Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

PNAD COVID19: 22,4% das pessoas que realizaram testes para coronavírus até outubro testaram positivo

01/12/2020 09h00 | Atualizado em 01/12/2020 09h45

Até outubro, 25,7 milhões de pessoas (12,1% da população) haviam feito algum teste para saber se estavam infectadas pelo coronavírus (até setembro esse número estava em 21,9 milhões de pessoas ou 10,4% da população). Entre essas pessoas, 22,4% (ou 5,7 milhões) testaram positivo em outubro, contra 22,1% (ou 4,8 milhões) em setembro.

A população desocupada chegou a 13,8 milhões de pessoas em outubro. É o recorde da série, com um aumento de 2,1% frente a setembro e de 35,9% desde o início da pesquisa (maio). Já a taxa de desocupação passou de 14,0% para 14,1%, a maior da série.

A força de trabalho chegou a 97,9 milhões em outubro, com alta de 1,5% em relação a setembro e de 3,6% em frente a maio.

O número de pessoas fora da força de trabalho chegou a 72,7 milhões de pessoas em outubro, com redução de 1,9% frente a setembro e 3,5% em relação a maio.

O Amapá apresentou a maior proporção (9,2%) de pessoas ocupadas afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social. Em 24 unidades da federação houve quedas no percentual de pessoas ocupadas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social, frente a setembro. Houve estabilidade nas demais.

Entre os 4,7 milhões de trabalhadores afastados do trabalho que tinham na semana de referência, 900 mil (ou 19,2%) estavam sem a remuneração do trabalho.

A diferença entre o número de horas habitualmente e efetivamente trabalhadas está diminuindo: o número médio de horas habituais foi de 40 horas por semana, contra 35,7 horas efetivas.

Norte e Nordeste foram, novamente, as regiões com os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio emergencial: 58,4% e 56,9%, respectivamente. Os cinco estados com os maiores percentuais foram Amapá (68,6%); Pará (62,2%); Maranhão (61,4%), Alagoas (60,3%) e Acre (59,6%).

Testes para Covid19 predominam entre as pessoas com 30 e 59 anos de idade

Praticamente não houve diferença no percentual de homens e de mulheres que fizeram algum teste, 11,8% e 12,4%, respectivamente. Por grupos de idade, o maior percentual foi entre as pessoas de 30 a 59 anos de idade (16,5%). Quanto maior o nível de escolaridade, maior foi o percentual de pessoas que fez algum teste: entre as pessoas sem instrução ao fundamental incompleto, 6,6% e, entre aqueles com superior completo ou pós-graduação, 25,0%.

Quanto maior a classe de rendimento domiciliar per capita, maior o percentual de pessoas que realizaram algum teste para COVID19, chegando a 24,6% para as pessoas no décimo mais elevado e 6,1% para as do primeiro décimo. O percentual de pessoas que testaram positivo variou 19,6% (no 10º décimo) a 24,7% (no 2º décimo).

Considerando o tipo do teste, das pessoas que fizeram algum teste, 10,7 milhões de pessoas fizeram o SWAB e 26,7% testou positivo; 11,4 milhões fizeram o teste rápido com coleta de sangue através do furo no dedo e 17,3% testou positivo; enquanto 7,4 milhões fizeram o teste de coleta de sangue através da veia no braço, sendo 25,2% com COVID confirmada. O maior percentual de testes realizados foi do Distrito Federal (23,9%), com Piauí (19,1%) e Goiás (18,9%) a seguir. Os menores foram em Pernambuco, Acre (7,9%, ambos) e Minas Gerais (9,3%).

Doenças crônicas pesquisadas atingem 22,4% da população

Em outubro, havia 47,4 milhões de pessoas com alguma das doenças crônicas pesquisadas, o que correspondia a 22,4% da população, sendo a hipertensão a mais frequente, 13,3%. As demais prevalências foram: asma ou bronquite ou enfisema (5,4%); diabetes (5,3%); depressão (2,9%); doenças do coração (2,6%) e câncer (1,0%). O percentual de pessoas com alguma das doenças crônicas que testou positivo foi de 3,5%, percentual esse que vem aumentando a cada mês da pesquisa (1,6% em julho, 2,5% em agosto e 3,0% em setembro).

Número de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas no domicílio cai para 12,4%

Entre os 211,5 milhões de residentes, 9,7 milhões (4,6%) não fizeram nenhuma medida de restrição em outubro, 93,8 milhões (44,3%) reduziram o contato mas continuaram saindo de casa, 80,7 milhões (38,2%) ficaram em casa e só saíram por necessidade básica e 26,3 milhões (12,4%) ficaram rigorosamente isolados.

Em relação a setembro, houve aumento de 1,6 p.p. nas pessoas que não fizeram restrição e 4,6 p.p. nas pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa. Em contrapartida, houve redução de 2,2 p.p. dos que ficaram em casa e só saíram por necessidade básica e de 3,9 p.p. dos que ficaram rigorosamente isolados.

A região Norte (8,1%) apresentou o maior percentual de pessoas que não fizeram restrições, e o Nordeste, o maior percentual de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas (14,7%).

As mulheres registraram percentuais maiores (13,5%) que os dos homens (11,3%) em medidas mais restritivas de isolamento. Em relação aos grupos de idade, a restrição ficou maior entre aqueles até 13 anos de idade (34,5%), ainda assim, houve redução de 9,9 p.p. das pessoas que ficaram rigorosamente isoladas nesse grupo etário em relação ao mês anterior.

Percentual de pessoas com algum sintoma de síndrome gripal continua em queda

Em outubro, 7,8 milhões de pessoas (ou 3,7% da população) apresentaram algum dos sintomas pesquisados de síndromes gripais. O índice vem diminuindo desde maio (11,4%): junho (7,3%), julho (6,5%), agosto (5,7%) e setembro (4,4%).

Os percentuais de pessoas com algum sintoma de síndrome gripal foram bastante similares entre as Grandes Regiões, tendo as Regiões Norte e Nordeste apresentado o maior percentual (4,0%, equivalente a 740 mil e 2,3 milhões de pessoas, respectivamente) e a Região Sudeste o menor (3,4 %, equivalente a 3,0 milhões de pessoas com algum sintoma).

Do total, 57,4% eram mulheres, 46,2% tinham entre 30 e 59 anos, 57,1% se declararam de cor preta ou parda e 38,8% eram sem instrução ou com fundamental incompleto. Cerca de 26,7% (ou 2,1 milhões) das pessoas que apresentaram algum dos sintomas pesquisados procurou atendimento em estabelecimento de saúde.

Mulheres e pretos e pardos são maioria entre os que ficaram internados

Em outubro, entre as pessoas que procuraram atendimento em hospitais, 14,2% (116 mil) das que apresentaram algum dos sintomas pesquisados precisou ficar internada. Este índice apresentava uma tendência de queda desde julho, mas voltou a subir em outubro. O mesmo viés de alta foi observado entre aqueles que apresentaram algum dos sintomas conjugados e procuraram atendimento em hospital. Em outubro, 17,1% (44 mil) precisaram ficar internadas (foram 71 mil em julho, 52 mil em agosto e 40 mil em setembro).

Com relação ao sexo, em outubro, as mulheres tiveram uma representatividade bem maior que a dos homens entre os que precisaram ficar internados (foram 53,7% entre as pessoas com algum sintoma e 58,8% entre as com algum sintoma conjugado). As pessoas que se declararam de cor preta ou parda foram as que mais precisaram ficar internadas (56,0%, entre as com algum sintoma e 59,1%, entre as com sintomas conjugados).

No Norte, 29,3% das pessoas que frequentam escola não têm acesso às atividades

Em outubro, 46,4 milhões de pessoas de 6 a 29 anos de idade frequentavam escola ou universidade, este total representava 60,1% da população nessa faixa etária. Em relação à disponibilização de atividades escolares para realizar, 84,7% teve atividades, 13,2% não teve atividades e 2,1% não teve porque estava de férias. O contingente de pessoas que frequentavam escola, mas não tiveram atividades foi de 6,1 milhões, e o de pessoas que tiveram atividades foi de 39,3 milhões.

No Norte, 29,3% das crianças, adolescentes e jovens que frequentavam escola estavam sem acesso às atividades escolares para realizar. No Sul, Centro-Oeste e Sudeste estes percentuais eram bem menores, 5,1%, 7,4% e 9,2%, respectivamente

Considerando o nível de ensino fundamental, 11,8% das pessoas não tiveram atividades escolares; no ensino médio 16,7%; e no ensino superior, 13,9%. As diferenças regionais foram grandes. Na Região Norte 27,9% das crianças do ensino fundamental e 33,8% dos adolescentes do ensino médio não tiveram atividades enquanto no ensino superior o percentual foi de 28,8%. Por outro lado, na Região Sul esses percentuais foram de 3,5%, 5,1% e 9,5%, respectivamente. As Regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram percentuais mais próximos aos da Região Sul e, a Região Nordeste obteve proporções mais altas em relação a essas, porém, menores em relação ao Norte.

As pessoas pertencentes às classes mais baixas de rendimento domiciliar per capita em salários mínimos tiveram percentuais maiores de crianças e adolescentes sem atividades. Entre as pessoas que viviam em domicílios com rendimento per capita de até ½ salário mínimo, 17,9% não tiveram atividades escolares, entre os domicílios com rendimento domiciliar per capita de 4 ou mais salários mínimos, o percentual foi de 5,8%.

Maior taxa de recusa de empréstimos está na Região Norte

Do total de 68,7 milhões de domicílios, em cerca de 6,0 milhões (8,7%) algum morador solicitou empréstimo, sendo que em 5,2 milhões (7,5%) a solicitação foi atendida e, em 801 mil (1,2%), o empréstimo não foi concedido. Em comparação com o mês de setembro foi observado um aumento de 0,8 p.p. no percentual de domicílios que solicitou empréstimo, o que equivale a um aumento de cerca de 533 mil no número de domicílios nos quais algum morador solicitou empréstimos.

A Região Norte foi onde houve a maior taxa de recusa de empréstimos, cerca de 17,5% dos domicílios tiveram suas solicitações recusadas, ultrapassando a Região Centro-Oeste que tinha uma taxa de recusa maior no mês anterior. A Região Sul foi onde houve a maior procura por empréstimo (9,7%), ultrapassando a Região Centro-Oeste que obteve maior percentual no mês passado. Na Região Sul foi também onde houve a menor taxa de recusa de empréstimo, aproximadamente 10,0%.

População desocupada chega a 13,8 milhões de pessoas

A população ocupada totalizava 84,1 milhões em outubro – aumento de 1,4% em relação a setembro (82,9 milhões de pessoas) e redução de 0,3% em relação a maio (84,4 milhões de pessoas).

Já a população desocupada foi de 13,8 milhões de pessoas em outubro contra 10,1 milhões de pessoas em maio e 13,5 milhões em setembro - aumento de 35,9% e 2,1%, respectivamente.

A taxa de desocupação passou de 14,0% em setembro para 14,1% em outubro. Nesse período, a taxa em outubro cresceu nas regiões Norte e Nordeste, manteve-se inalterada no Sudeste e Centro-Oeste, e caiu no Sul. Os valores das taxas de desocupação, em ordem decrescente, em outubro, foram: Nordeste (17,3%), Norte (15,1%), Sudeste (14,2%), Centro-Oeste (12,1%), e Sul (9,4%).

A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 17,1%, maior que a dos homens, de 11,7%. Por cor ou raça, a taxa era maior entre as pessoas de cor preta ou parda (16,2%) do que para brancos (11,5%), isso representou um aumento de 0,1 ponto percentual na taxa entre pretos e pardos enquanto a taxa entre os brancos manteve-se inalterada pelo segundo mês consecutivo. Por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (23,7% para aqueles de 14 a 29 anos de idade) e, por nível de escolaridade, aqueles com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,8%).

Força de trabalho cresce 1,5%

A força de trabalho passou de 96,4 milhões em setembro para 97,9 milhões em outubro, com alta de 1,5%.

O contingente de pessoas fora da força de trabalho era de 74,1 milhões em setembro e passou para 72,7 milhões em outubro, uma queda de 1,9%. Deste total, 34,1% (24,8 milhões) gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho e 19,9% (14,5 milhões) não buscaram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostaria de trabalhar.

Em maio, 70,2% das pessoas, embora quisessem trabalhar, não o fizeram por causa da pandemia ou da falta de trabalho na localidade em que viviam. Esse percentual vem caindo mês a mês: em setembro, 61,3% das pessoas que embora quisessem trabalhar não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, e agora em outubro, esta proporção caiu para 58,4%.

O nível da ocupação era de 49,7% em maio, passou para 48,6% em setembro e chegou em 49,3% em outubro, configurando uma trajetória em “U”, com seu valor mínimo em julho (47,9%). Frente a setembro, esse indicador teve ligeiro aumento em todas as regiões.

Afastamento do trabalho devido ao distanciamento social continua em queda

Dos 84,1 milhões de ocupados, 4,7 milhões estavam afastados do trabalho e 2,3 milhões destes estavam afastados devido ao distanciamento social, representando quedas de 12,7% e 22,0% frente a setembro, respectivamente. Estes indicadores já acumulam quedas de 75,3% e 85,1%, respectivamente, desde o início da pandemia.

A redução dos afastamentos do trabalho devido à pandemia também pôde ser verificada através da redução da proporção de pessoas afastadas por este motivo no total de pessoas ocupadas, que de setembro para outubro, passou de 3,6% para 2,8%. Em maio, este percentual era de 18,6%.

Entre as Unidades da Federação, o Amapá foi o que apresentou a maior proporção da população ocupada que estava afastada do trabalho que tinha devido ao distanciamento social, 9,2%. Houve queda neste índice em 24 Unidades da Federação e estabilidade nas outras três.

As pessoas com 60 anos ou mais de idade eram as proporcionalmente mais afastadas do trabalho que tinham em função da pandemia, padrão que tem sido observado desde o início da pesquisa, em maio. Em setembro, o índice foi de 8,7%. Em outubro, a proporção reduziu para 7,2%, mas em todos os grupos etários o percentual de afastamento por este motivo caiu.

Em outubro, 4,1% das mulheres ocupadas estavam afastadas de seu trabalho por causa do distanciamento social (em setembro esse percentual era de 5,2%), enquanto para os homens esse percentual ficou em 1,8% em outubro (2,5% em setembro).

Em relação aos grupamentos de atividade, o da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura continuou registrando o menor percentual de pessoas afastadas (0,7%), enquanto os grupamentos da Administração pública, defesa e seguridade social, educação e saúde (6,6%), Serviços domésticos (3,3%) e Outros serviços (3,2%) foram os que tiveram maior proporção de pessoas afastadas do trabalho. Em todos os grupamentos houve redução, de um mês para o outro, na proporção de pessoas afastadas devido ao distanciamento social.

Os trabalhadores por conta própria e empregadores registraram o menor percentual de pessoas afastadas devido à pandemia (ambos com 1,3%), seguido pelos empregados do setor privado sem carteira (1,8%) e os empregados do setor privado com carteira (2,5%), os trabalhadores domésticos vieram logo na sequência (3,3% entre os sem carteira e 3,4% entre os com carteira), em seguida os empregados do setor público com carteira (7%), os empregados do setor público sem carteira (7,7%), e, por fim, os militares e servidores estatutários (7,9%). Frente a setembro, houve redução na proporção de pessoas afastadas em todas as categorias.

Número de pessoas afastadas do trabalho sem remuneração cai para 900 mil

Aproximadamente 900 mil pessoas estavam sem a remuneração do trabalho, o representava 19,2% do total de pessoas afastadas do trabalho que tinham. Em setembro este percentual era de 19,8%, e vem caindo consistentemente ao longo da pandemia. A Região Sul teve o menor percentual, 16,3% e a Norte, o maior, 26,8%. Frente a setembro, houve redução do percentual de pessoas nestas condições no Nordeste, Sul e Centro-Oeste, com estabilidade no Sudeste e aumento no Norte.

Número de pessoas em trabalho remoto mantém redução

Em outubro, 94,4% da população ocupada não estavam afastados do trabalho que tinham, contra 93,5% em setembro. Entre os não afastados, os que estavam trabalhando de forma remota (à distância, home office) representavam 9,6% (ou 7,6 milhões de pessoas) da população ocupada que não estava afastada. Em setembro, eles eram 10,4% (ou 8,1 milhões de pessoas).

Esta foi a diminuição mais acentuada no quantitativo de pessoas trabalhando remotamente: em apenas um mês, o indicador teve redução de 477 mil pessoas, similar à queda acumulada de maio a setembro (636 mil pessoas).

A região Norte tinha o menor percentual de pessoas ocupadas trabalhando remotamente (4,1%) e o Sudeste, o maior (12,4%).

O percentual de mulheres que trabalharam remotamente foi de 13,4%, superior ao dos homens (6,9%). Já por grupos de idade não houve grandes disparidades, com ligeira vantagem para as pessoas com 60 anos ou mais (7,6% para pessoas de 14 a 29 anos; 10,4% para 30 a 49 anos; 9,4% para 50 a 59 anos e 10,6% para pessoas com 60 anos ou mais).

Entre as pessoas sem instrução ao fundamental incompleto e para os com fundamental completo ao médio incompleto os percentuais foram muito baixos (0,4% e 1,0%, respectivamente), entretanto para as pessoas com nível superior completo ou pós-graduação, 30,0% estavam trabalhando remotamente. Para aqueles com médio completo ao superior incompleto o percentual ficou em 4,9%.

Informalidade continua crescendo

O número de trabalhadores informais foi de 29 milhões de pessoas em outubro, equivalente a 34,5% do total de ocupados, representando um aumento de 2,4% na quantidade de informais em relação a setembro e um aumento de 0,3 p.p. na taxa de informalidade.

Número de horas semanais trabalhadas continua aumentando

Houve aumento no número de horas efetivamente trabalhadas para as pessoas que estavam ocupadas de setembro para outubro de 35,1 horas para 35,7 horas. Já o número de horas habitualmente trabalhadas saiu de 40,1 para 40 horas.

Em outubro, as mulheres apresentaram diferença entre as horas semanais habituais e efetivas de todos os trabalhos em 5,1 horas, para os homens a diferença foi de 3,6 horas.

No país, 17,8% das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho que tinham, trabalharam efetivamente menos horas que as habituais (14,1 milhões de pessoas). Entretanto, para 3,1 milhões de pessoas, o número de horas efetivamente trabalhadas foi maior que as horas habituais, o que correspondia a 3,9% das pessoas ocupadas e não afastadas.

Sudeste e Sul têm as maiores diferenças entre os rendimentos efetivo e habitual

Em outubro, o rendimento habitual de todos os trabalhos ficou, em média, em R$ 2.345, para Brasil, e o efetivo em R$ 2.194, ou seja, o efetivo representava 93,6% do habitualmente recebido, em setembro correspondia a 91,2%. Nas regiões Sul e Sudeste estavam as maiores diferenças: 93,0% e 93,2%, respectivamente. De setembro para outubro, houve queda de 2,2% no rendimento real habitual, mas um aumento de 0,3% no rendimento real efetivo.

A massa de rendimento médio real normalmente recebido passou de R$ 195,5 bilhões em setembro para R$ 194,0 bilhões em outubro. Considerando o rendimento efetivo, houve um aumento da massa de rendimento de 1,8% em termos reais (passando de R$ 178,3 bilhões em setembro para R$ 181,5 bilhões em outubro).

Os trabalhadores por conta própria e os empregadores tiveram as maiores diferenças entre os rendimentos habitual e efetivamente recebidos, 83,9% e 90,2%, respectivamente.

Rendimento domiciliar per capita é o dobro nos domicílios sem auxílio emergencial

O rendimento médio real domiciliar per capita efetivamente recebido (R$), no Brasil, em outubro, foi de R$ 1.310, ou 1,7% abaixo de setembro em termos reais (R$ 1.332). As regiões Nordeste e Norte apresentaram os menores valores, R$ 877 e R$ 900, respectivamente.

A proporção de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia, no Brasil, passou de 43,6% em setembro para 42,2% em outubro, com valor médio do benefício em R$ 688 por domicílio. Norte e Nordeste foram novamente as regiões com os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio: 58,4% e 56,9%, respectivamente. Entre os auxílios estão o Auxílio Emergencial e a complementação do Governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Ao todo, 19 unidades da federação tiveram queda no percentual de domicílios onde um dos moradores recebe auxílio emergencial entre setembro e outubro. Os demais oito estados ficaram estáveis. Os maiores índices são no Amapá (68,6%), no Pará (62,2%), no Maranhão (61,4%), em Alagoas (60,3%) e o Acre (59,6%). Os estados com menor proporção são Santa Catarina (22,9%), Rio Grande do Sul (28,8%) e Distrito Federal (30%).