Em agosto, setor de serviços avança 1,2% frente a julho
16/10/2018 09h00 | Atualizado em 16/10/2018 14h11
Em agosto, o setor de serviços cresceu 1,2% frente ao mês anterior, após também avançar em junho (4,9%) e recuar 2% em julho (série com ajuste sazonal). Em comparação a agosto de 2017 (série sem ajuste sazonal), o setor de serviços teve crescimento de 1,6%, terceira taxa positiva do ano nesse tipo de confronto. O acumulado do ano ficou em -0,5%, a queda menos intensa desde dezembro de 2014 (2,5%). O acumulado dos 12 meses, ao passar de -1,0% em julho para -0,6% em agosto de 2018, manteve a trajetória predominantemente ascendente desde abril de 2017 (-5,1%) e marcou a taxa negativa menos intensa desde junho de 2015 (-0,2%).
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - Agosto de 2018 |
||
---|---|---|
Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Agosto 18 / Julho 18* | 1,2 | 1,1 |
Agosto 18 / Agosto 17 | 1,6 | 4,8 |
Acumulado Janeiro-Agosto | -0,5 | 2,2 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | -0,6 | 2,8 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
O avanço na passagem de julho para agosto foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que cresceu 3,2% e recuperou parte da perda de 3,9% de julho. Vale destacar os efeitos da greve dos caminhoneiros nos meses de maio (-10,2%) e junho (15,4%) nesse segmento. Os demais resultados positivos vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,2%, recuperando integralmente a perda de 1,1% em julho) e de outros serviços (1,0%, recuperação parcial da perda de 3,0% em julho). Por outro lado, os serviços de informação e comunicação (-0,6%) e os prestados às famílias (-0,8%) tiveram influência negativa, com o último devolvendo parte do crescimento de julho (4,1%), quando recuperou a perda de 4,0% acumulada entre os meses de maio e junho. O material de apoio da Pesquisa Mensal de Serviços está à direita desta página.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o volume de serviços avançou 1,3% no trimestre encerrado em agosto de 2018 frente ao mês anterior, eliminando, assim, a queda verificada no trimestre terminado em julho (-0,2%) e alcançado a taxa mais intensa da série histórica. Entre os setores, o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%) teve a expansão mais intensa, após registrar variação negativa (-0,2%) em julho. Os demais resultados positivos vieram dos segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%) e outros serviços (0,5%), ambos recuperando parte das perdas de julho (-0,6% e -0,7%, respectivamente). Já os serviços prestados às famílias (0,0%) e os serviços de informação e comunicação (-0,1%) mantiveram-se estáveis em julho e agosto.
Em relação a agosto de 2017, o setor de serviços cresceu 1,6%, com avanço em três das cinco atividades e em 47,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,6%) exerceram a principal influência positiva. Os outros impactos positivos vieram dos serviços prestados às famílias (5,0%) e de outros serviços (1,3%). Em sentido oposto, a contribuição negativa mais relevante ficou com os serviços de informação e comunicação (-1,1%). O ramo de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,3%) também recuou.
O acumulado do ano recuou 0,5%, com taxas negativas em três das cinco atividades e em 56,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-1,7%) e os profissionais, administrativos e complementares (-2,0%) exerceram os principais impactos negativos. O outro setor que também recuou foi o de serviços prestados às famílias (-0,9%). Por outro lado, as contribuições positivas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,3%) e de outros serviços (2,3%).
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Agosto 2018 - Variação (%) |
||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) |
Últimos 12 meses (4) | ||||||||
JUN | JUL | AGO | JUN | JUL | AGO | JAN-JUN | JAN-JUL | JAN-AGO | Até JUN | Até JUL | Até AGO | |
Volume de Serviços - Brasil | 4,9 | -2,0 | 1,2 | 1,0 | -0,1 | 1,6 | -0,9 | -0,8 | -0,5 | -1,2 | -1,0 | -0,6 |
1. Serviços prestados às famílias | -3,2 | 4,1 | -0,8 | -4,2 | -0,1 | 5,0 | -2,0 | -1,7 | -0,9 | -1,0 | -1,2 | -0,4 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | -3,1 | 4,6 | -1,0 | -3,3 | 0,5 | 6,3 | -1,2 | -1,0 | -0,1 | -0,2 | -0,4 | 0,4 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | -2,0 | 1,5 | 1,0 | -8,7 | -3,6 | -1,5 | -5,9 | -5,6 | -5,1 | -5,6 | -5,1 | -4,5 |
2. Serviços de informação e comunicação | 2,6 | -2,2 | -0,6 | 1,4 | 0,1 | -1,1 | -2,0 | -1,7 | -1,7 | -2,2 | -1,8 | -1,6 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 2,6 | -1,7 | -0,2 | 1,2 | 0,5 | -0,7 | -2,0 | -1,6 | -1,5 | -1,7 | -1,5 | -1,4 |
2.1.1 Telecomunicações | 0,1 | -0,3 | -0,3 | -0,3 | -0,9 | -1,2 | -4,5 | -4,0 | -3,7 | -4,2 | -3,9 | -3,6 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 3,8 | -2,0 | -0,7 | 4,1 | 3,8 | 0,2 | 4,2 | 4,2 | 3,6 | 2,9 | 2,9 | 2,3 |
2.2 Serviços audiovisuais | 2,1 | -3,9 | -1,7 | 3,0 | -2,7 | -3,8 | -2,5 | -2,5 | -2,7 | -4,5 | -3,6 | -2,4 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,5 | -1,1 | 2,2 | -3,5 | -2,8 | -0,3 | -2,1 | -2,2 | -2,0 | -4,2 | -3,8 | -3,2 |
3.1 Serviços tecnico-profissionais | -2,4 | -2,7 | 1,9 | -1,1 | 0,0 | 1,3 | 0,6 | 0,5 | 0,6 | -4,5 | -3,4 | -2,1 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 0,8 | 0,0 | 2,4 | -4,4 | -3,7 | -0,8 | -3,0 | -3,1 | -2,8 | -3,6 | -3,5 | -3,3 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 15,4 | -3,9 | 3,2 | 4,4 | 1,4 | 4,6 | 0,7 | 0,8 | 1,3 | 3,0 | 2,8 | 2,8 |
4.1 Transporte terrestre | 23,2 | -3,1 | 0,7 | 7,1 | 7,4 | 6,7 | 1,0 | 2,0 | 2,6 | 2,7 | 3,3 | 3,7 |
4.2 Transporte aquaviário | 1,8 | -6,2 | 9,0 | -5,4 | -10,3 | -1,4 | 0,2 | -1,4 | -1,4 | 13,2 | 10,2 | 7,7 |
4.3 Transporte aéreo | 12,7 | -23,5 | 21,7 | 21,2 | -5,6 | 12,3 | 0,3 | -0,6 | 1,2 | -11,5 | -10,4 | -8,2 |
4.4 Armazenagem, serviços axiliares aos transportes e correio | 6,7 | -2,8 | 2,9 | -1,7 | -3,7 | 0,3 | 0,3 | -0,3 | -0,3 | 5,5 | 4,3 | 3,3 |
5. Outros serviços | 3,7 | -3,0 | 1,0 | 3,3 | 1,0 | 1,3 | 2,7 | 2,4 | 2,3 | -2,9 | -1,8 | -0,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
RESULTADOS REGIONAIS
Regionalmente, entre julho e agosto (série com ajuste), houve expansão em 21 dos 27 estados, acompanhando o avanço nacional de 1,2%. Os destaques positivos vieram de São Paulo (1,0%), Rio de Janeiro (2,3%) e Pernambuco (7,1%, recuperando integralmente a queda de 2,4% de julho). Os dois primeiros recuperaram parte das perdas de julho (-1,7% e -7,0%, respectivamente). Por outro lado, as principais contribuições negativas vieram de Goiás (-1,2%) e do Espírito Santo (-1,2%), ambos devolvendo os ganhos de 1,3% e 1,7%, respectivamente, de julho.
Em relação a agosto de 2017, a expansão do volume de serviços no Brasil (1,6%) foi acompanhada por 13 das 27 unidades da federação. A principal influência positiva ficou com São Paulo (3,0%), com avanço em todas as cinco atividades investigadas, com destaque para serviços de informação e comunicação (3,5%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,3%). Outras pressões positivas relevantes vieram do Distrito Federal (8,1%) e de Santa Catarina (4,3%). Por outro lado, o impacto negativo mais importante veio do Rio de Janeiro (-1,9%).
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, houve queda em 22 das 27 unidades da federação. Os principais impactos negativos em termos regionais ocorreram no Rio de Janeiro (-1,4%), Ceará (-8,3%), Paraná (-2,3%) e na Bahia (-3,5%). Por outro lado, São Paulo (1,1%) registrou a contribuição positiva mais relevante.
AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS
O índice de atividades turísticas avançou 2,8% entre julho e agosto, eliminando a perda de 0,9% de julho. Regionalmente, todas as 12 unidades da federação acompanharam este movimento de crescimento, com destaque para a Bahia (6,3%), o Rio de Janeiro (2,8%), o Distrito Federal (13,0%) e Pernambuco (7,3%). Outros impactos positivos relevantes vieram do Ceará (7,1%), Minas Gerais (2,8%) e São Paulo (0,6%).
Em relação a agosto de 2017, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 7,8%, impulsionado, principalmente, pelo aumento nos serviços de transportes aéreos de passageiros, de hotéis e de serviços de bufê e outros serviços de comida preparada. Em sentido oposto, os segmentos de operadores turísticos e de serviços de reservas em geral exerceram as principais contribuições negativas. Com o resultado positivo deste mês, o turismo alcança a taxa positiva mais intensa desde fevereiro de 2014 (15,0%).
Em termos regionais, ainda na comparação com agosto do ano passado, 11 dos 12 estados onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo, que tem sua sexta taxa positiva seguida e alcança o resultado mais elevado desde fevereiro de 2014 (11,0%). Outras contribuições positivas relevantes vieram de Pernambuco (18,4%), Ceará (20,8%) e Rio de Janeiro (3,3%). Em contrapartida, o único impacto negativo ficou com o Paraná (-6,7%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou crescimento de 1,0% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelo ramo de hotéis, de locação de automóveis e de agências de viagens. Em sentido oposto, o principal impacto negativo permanece com o segmento de restaurantes. Regionalmente, oito dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (3,5%), seguido por Pernambuco (4,9%) e Minas Gerais (1,9%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (-4,8%) assinalou a principal influência negativa.