a vídeos, filmes e séries cresceu de 86,1% para 88,4%.

O percentual de domicílios com TV por assinatura variou de 31,8% para 30,4%, com redução de 34,3% para 32,4% em área urbana, e alta de 14,9% para 15,9% em área rural. Cerca de 51,5% dos que não tinham esse serviço o consideravam caro e 41,6% não tinham interesse. A proporção dos domicílios que não tinham TV por assinatura e a substituíram pela programação disponível na internet cresceu de 3,5% para 4,9%, de 2018 para 2019.

De 2018 para 2019, o percentual de utilização da internet nos domicílios subiu de 79,1% para 82,7%. O crescimento mais acelerado da utilização da internet nos domicílios rurais - de 49,2% em 2018 para 55,6%, em 2019 – ajudou a reduzir a diferença em relação à área urbana, onde a utilização da internet subiu de 83,8% para 86,7%. Este crescimento ocorreu em todas as grandes regiões, sobretudo na região Nordeste, que, apesar do aumento de 5,2 pontos percentuais no período, se manteve como a região com menor percentual de domicílios com acesso à internet (74,3%).

O rendimento real médio per capita dos domicílios com utilização da internet (R$ 1.527) foi mais que o dobro do rendimento dos que não utilizavam a rede (R$ 728). Houve diferenças entre esses dois rendimentos em todas as regiões do país.

Nos 12,6 milhões de domicílios do país em que não havia utilização da internet, os três motivos que mais se destacaram (84,8%) foram: falta de interesse em acessar a internet (32,9%), serviço de acesso à internet era caro (26,2%) e nenhum morador sabia usar a internet (25,7%). Em outros 6,8% das residências os moradores disseram que não havia disponibilidade de rede na área do domicílio e 5,0% alegaram o alto custo do equipamento eletrônico para conexão.

Em área urbana, o percentual de domicílios sem utilização da internet que alegaram esses três motivos chegou a 91,9%. Nas áreas rurais, 19,2% dos domicílios não utilizavam internet porque não dispunham do serviço na localidade, contra apenas 0,6% em área urbana.

Acesso à internet por TV sobe de 23,3% para 31,7% dos domicílios

Em 2019, entre os equipamentos para navegar na rede, o celular já era utilizado em 99,5% dos domicílios com acesso à internet, praticamente o mesmo percentual de 2018 (99,2%). O microcomputador vinha em segundo (45,1% dos domicílios com internet), seguido pela televisão (31,7%) e pelo tablet (12,0%). Houve redução de 3 p.p. no uso do microcomputador e de 1,4 p.p. no de tablet, ao passo que aumentou em 8,4 p.p. o uso da televisão entre 2018 e 2019. O uso do celular permaneceu estável.

Enquanto nos domicílios que utilizaram tablet para acessar a internet o rendimento real médio per capita era de R$ 3.223, nos domicílios que utilizaram televisão e microcomputador os rendimentos médios eram um pouco menores (R$ 2.399 e R$ 2.339, respectivamente), reduzindo-se para R$ 1.526 naqueles que utilizaram o celular para acessar a internet.

Apenas no Nordeste o uso da banda larga fixa é maior que o da banda larga móvel

Quanto ao tipo de conexão utilizada, tanto a banda larga móvel (3G/4G) quanto a fixa mostraram crescimento. Nos domicílios em que havia utilização da internet, o percentual dos que usavam a banda larga móvel passou de 80,2% em 2018 para 81,2% em 2019. Já o percentual dos que usavam banda larga fixa evoluiu de 75,9% em 2018 para 77,9% em 2019. Por outro lado, a conexão discada torna-se cada vez mais irrelevante, tendo passado de 0,6%, em 2016, para 0,4% em 2017 e 0,2%, em 2018 e 2019.

Na região Norte, o percentual de domicílios com banda larga fixa era de 55,0%, muito abaixo dos resultados das demais, que variaram de 77,3% a 81,4%. Quanto ao uso da banda larga móvel, o menor percentual foi o do Nordeste (63,8%) e o maior, da região Norte (88,6%).

O Nordeste é a única região em que o percentual de domicílios com banda larga móvel (63,8%) foi menor que o da banda larga fixa (80,4%). Já na região Norte, a diferença entre o percentual de domicílios em que havia uso da banda larga móvel e o referente à banda larga fixa (33,6 p.p.) foi muito maior que nas demais regiões (de 1,0 p.p a 9,8 p.p.).

O percentual de domicílios em que havia os dois tipos de conexão subiu de 56,3% para 59,2%. O percentual dos domicílios em que era utilizada somente a banda larga móvel passou de 23,3% para 21,4%; naqueles em que só havia fixa, caiu de 19,0% para 18,1%.

De 2018 para 2019, o percentual de domicílios do País em que o serviço de rede móvel celular funcionava, para internet ou para telefonia, passou de 89,2% para 89,9%. Em área urbana, subiu de 92,4% para 93,2%, e na rural passou de 68,5% para 68,2%.

Acesso à internet é mais frequente entre mulheres e entre jovens de 20 a 29 anos

Mais de três quartos (78,3%) da população brasileira com 10 anos ou mais de idade (183,3 milhões de pessoas) acessaram a internet no período de referência, alta de 3,6 p.p.. Este percentual vem crescendo desde 2016, quando 64,7% da população de 10 anos ou mais tinha utilizado a internet, passando para 69,8% em 2017, 74,7% em 2018 e 78,3% em 2019. As Regiões Norte (69,2%) e Nordeste (68,6%) permaneceram com resultados inferiores aos das demais, embora o seu aumento, entre 2018 e 2019, tenha sido maior (4,5 e 4,6 p.p., respectivamente).

Em 2019, 79,3% das mulheres utilizaram a internet, um pouco acima do percentual apresentado pelos homens (77,1%). No grupo etário de 10 a 13 anos o percentual foi de 77,7%. Houve crescimento sucessivo nos grupos etários seguintes alcançando quase 93,0% nas faixas de 20 a 24 anos e 25 a 29 anos, passando depois a declinar até atingir 45,0% no grupo de 60 anos ou mais. Mas o crescimento, entre 2018 e 2019, foi maior nos grupos de 50 a 59 anos e de 60 anos ou mais de idade (aumento de 6,3 p.p. em cada).

Estudantes acessam mais a internet, entre os da rede privada o uso chega a 98%

Em 2019, o percentual de pessoas que utilizaram a internet foi de 88,1% no grupo dos estudantes, e de 75,8% entre não estudantes. Houve aumento do uso da internet nos dois grupos, sobretudo entre não estudantes (4,0 p.p.). Mas enquanto 98,4% dos estudantes da rede privada utilizaram a internet em 2019, este percentual entre os estudantes da rede pública foi de 83,7%.

As diferenças regionais no uso da internet são mais marcadas entre os estudantes da rede pública. Nas Regiões Norte e Nordeste, o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, respectivamente; nas demais regiões, este percentual variou de 88,6% a 91,3%. Considerando apenas os estudantes da rede privada, o percentual de uso da rede ficou acima de 95,0% em todas as regiões, alcançando praticamente a totalidade dos estudantes nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Caiu o acesso à internet por computador e tablet, enquanto o acesso por TV e celular cresceu

Em 2019, na população de 10 anos ou mais de idade que utilizou a internet, o principal meio de acesso foi o celular (98,6%), seguido pelo microcomputador (46,2%), pela televisão (31,9%) e pelo tablet (10,9%). Bem como observado na parte de domicílio, entre 2018 e 2019, houve aumento do uso da televisão para acessar a internet (8,8 p.p.) e redução do uso do microcomputador (4,5 p.p.) e do tablet (1,1 p.p.).

Entre estudantes, houve maior uso do microcomputador (56,0%), da televisão (35,0%) e do tablet (13,4%) para acessar a internet. Entre os não estudantes, os percentuais ficaram em 43,4%, 31,0% e 10,1%, respectivamente. O celular era usado por quase a totalidade tanto de estudantes quanto de não estudantes (97,4% e 98,9%, respectivamente).

Uso da internet para assistir a vídeos, séries e filmes chega a 88,4%

O percentual de pessoas que acessaram a internet para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail ficou estável, mas ainda foi o mais elevado, ficando em 95,7% em 2019. A segunda finalidade foi conversar por chamadas de voz ou vídeo (91,2%), proporção que cresce desde 2016, assim como a das pessoas que utilizaram a internet para assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (88,4%). Já o envio e o recebimento de e-mail vêm se reduzindo a cada ano, chegando a 61,5% em 2019.

Em 2019, 21,7% das pessoas de 10 anos ou mais de idade não utilizaram a internet, no período de referência dos últimos três meses. Para este contingente de 39,8 milhões de pessoas, os dois principais motivos apontados foram não saber usar a internet (43,8%) e falta de interesse (31,6%). Os dois motivos seguintes foram de razão econômica e representaram em conjunto, 18,0%. O serviço de acesso à internet não estava disponível nos locais que as pessoas costumavam frequentar ainda ficou em 4,3%, sendo mais elevado na Região Norte (12,8%) e menor na Região Sudeste (2,0%), variando entre 3,2% e 3,9% nas demais regiões. Este motivo é maior em área rural (10,6%) do que urbana (1,5%).

Em 2019, 89,3% das pessoas que não usavam a rede não estavam estudando

Em 2019, 89,3% das pessoas de 10 anos ou mais de idade que não utilizaram a internet no período de referência eram não estudantes. Desses, 47,2% não sabiam utilizar a internet, 33,1% não tinham interesse, 10,2% achavam o serviço caro, 4,5% afirmaram que o equipamento para o acesso era caro e apenas 3,4% responderam que o serviço não estava disponível nos locais que costumava frequentar.

Entre os estudantes que não utilizaram a internet os motivos financeiros pesaram mais: 26,1% achavam o serviço caro e 19,3% achavam o equipamento necessário para o acesso caro. A falta de interesse (18,5%) e o motivo de não saber utilizar (16,0%) tiveram peso bem menor que para o total da população de 10 anos ou mais de idade, enquanto a falta de disponibilidade do serviço nos locais que costumava frequentar teve um peso maior (11,2%).

Grande parte dos estudantes que não utilizaram a internet era do ensino público (95,9%) e os motivos para o não uso seguem a tendência do total de estudantes, com maior peso para questões financeiras (45,9%) e indisponibilidade do serviço nos locais que costumava frequentar (11,4%). Já entre os estudantes do ensino privado, o motivo financeiro estava mais ligado ao custo do serviço (23,1%) do que ao valor do equipamento (9,2%), com peso maior da falta de interesse (27,3%) e menor da indisponibilidade do serviço (6,4%).

Posse de celular para uso pessoal passa de 80% da população de dez anos ou mais

Em 2019, o percentual de pessoas que tinham telefone móvel para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade subiu de 79,3% para 81,0%. Regionalmente, os menores percentuais ocorreram nas Regiões Norte (69,7%) e Nordeste (72,4%). Nas demais os percentuais variavam de 85,7% a 87,3%. Já em relação ao sexo, 82,5% das mulheres e 79,3% dos homens tinham celular para uso pessoal.

Entre os que tinham celular para uso pessoal, a parcela que tinha acesso à internet por meio deste aparelho aumentou de 88,5% para 91,0% entre 2018 e 2019. Na área rural esse percentual cresceu de 73,4% para 79,0%, menor que o da área urbana, que aumentou de 90,2% para 92,3%.

O percentual era maior entre não estudantes (82,9%) do que entre estudantes (73,2%). Contudo, enquanto 92,6% dos estudantes da rede privada tinham celular para uso pessoal, este percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede pública. A maior diferença (41,8 p.p.) a mais para os da rede privada ocorreu na Região Norte, devido ao baixo percentual de estudantes da rede pública com posse de celular (47,5%).

Do total de estudantes que tinham telefone móvel para uso pessoal, um contingente de 26,3 milhões de pessoas, a parcela que tinha acesso à internet neste aparelho era de 97,8%, acima da parcela estimada para o total da população de 10 anos ou mais de idade (91,0%). Ainda que os estudantes da rede privada tenham mais acesso ao celular para uso pessoal, a existência de internet neste celular não se difere muito por rede de ensino.

O menor percentual de pessoa com celular para uso pessoal foi no grupo de 10 a 13 anos (47,2%), subiu abruptamente no de 14 a 19 anos (78,5%) e prosseguiu em ascensão, alcançando as maiores participações nos grupos dos adultos jovens de 25 a 39 anos (cerca de 91,0%), e declinando gradualmente até o dos adultos de meia-idade de 50 a 59 anos (84,7%), com queda acentuada no dos idosos de 60 anos ou mais (67,0%). Houve crescimento do percentual de pessoas com celular para uso pessoal em todos os grupos, com destaque para jovens entre 10 e 13 anos (3,7 p.p.) e idosos de 60 anos ou mais (2,9 p.p.).

Entre os estudantes sem celular, 29,6% usavam telefone de outra pessoa

Em 2019, no contingente de 34,9 milhões de pessoas não tinham celular para uso pessoal - 19,0% da população de 10 anos ou mais de idade – 27,7% alegaram que o aparelho telefônico era caro; 22,6%, falta de interesse em ter celular; 21,9% que não sabiam usar celular; e 16,4% que costumavam usar o telefone móvel de outra pessoa. Em cada um dos demais motivos, o percentual não alcançou 7,0%.

Esses quatro motivos para não ter telefone celular foram os mais indicados também pelos não estudantes, representavam 72,3% das pessoas sem celular. Entre os estudantes, o motivo com maior percentual foi que o aparelho telefônico era caro (39,4%), seguido pelo motivo de uso do celular de outra pessoa (29,6%). A falta de interesse e a questão de não saber usar o telefone móvel foram alegados por apenas 12,1% dos estudantes.

4,7% dos domicílios continuam sem nenhum tipo de telefone

Em 2019, não havia telefone fixo ou móvel em 4,7% dos domicílios particulares permanentes do País (ou 3,4 milhões de domicílios), uma redução de 0,4 ponto percentual frente a 2018. A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (9,0%) e Norte (8,8%), enquanto nas demais não ultrapassou 3,0%. Em 2019, havia telefone fixo convencional em 24,4% dos domicílios do País, queda em relação ao de 2018 (28,4%).

A parcela dos domicílios que tinham telefone móvel celular aumentou de 93,2% para 94,0% entre 2018 e 2019. Os domicílios da área rural tinham percentual menor, se comparados àqueles da área urbana, tanto de telefone móvel celular (83,6% frente a 95,5%) quanto de telefone fixo convencional (6,0% frente a 27,2%).

A proporção de domicílios com telefone móvel celular variava de 90,5% no Nordeste a 97,1% no Centro-Oeste. Já o Sudeste tinha o maior percentual de domicílios com telefone fixo convencional (35,6%), contra apenas 8,0% e 9,3% no Norte e Nordeste, respectivamente.

Cai a proporção de domicílios com microcomputador e tablet

Os resultados de 2016 a 2019 mostraram um lento declínio na proporção de domicílios em que havia microcomputador: eles representavam 41,7%, em 2018, e 40,6% em 2019. Nesse período, o percentual caiu de 46,0% para 44,8%, em área urbana, enquanto na área rural, a diminuição foi de 14,3% para 13,1%.

O tablet é muito menos comum nos domicílios que o computador. De 2018 para 2019, o percentual dos domicílios em que havia tablet passou 12,5% para 11,3%. Em área urbana, esse indicador passou de 13,8% para 12,5% e, em área rural, de 3,8% para 3,3%. A grande maioria dos domicílios em que havia tablet também tinha microcomputador.

Em 2019, o rendimento médio per capita era de R$ 789, para os domicílios que não tinham microcomputador nem tablet, e de R$ 2.183, para os que tinham pelo menos um deles.

Nos domicílios com TV, o rendimento é duas vezes maior que o dos sem TV

O percentual de domicílios onde havia televisão permaneceu praticamente estável: 96,3% (em 2018, eram 96,4%). O rendimento real médio per capita nos domicílios com televisão (R$ 1 440) era quase o dobro do rendimento naqueles que não tinham (R$ 772).

Houve aumento acentuado na proporção de domicílios com TV de tela fina (de 53 milhões para 57 milhões) e retração no de domicílios com televisão de tubo (de 23 milhões para 18 milhões). O percentual de domicílios com somente televisão de tela fina subiu de 66,9% para 73,9% entre 2018 e 2019, enquanto o daqueles com somente televisão de tubo caiu de 23,0% para 18,4% e dos com ambos os tipos de televisão se reduziu de 10,1% para 7,6%.

Aumenta o número de TVs com conversor para o sinal digital

Em 2019, havia 63,1 milhões de domicílios com televisão com conversor para receber o sinal digital de televisão aberta, ainda que não o estivesse captando, que compreendiam 89,8% dos domicílios com televisão do País. Em 2018, esse percentual estava em 86,6%. Houve incremento, em área urbana (89,9% para 92,4%) e, com mais intensidade, em área rural (64,1% para 71,4%). Os maiores crescimentos no percentual de domicílios com conversor para receber o sinal digital de televisão aberta ocorreram nas Regiões Norte (81,5% para 87,0%) e Nordeste (76,2% para 81,4%).

A antena parabólica - recurso para captar sinal de televisão em áreas que não são plenamente atendidas por meio de antenas terrestres - teve presença reduzida nos lares brasileiros, de 30,0% em 2018 para 27,0% em 2019. Esse indicador caiu de 24,6% para 21,8% em área urbana e de 66,7% para 63,6% em área rural. O rendimento real médio per capita nos domicílios com antena parabólica (R$ 1.002) era 37,6% menor que o naqueles com televisão sem este tipo de serviço (R$ 1.607).

Cai de 3,1% para 2,4% a proporção de domicílios sem acesso à TV

Em 2019, 1,7 milhão de domicílios - 82,7% deles em área urbana - não contavam com conversor, não recebiam sinal de televisão por antena parabólica e nem tinham serviço de televisão por assinatura.

De 2018 para 2019, caiu de 3,1% para 2,4%, na proporção de domicílios sem qualquer meio de acesso à televisão que não fosse o sinal analógico. Em área urbana, a queda foi de 3,0% para 2,3%, e em área rural, de 4,1% para 3,4%. Na verdade, a PNAD Contínua TIC vem constatando uma rápida redução desse indicador desde 2016 (10,3%).

Serviço de TV por assinatura tem queda na área urbana e alta na rural

Em 2019, 30,4% dos domicílios com televisão no país tinha acesso a serviço de televisão por assinatura, proporção que era de 32,4% em área urbana e de 15,9% em área rural. O percentual em área urbana se reduziu de 34,3% para 32,4%, entre 2018 e 2019, e passou de 14,9% para 15,9% em área rural. A região Sudeste manteve o maior percentual (38,9%), enquanto a Região Nordeste permaneceu com o menor (16,7%).

O rendimento médio per capita dos domicílios com TV por assinatura (R$ 2.425) superou em muito o daqueles sem este serviço (R$ 993). Em 2019, esse rendimento nos domicílios com antena parabólica (R$ 1.002) representava 41,3% daquele nos domicílios com acesso a serviço de televisão por assinatura (R$ 2.425).

Entre os motivos informados para não adquirir o serviço de TV por assinatura, 51,5% não o adquiriam por considerá-lo caro e 41,6% por não haver interesse pelo serviço. O percentual dos domicílios que não tinham TV por assinatura porque substituíam este serviço pela programação via internet chegou a 4,9%, enquanto os que não o tinham por não estar disponível na área em que se localizava o domicílio, somente 1,4%.