Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

PIB varia 0,4% no 2º trimestre de 2019

29/08/2019 09h00 | Atualizado em 29/08/2019 15h00

O Produto Interno Bruto (PIB) registrou variação positiva de 0,4% no segundo trimestre de 2019 (comparado ao primeiro), na série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2018, o PIB subiu 1,0%. No ano (primeiro semestre), a alta é de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2019 alcançou 1,0%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

PERÍODO DE COMPARAÇÃO INDICADORES
PIB AGROPEC INDUS SERV FBCF CONS. FAM CONS. GOV
Trimestre / trimestre imediatamente anterior (c/ ajuste sazonal) 0,4% -0,4% 0,7% 0,3% 3,2% 0,3% -1,0%
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior (s/ ajuste sazonal) 1,0% 0,4% 0,3% 1,2% 5,2% 1,6% -0,7%
Acumulado em 4 trimestres / mesmo período do ano anterior (s/ ajuste sazonal) 1,0% 1,1% -0,1% 1,2% 4,3% 1,5% -0,2%
Valores correntes no trimestre (R$) 1,780 trilhão 86,9 bilhões 324,4 bilhões 1,112 trilhão 282,7 bilhões 1,133 trilhão 349,5 bilhões
TAXA DE INVESTIMENTO (FBCF/PIB) no 2º trimestre de 2019 = 15,9% 
TAXA DE POUPANÇA (POUP/PIB) no 2º trimestre de 2019 = 15,2% 

Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2019 totalizou R$ 1,780 trilhão, sendo R$ 1,523 trilhão referente ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 256,9 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

No segundo trimestre de 2019, a taxa de investimento foi de 15,9% do PIB, acima da observada no mesmo período de 2018 (15,3%). O material de apoio das Contas Trimestrais está à direita desta página. 

Principais resultados do PIB a preços de mercado do 2º Trimestre de 2018 ao 2º Trimestre de 2019
Taxas (%) 2018.II 2018.III 2018.IV 2019.I 2019.II
Acumulado ao longo do ano / mesmo período do ano anterior < Anexo: Tabela 3 > 1,1 1,1 1,1 0,5 0,7
Últimos quatro trimestres / quatro trimestres imediatamente anteriores < Anexo: Tabela 4 > 1,4 1,4 1,1 0,9 1,0
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior < Anexo: Tabela 2 > 0,9 1,3 1,1 0,5 1,0
Trimestre / trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal) < Anexo: Tabela 7 > -0,1 0,5 0,1 -0,1 0,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.  

PIB varia 0,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior

O PIB registrou variação positiva de 0,4% no segundo trimestre de 2019 comparado ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. A maior alta foi da Indústria (0,7%), seguida de Serviços (0,3%). A Agropecuária variou -0,4%.

O crescimento na Indústria se deve à expansão de 2,0% nas Indústrias de Transformação e de 1,9% na Construção. Indústrias Extrativas (-3,8%) e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,7%) recuaram no período.

Nos Serviços, as Atividades imobiliárias (0,7%), Comércio (0,7%), Informação e comunicação (0,5%) e Outras atividades de serviços (0,4%) apresentaram resultados positivos. Já as atividades de Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%), Transporte, armazenagem e correio (-0,3%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,1%) registraram desempenho negativo.

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), avançou 3,2%, e o Consumo das Famílias, 0,3%. Já Consumo do Governo recuou 1,0% no trimestre.

No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 1,6%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços cresceram 1,0% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

PIB avança 1,0% na comparação com o 2º tri de 2018

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 1,0% no segundo trimestre de 2019, o 10° resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 0,9%, e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 1,7%.

A Agropecuária variou 0,4% em relação em relação ao segundo trimestre de 2018. Este resultado se explica, principalmente, pelo desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada e pelo bom desempenho da pecuária.

A Indústria teve expansão de 0,3%. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos registrou a maior expansão (2,4%), favorecida pelo efeito das bandeiras tarifárias, que tiveram melhor resultado no segundo trimestre de 2019.

A Construção subiu 2,0%, após 20 trimestres consecutivos de queda nessa comparação. As Indústrias de Transformação cresceram 1,6%, influenciadas pela alta da produção de produtos de metal; máquinas e equipamentos; produtos químicos; metalurgia e bebidas.

Já as Indústrias Extrativas caíram 9,4%, resultado do desempenho negativo da extração de minérios ferrosos, ainda por conta do desastre de Brumadinho e suas consequências.

Os Serviços cresceram 1,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para Informação e comunicação (3,0%) e Atividades imobiliárias (2,7%). Ainda com resultados positivos, houve avanço em Comércio – atacadista e varejista – (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), e Transporte, armazenagem e correio (0,3%). Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,3%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,1%) apresentaram resultados negativos.

O Consumo das Famílias teve expansão 1,6%, o nono avanço consecutivo nesta comparação, explicado, principalmente, pelo comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física, bem como da expansão da massa salarial no segundo trimestre de 2019. 

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 5,2% no segundo trimestre de 2019, o sétimo resultado positivo após 14 trimestres de recuo. Este aumento é justificado pelo crescimento na importação e produção de bens de capital e na construção. A Despesa de Consumo do Governo teve queda de 0,7% em relação ao segundo trimestre de 2018.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços (1,8%) e as Importações de Bens e Serviços (4,7%) cresceram. Dentre as exportações de bens, o crescimento é explicado, principalmente, pelo acréscimo nos produtos de extração de petróleo e gás natural; produtos alimentícios, produtos derivados de petróleo; produtos químicos, metalurgia e celulose. Na pauta de importações de bens, os aumentos mais relevantes ocorreram em máquinas e equipamentos; produtos de metal; máquinas aparelhos e materiais elétricos; extração de petróleo e gás natural e produtos derivados do petróleo.

PIB cresce 1,0% no acumulado em quatro trimestres

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2019 cresceu 1,0% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 1,0% do Valor Adicionado a preços básicos e de 0,9% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (1,1%), Indústria (-0,1%) e Serviços (1,2%).

Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 4,3% e a Despesa de Consumo das Famílias registrou expansão de 1,5%. Por outro lado, a Despesa de Consumo do Governo recuou 0,2%. No âmbito do setor externo, tanto as Exportações de Bens e Serviços (4,3%) quanto as Importações de Bens e Serviços (5,4%) cresceram.

PIB acumula alta de 0,7% no semestre

O PIB cresceu 0,7% no 1º semestre de 2019 frente a igual período de 2018, o que representa uma desaceleração em relação à expansão de 1,2% no semestre encerrado em dezembro de 2018. Nesta base de comparação, houve desempenho positivo nos Serviços (1,2%) e na Agropecuária (0,1%). Na Indústria (-0,4%) o desempenho foi negativo.

Dentre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (-6,3%) e a Construção (-0,1%) apresentaram desempenho negativo no primeiro semestre do ano. As Indústrias de Transformação (0,0%) ficaram estáveis, enquanto houve crescimento das atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%).

Nos Serviços, houve avanços em Informação e comunicação (3,4%), Atividades imobiliárias (2,8%), Outras atividades de serviços (1,5%), Comércio (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,2%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,2%). As Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,0%) ficaram estáveis.

Nessa comparação, destaca-se aumento de 3,1% da Formação Bruta de Capital Fixo. O Consumo das Famílias cresceu 1,5%, enquanto que o Consumo do Governo recuou em 0,3%. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços e as Importações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 1,4% e 1,0%, respectivamente.

Taxa de Investimento foi de 15,9% no 2º trimestre

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2019 foi de 15,9% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,3%). A taxa de poupança foi de 15,2% no segundo trimestre de 2019 (ante 15,8% no mesmo período de 2018).

A Necessidade de Financiamento alcançou R$ 11,0 bilhões ante R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre de 2018. Esse aumento é explicado, principalmente, pela redução no montante de R$ 1,5 bilhão no saldo externo de bens e serviços e aumento de R$ 8,8 bilhões em Renda Líquida de Propriedade enviada ao Resto do Mundo.