Setor de serviços cai 0,7% em março
14/05/2019 09h00 | Atualizado em 14/05/2019 12h21
O volume de serviços caiu 0,7% em março de 2019, na comparação com fevereiro. Com isso, o setor acumula queda de 1,7% nos três primeiros meses do ano e elimina a alta de 0,9% entre outubro e dezembro de 2018.
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal | |
Março 19 / Fevereiro 19* | -0,7 | -0,6 |
Março 19 / Março 18 | -2,3 | 1,1 |
Acumulado Janeiro-Março | 1,1 | 4,3 |
Acumulado nos últimos 12 meses | 0,6 | 3,5 |
* Série com ajuste sazonal |
Na comparação com março de 2018, o volume de serviços caiu 2,3%, a queda mais intensa desde maio de 2018 (-3,8%). Esse resultado interrompeu sete taxas positivas seguidas nessa comparação.
O setor acumula alta de 1,1% no ano, com melhora de dinamismo frente ao terceiro (0,7%) e quarto (0,9%) trimestres de 2018. O acumulado em 12 meses passou de 0,7% em fevereiro para 0,6% em março, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017 (-5,1%).
A queda de 0,7% do volume de serviços em março, na comparação com fevereiro, foi acompanhada por três das cinco atividades, com destaque para a pressão negativa de serviços de informação e comunicação (-1,7%). Houve variações negativas também em serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,1%) e outros serviços (-0,2%). Já os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,5%) e os serviços prestados às famílias (1,4%) ficaram positivos.
A média móvel trimestral caiu 0,6% no trimestre encerrado em março, frente ao trimestre terminado em fevereiro. Entre os setores, o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,0%) teve a queda mais intensa, seguido por serviços de informação e comunicação (-0,5%). Em contrapartida, as maiores altas vieram dos setores de serviços prestados às famílias e de serviços profissionais, administrativos e complementares, ambos com avanço de 0,5%, seguidos por outros serviços (0,3%).
Na comparação com março de 2018, o setor de serviços recuou 2,3%, com queda em três das cinco atividades e em 56,0% dos 166 tipos de serviços. O fato de março de 2019 ter tido dois dias úteis a menos do que março de 2018 contribuiu para um menor número de contratos de prestação de serviços. Entre as atividades, o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-7,1%) exerceu a maior influência negativa. Os demais resultados negativos vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,7%) e de outros serviços (-1,3%). Em sentido oposto, as contribuições positivas ficaram com os ramos de serviços prestados às famílias (4,4%) e de serviços de informação e comunicação (0,8%).
No acumulado do primeiro trimestre, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 1,1%, com altas em três das cinco atividades e em 46,4% dos 166 tipos de serviços. Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (3,4%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice total. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (4,4%) e de outros serviços (3,2%). As influências negativas nessa comparação ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,6%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,7%).
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Março 2019 - Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
JAN | FEV | MAR | JAN | FEV | MAR | JAN-JAN | JAN-FEV | JAN-MAR | Até JAN | Até FEV | Até MAR | |
Volume de Serviços - Brasil | -0,4 | -0,6 | -0,7 | 2,0 | 3,8 | -2,3 | 2,0 | 2,9 | 1,1 | 0,2 | 0,7 | 0,6 |
1. Serviços prestados às famílias | 1,0 | -0,8 | 1,4 | 4,4 | 4,5 | 4,4 | 4,4 | 4,4 | 4,4 | 0,8 | 1,6 | 1,9 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 0,6 | -0,5 | 1,7 | 5,0 | 4,9 | 5,8 | 5,0 | 4,9 | 5,2 | 1,5 | 2,3 | 2,6 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 1,8 | -1,1 | 0,7 | 0,9 | 2,3 | -2,7 | 0,9 | 1,6 | 0,1 | -3,0 | -2,2 | -2,0 |
2. Serviços de informação e comunicação | -0,2 | 0,4 | -1,7 | 3,4 | 6,2 | 0,8 | 3,4 | 4,7 | 3,4 | 0,3 | 1,2 | 1,3 |
2.1 Serviços TIC | 0,0 | 0,5 | -0,7 | 4,7 | 7,2 | 1,9 | 4,7 | 5,9 | 4,5 | 1,0 | 2,0 | 2,2 |
2.1.1 Telecomunicações | 2,0 | -1,5 | -1,4 | 1,2 | 1,1 | -1,5 | 1,2 | 1,1 | 0,3 | -1,9 | -1,3 | -1,0 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -3,8 | 4,6 | -2,0 | 12,8 | 21,6 | 9,0 | 12,8 | 17,1 | 14,1 | 7,7 | 9,5 | 9,2 |
2.2 Serviços audiovisuais | -3,4 | 0,4 | -0,5 | -5,2 | -0,5 | -7,0 | -5,2 | -2,9 | -4,3 | -4,6 | -4,3 | -4,2 |
3. Serviços profissionais, adm. e complementares | 1,7 | 0,0 | -0,1 | -0,6 | 1,5 | -2,7 | -0,6 | 0,4 | -0,7 | -1,6 | -1,4 | -1,4 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | 3,4 | 1,4 | 0,0 | -2,0 | 4,0 | -2,8 | -2,0 | 1,0 | -0,3 | -1,1 | -0,8 | -0,8 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -1,0 | -0,5 | -1,4 | -0,2 | 0,6 | -2,7 | -0,2 | 0,2 | -0,8 | -1,8 | -1,6 | -1,6 |
4. Transportes, serv. aux aos transp. e correio | -0,9 | -2,5 | 0,5 | 0,6 | 2,4 | -7,1 | 0,6 | 1,5 | -1,6 | 0,9 | 1,1 | 0,5 |
4.1 Transporte terrestre | -1,1 | -0,6 | -1,9 | 1,2 | 3,7 | -6,5 | 1,2 | 2,4 | -0,8 | 2,0 | 2,2 | 1,5 |
4.2 Transporte aquaviário | 2,4 | -0,7 | -2,0 | 1,2 | 5,8 | 0,7 | 1,2 | 3,5 | 2,5 | -1,5 | -1,9 | -2,0 |
4.3 Transporte aéreo | 3,4 | -15,8 | 12,2 | 5,6 | 10,7 | -8,9 | 5,6 | 7,9 | 1,9 | 4,5 | 6,9 | 7,7 |
4.4 Armazenagem, serv. aux. aos transp. e correio | -0,3 | -5,0 | 2,1 | -1,8 | -2,5 | -9,5 | -1,8 | -2,1 | -4,7 | -1,2 | -1,7 | -2,4 |
5. Outros serviços | 5,0 | -3,8 | -0,2 | 5,7 | 5,5 | -1,3 | 5,7 | 5,6 | 3,2 | 2,2 | 2,5 | 2,2 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
Volume de serviços cai em 16 das 27 unidades da federação
Das 27 unidades da federação, 16 tiveram queda no volume dos serviços em março, na comparação com fevereiro, acompanhando a retração de 0,7% do índice nacional. Entre as localidades com resultados negativos, destaque para São Paulo (-0,9%), Rio Grande do Sul (-4,0%) e Mato Grosso (-7,7%). Já o principal resultado positivo veio do Rio de Janeiro (1,0%).
Na comparação com março de 2018, a queda de 2,3% no volume de serviços foi acompanhada por 23 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com Rio de Janeiro (-7,4%), com quatro dos cinco setores em recuo, seguido do Paraná (-6,7%), do Rio Grande do Sul (-6,2%) e de Minas Gerais (-3,6%). Já a contribuição positiva mais importante para a formação do índice global veio de São Paulo (1,4%), que apontou expansão em três das cinco atividades investigadas.
No acumulado de janeiro a março de 2019, frente a igual período do ano anterior, o avanço de 1,1% no volume de serviços ocorreu de forma mais concentrada, já que 11 das 27 unidades da federação tiveram alta de receita real. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (4,6%), enquanto Rio de Janeiro (-4,2%) registrou a influência negativa mais relevante sobre índice nacional, seguido por Paraná (-2,7%), Ceará (-5,7%) e Rio Grande do Sul (-2,0%).
Atividades turísticas crescem 4,8%
O volume de atividades turísticas cresceu 4,8% em março, em relação a fevereiro, após recuar 4,2% no mês anterior. Regionalmente, 11 das 12 unidades da federação acompanharam esse crescimento observado no país, com destaque para São Paulo (3,0%), Rio de Janeiro (7,9%), Distrito Federal (18,2%) e Santa Catarina (12,2%). Em sentido contrário, a única influência negativa veio do Espírito Santo (-0,1%).
Na comparação com março de 2018, o volume de atividades turísticas aumentou 1,9%, impulsionado pelo aumento de receita das empresas de hotéis, de restaurantes e de locação de automóveis. Em sentido oposto, o segmento de transporte aéreo de passageiros exerceu a influência negativa mais importante sobre os serviços turísticos. Em termos regionais, sete das 12 unidades da federação avançaram nos serviços de turismo, com destaque para São Paulo (3,8%), Rio de Janeiro (3,7%), Bahia (7,1%) e Ceará (10,4%). Em contrapartida, os impactos negativos mais importantes vieram do Rio Grande do Sul (-6,5%) e do Paraná (-4,2%).
No acumulado em 2019, as atividades turísticas cresceram 3,5%, frente a igual período do ano passado. Regionalmente, apenas cinco dos 12 locais investigados registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (9,8%), seguido por Ceará (10,6%) e Pernambuco (2,2%). Já Rio Grande do Sul (-3,4%), Santa Catarina (-3,0%) e Distrito Federal (-3,0%) assinalaram as principais influências negativas no acumulado do ano para as atividades turísticas.