Em novembro, IPCA-15 fica em 0,38%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,38% em novembro...
19/11/2014 07h00 | Atualizado em 19/11/2014 07h00
Período |
TAXA |
---|---|
Novembro |
0,38% |
Outubro |
0,48% |
Novembro 2013 |
0,57% |
Acumulado no ano |
5,63% |
Acumulado 12 meses |
6,42% |
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,38% em novembro e ficou 0,10 ponto percentual abaixo da taxa de 0,48% de outubro. Com isto o resultado do ano foi para 5,63%, acima da taxa de 5,06% do mesmo de período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 6,42%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (6,62%). Em novembro de 2013, a taxa havia sido 0,57%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.
Em novembro, a maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou variações inferiores às do mês anterior. Conforme mostra a tabela a seguir, as exceções foram Artigos de Residência (de 0,13% em outubro para 0,31% em novembro) e Educação (de 0,08% para 0,18%).
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Outubro |
Novembro |
Outubro |
Novembro | |
Índice Geral |
0,48 | 0,38 | 0,48 | 0,38 |
Alimentação e Bebidas |
0,69 | 0,56 | 0,17 | 0,14 |
Habitação |
0,80 | 0,56 | 0,12 | 0,08 |
Artigos de Residência |
0,13 | 0,31 | 0,01 | 0,01 |
Vestuário |
0,70 | 0,42 | 0,05 | 0,03 |
Transportes |
0,25 | 0,20 | 0,05 | 0,04 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,37 | 0,36 | 0,04 | 0,04 |
Despesas Pessoais |
0,40 | 0,37 | 0,04 | 0,04 |
Educação |
0,08 | 0,18 | 0,00 | 0,01 |
Comunicação |
0,00 | -0,21 | 0,00 | -0,01 |
Alimentação e Bebidas e Habitação foram os grupos de resultado mais elevado, ambos com 0,56%.
Os preços dos alimentos (de 0,69% em outubro para 0,56% em novembro), embora tenham desacelerado, continuaram a pressionar o índice e foram responsáveis, por 0,14 ponto percentual do IPCA-15 do mês. O item carnes, que subiu 1,90%, liderou o ranking dos principais impactos pelo terceiro mês consecutivo, com 0,05 ponto percentual. Outros produtos ficaram bem mais caros de um mês para o outro, a exemplo da batata-inglesa (13,85%) e do tomate (12,12%). O item frutas, com alta de 2,80%, veio a seguir, com 0,03 ponto percentual. Em contraposição, vários alimentos mostraram redução na taxa de crescimento de preços ou até mesmo queda, a exemplo da cebola (-12,49%), farinha de mandioca (-2,98%) e leite longa vida (-2,89%).
Por ordem de impacto vieram, do grupo Habitação (de 0,80% em outubro para 0,56% em novembro), os itens energia elétrica (1,17%) e aluguel (0,62%), ambos com 0,03 ponto percentual. Contribuíram para a variação das contas de energia elétrica, as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (3,74%), com reajuste de 17,75% em uma das concessionárias, em vigor a partir de 7 de novembro, e de São Paulo (1,52%), cujo reajuste de 20,61% em uma das concessionárias está em vigor desde 23 de outubro. Nas demais regiões as variações nas contas decorrem de alterações nas alíquotas do PIS/PASEP/COFINS.
Repetindo o impacto de 0,03 p.p, a gasolina (0,68%) e o conserto de automóvel (1,68%) se juntaram aos itens anteriores, pressionando o grupo Transportes (de 0,25% em outubro para 0,20% em novembro), apesar da queda nos preços de outros itens como passagem aérea(-2,35%) e ônibus interestadual (-0,50%). O aumento de 0,68% no preço da gasolina refletiu parte do reajuste de 3,00% que passou a vigorar nas refinarias a partir de 7 de novembro.
Ainda com 0,03 p.p veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,37% em outubro para 0,36% em novembro) o item plano de saúde, que subiu 0,77% no mês.
Dessa forma, os sete itens mencionados (carnes, frutas, energia elétrica, aluguel, gasolina, conserto de automóvel e plano de saúde) somam 0,23 p.p. e respondem por 61% do IPCA-15 de novembro.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (0,77%), onde os combustíveis (6,77%) foram responsáveis por 0,44 ponto percentual do índice do mês, com alta de 6,72% na gasolina e 10,38% nos etanol. O menor índice foi o de Brasília (0,15%) em virtude da queda de 6,50% nos preços das passagens aéreas, com peso de 2,22% e impacto de -0,14 ponto percentual.
Região |
Peso Regional (%) |
Variação Mensal (%) |
Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Outubro |
Novembro |
Ano |
12 Meses | ||
Goiânia | 4,44 | 0,70 | 0,77 | 5,73 | 6,41 |
Belém | 4,65 | -0,04 | 0,66 | 5,45 | 6,14 |
Porto Alegre | 8,4 | 0,61 | 0,53 | 6,14 | 6,83 |
Fortaleza | 3,49 | 0,41 | 0,49 | 4,89 | 5,95 |
Recife | 5,05 | 0,31 | 0,39 | 6,19 | 6,88 |
São Paulo | 31,68 | 0,53 | 0,38 | 5,54 | 6,26 |
Belo Horizonte | 11,23 | 0,34 | 0,37 | 5,46 | 6,24 |
Curitiba | 7,79 | 0,38 | 0,28 | 5,77 | 6,57 |
Rio de Janeiro | 12,46 | 0,56 | 0,25 | 6,02 | 6,95 |
Salvador | 7,35 | 0,46 | 0,18 | 5,35 | 6,25 |
Brasília | 3,46 | 0,73 | 0,15 | 5,00 | 5,95 |
Brasil | 100,00 | 0,48 | 0,38 | 5,63 | 6,42 |
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 12 de novembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de setembro a 13 de outubro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.