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Demografia das Empresas 2013: menos da metade (47,5%) das empresas sobrevivem após quatro anos de atividade

04/09/2015 11h09 | Atualizado em 03/08/2017 16h07

 

Em 2013, 47,5% das empresas que haviam nascido em 2009 ainda estavam ativas no mercado, ou seja, quatro anos após o nascimento, mais da metade (52,5%) das empresas não sobreviveu. A taxa de saída (relação entre o número de saída de empresas e o total) recuou 2,8 pontos percentuais em relação a 2012, passando de 17,4% para 14,6%. No ano, 695,7 mil empresas saíram do mercado. Por outro lado, a taxa de entrada das empresas no mercado (relação entre o número de entrada de empresas e o total), em 2013, foi de 18,3%, revelando um impacto significativo das entradas no estoque de empresas (871,7 mil empresas a mais). A taxa de sobrevivência (relação entre o número de empresas sobreviventes e o total) foi de 81,7% (3,9 milhões). Com isso, na comparação com 2012, houve um crescimento de 3,8% (176,2 mil) no total de empresas ativas no Brasil. O total de ocupações assalariadas cresceu 3,3% (1,1 milhão) de 2012 para 2013, e as empresas que entraram foram responsáveis por 887,7 mil novas vagas, sendo que 30,3% (268,6 mil) destas foram criadas no comércio.

Do total de empresas ativas em 2013 (4,8 milhões), 0,7% (33,4 mil) eram de alto crescimento, pois apresentaram aumento médio do pessoal ocupado assalariado maior a 20% ao ano, por um período de três anos, tendo pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação. Essas empresas ocuparam 14,2% (5,0 milhões) do pessoal assalariado, sendo que a atividade construção foi a que apresentou maior proporção de assalariados em empresas de alto crescimento (28,1%).

Esses são alguns dos resultados do estudo Demografia das Empresas 2013, que, com base nas informações do Cadastro Central de Empresas – CEMPRE, permite analisar a dinâmica empresarial através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência das empresas no mercado, pessoal ocupado assalariado, estatísticas das empresas de alto crescimento e gazelas (empresas de alto crescimento com até oito anos de idade no ano de referência) além de indicadores relativos às unidades locais das empresas e atividades. Veja a publicação completa aqui.

Mais da metade das empresas (52,5%) saem do mercado após o quarto ano de atividade

Do total de 694,5 mil empresas que nasceram em 2009, 536,6 mil (77,3%) permaneceram ativas em 2010, 452,5 mil (65,2%) sobreviveram até 2011, 387,4 mil até 2012 (55,8%) e 329,9 mil (47,5%) continuaram no mercado até 2013. Ou seja, após quatro anos da entrada no mercado, mais da metade das empresas não sobreviveram. Observou-se também uma relação direta com o porte: após quatro anos da entrada no mercado, a sobrevivência das empresas sem pessoal ocupado assalariado foi de 40,9%, enquanto na faixa de 1 a 9 foi de 69,1% e de 10 ou mais foi de 76,7%. Empresas maiores tendem a apresentar taxas mais altas de sobrevivência. Nas faixas menores existem grandes movimentos de entrada e saída e consequentemente taxas mais baixas de sobrevivência.

Nesse período, as seções de atividades que apresentaram as mais altas taxas de sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais (61,6%), atividades imobiliárias (58,9%) e atividades profissionais, científicas e técnicas (54,9%).

Taxa de saída das empresas cai 2,8 pontos percentuais em 2013

Em 2013, 695,7 mil empresas saíram do mercado, o que representa uma taxa de saída de 14,6%, em um universo de 4,8 milhões empresas ativas. Essa taxa caiu 2,8 p.p. em relação a 2012 (17,4%), quando 799,4 mil empresas, em um universo de 4,6 milhões, deixaram de ser ativas. Paralelamente, a taxa de entrada se manteve estável, passando de 18,7% (860,0 mil) em 2012 para 18,3% (871,7 mil) em 2013. Com isso, o saldo no total de empresas ficou positivo, registrando um acréscimo de 3,8% no número de empresas (176,2 mil empresas a mais).

Tabela 2 - Número de empresas, pessoal ocupado assalariado, segundo
o tipo de evento demográfico e respectivas taxas - Brasil - 2008-2013


Tipo de evento
demográfico
Número de empresas
2008 2009 2010 2011 2012 2013
Total
 4.077.662 
 4.268.930 
 4.530.583 
 4.538.347 
 4.598.919 
 4.775.098 
Sobreviventes
3.188.176
3.322.254
3.531.460
3.666.543
3.738.927
3.903.435
Taxa de
sobrevivência
78,2
77,8
77,9
80,8
81,3
81,7
Entrada
889.486
946.676
999.123
871.804
859.992
871.663
Taxa de entrada
21,8
22,2
22,1
19,2
18,7
18,3
Saída
719.915
755.154
736.428
864.035
799.419
695.748
Taxa de saída
17,7
17,7
16,3
19,0
17,4
14,6
Tipo de evento
demográfico
Pessoal ocupado assalariado
2008 2009 2010 2011 2012 2013
Total
26.978.086
28.238.708
30.821.123
32.706.200
33.915.323
35.050.524
Sobreviventes
26.160.232
27.373.575
29.797.370
31.726.069
32.964.847
34.162.830
Taxa de
sobrevivência
97,0
96,9
96,7
97,0
97,2
97,5
Entrada
817.854
865.133
1.023.753
980.131
950.476
887.694
Taxa de entrada
3,0
3,1
3,3
3,0
2,8
2,5
Saída
414.908
452.208
363.848
410.407
453.082
524.159
Taxa de saída
1,5
1,6
1,2
1,3
1,3
1,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Metodologia das Estatísticas de
Empresas, Cadastros e Classificações, Cadastro Central de Empresas 2005-2013.

Por atividade, todas as seções de atividades, com exceção de Eletricidade e gás apresentaram queda nas taxas de saída de empresas do mercado. As maiores reduções foram verificadas nas seções outras atividades de serviços (9,0 p.p.) e alojamento e alimentação (4,3 p.p.).

Entre 2012 e 2013, o total de ocupações assalariadas cresceu 3,3% (1,1 milhão). As empresas que entraram em atividade em 2013 trouxeram 887,7 mil pessoas assalariadas (2,5% do total) ao mercado. Na comparação com 2012, apesar de o número de entradas ter sido 1,4% superior, elas representaram um acréscimo 6,6% inferior no pessoal ocupado assalariado. Já as empresas que saíram do mercado levaram 524,2 mil assalariados (1,5% do total), uma perda 15,7% superior em relação a 2012, apesar da queda de 13,0% no número de saídas. As empresas sobreviventes ocupavam 97,5% (34,2 milhões) dos assalariados.

Comércio tem o maior ganho absoluto de pessoal assalariado

Do total de 887,7 mil de pessoal assalariado gerado pelas empresas que entraram em atividade em 2013, 268,6 mil postos (30,3%) foram criados no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas; 150,7 mil (17%) na construção e 111,5 mil (12,6%) nas indústrias de transformação. Já em relação ao total de 524,2 mil de pessoal assalariado das empresas que saíram do mercado, 162,5 mil (31,0%) estavam no comércio; 142,2 mil (27,1%) nas indústrias de transformação e 60,3 mil (11,5%) na construção.

O comércio foi a atividade com maior ganho absoluto no pessoal ocupado assalariado, com um saldo de 106,1 mil postos entre 2012 e 2013. Foi também a atividade que mais se destacou em relação ao número de empresas que entraram (364,7 mil), saíram (328,8 mil) e sobreviveram (1,8 milhões), representando, respectivamente, 41,8%, 47,3% e 48,1% do total das empresas para cada movimento.

Construção foi a atividade que apresentou maior taxa de entrada em 2013: 26,4%. Já a atividade que apresentou maior taxa de saída foi eletricidade e gás, com o equivalente a 19,1% das empresas do setor deixando o mercado. A atividade com maior proporção de empresas permanecendo ativas foi indústrias de transformação, com taxa de sobrevivência de 85,5%.

Maiores taxas de entrada e de saída estão no Norte, Nordeste e Centro-Oeste

As 4,6 milhões de empresas ativas, em 2013, tinham 5,2 milhões de unidades locais ativas, das quais 50,9% estavam localizadas na região Sudeste; 21,9%, na região Sul; 15,5%, no Nordeste; 8,0%, no Centro-Oeste; e 3,7%, na região Norte. Do total de unidades locais, 4,2 milhões eram sobreviventes em relação a 2012 (81,7%), 951,6 mil (18,3%) foram entradas e as saídas totalizaram 756,2 mil (14,6%) unidades.

As regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de sobrevivência, 83,4% e 82,4%, respectivamente, acima da média nacional (81,7%). Em contrapartida, as maiores taxas de entrada e saída foram observadas nas regiões Norte (24,3% e 18,1%), Nordeste (20,7% e 15,9%) e Centro-Oeste (20,6% e 15,2%), assim como as menores taxas de sobrevivência: 75,7%, 79,3% e 79,4%, respectivamente.

As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores percentuais de pessoal assalariado pela criação de novas empresas, representando 49,5% e 19,8%, respectivamente, do pessoal ocupado assalariado vinculado às entradas no mercado em 2013.

28,1% dos assalariados na construção estão em empresas de alto crescimento

Em 2013, havia 33.374 empresas de alto crescimento, o equivalente a 0,7% do total de empresas ativas e 7,0% das empresas ativas com 10 ou mais pessoas ocupadas. As maiores proporções de empresas de alto crescimento, por atividade, estavam em atividades administrativas e serviços complementares (11,1%), construção (10,5%) e em água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (10,4%). Já as seções alojamento e alimentação (4,0%); artes, cultura, esporte e recreação; e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (ambas com 5,5%) registraram as menores proporções.

As empresas de alto crescimento ocuparam 5,0 milhões de assalariados, que representam 14,2% dos salários e outras remunerações e 17,2% dos assalariados nas empresas com 10 ou mais pessoas. A atividade construção foi a que apresentou maior proporção de assalariados em empresas de alto crescimento (28,1%), seguida por atividades administrativas e serviços complementares (26,2%) e informação e comunicação (21,4%). Por outro lado, eletricidade e gás (2,2%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,2%) e educação (10,7%) registraram as menores participações.


Comunicação Social
4 de setembro de 2015