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Produção industrial cai 0,5% em março

Em março de 2014, a produção industrial nacional mostrou decréscimo de 0,5% frente ao mês...

07/05/2014 06h00 | Atualizado em 07/05/2014 06h00

Março 2014 / Fevereiro 2014
-0,5%
Março 2014 / Março 2013
-0,9%
Acumulado em 2014
0,4%
Acumulado em 12 meses
2,1%
Média Móvel Trimestral
0,6%

Em março de 2014, a produção industrial nacional mostrou decréscimo de 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ficar estável em fevereiro (0,0%) e avançar 2,2% em janeiro último. Na série sem ajuste sazonal, na comparação com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda de 0,9% em março de 2014, após registrar crescimento de 4,4% em fevereiro e recuo de 1,8% em janeiro último. Assim, o setor industrial acumulou variação positiva de 0,4% nos três primeiros meses do ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 2,1% em março de 2014, repetiu a marca registrada em fevereiro último, mas ficou ligeiramente abaixo do verificado em dezembro de 2013 (2,3%).

Estes são os primeiros resultados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) nacional após sua reformulação metodológica. Para saber mais sobre a revisão, acesse o link http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&idnoticia=2627.

As informações hoje divulgadas são retroativas a janeiro de 2012. Também está sendo divulgada a análise do fechamento do ano de 2013, frente a 2012, de acordo com a nova metodologia. A publicação completa da pesquisa e todos os seus resultados, assim como a nova relação de produtos e setores, pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfbr/


Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Março de 2014
Variação (%)
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
 (*) Série com ajuste sazonal

14 dos 24 ramos pesquisados registram queda em março

O recuo de 0,5% da atividade industrial na passagem de fevereiro para março teve predomínio de resultados negativos, alcançando duas das quatro grandes categorias econômicas e a maior parte (14) dos 24 ramos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências negativas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,9%) e máquinas e equipamentos (-5,3%), com a primeira atividade eliminando parte do avanço de 12,4% acumulados em janeiro e fevereiro; e a segunda acumulando perda de 6,1% em dois meses seguidos de queda na produção. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram da menor fabricação de produtos alimentícios (-1,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,6%) e metalurgia (-1,2%). Vale ressaltar que essas atividades apontaram taxas positivas em fevereiro último: 0,1%, 1,4% e 3,1%, respectivamente. Por outro lado, entre os dez ramos que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,4%), após ficarem estáveis no mês anterior (0,0%), e indústrias extrativas (2,4%), que eliminaram a perda de 1,2% assinalada em fevereiro último.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao recuarem 3,6%, e bens de consumo duráveis (-2,5%) assinalaram as quedas mais acentuadas em março de 2014, ambas interrompendo dois meses seguidos de resultados positivos, período em que acumularam expansão de 22,4% e 7,1%, respectivamente. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) repetiu o patamar do mês anterior, após apontar variação negativa de 0,4% em fevereiro último. O setor de bens intermediários (0,1%) registrou a única taxa positiva, mas com ritmo menor do que o verificado em janeiro (0,2%) e fevereiro (0,4%).

Média móvel trimestral cresce 0,6%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou expansão de 0,6% no trimestre encerrado em março frente ao nível do mês anterior, e interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital, ao crescer 5,3%, assinalou o avanço mais intenso e reverteu o comportamento predominantemente negativo presente desde novembro último. Os segmentos de bens de consumo duráveis (1,4%), de bens de consumo semi e não-duráveis (0,6%) e de bens intermediários (0,2%) também apontaram taxas positivas nesse mês.

Na comparação com março de 2013, produção industrial cai 0,9%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 0,9% em março de 2014, com predomínio de resultados negativos, já que três das quatro grandes categorias econômicas e a maior parte (16) dos 26 ramos apontaram recuo na produção.

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,6%) exerceu a maior influência negativa na média da indústria, pressionada em grande parte pela menor produção de automóveis, veículos para transporte de mercadorias, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, motores diesel para ônibus e caminhões e autopeças. Outras contribuições negativas relevantes vieram da redução na fabricação de máquinas e equipamentos (-7,8%), produtos de metal (-8,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,3%), outros produtos químicos (-2,9%), móveis (-11,6%), produtos têxteis (-5,8%) e outros equipamentos de transporte (-5,8%). Por outro lado, entre as dez atividades que aumentaram a produção, os principais impactos foram observados em indústrias extrativas (8,0%), produtos alimentícios (5,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (9,6%), bebidas (6,3%) e metalurgia (2,1%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-8,4%) e bens de consumo duráveis (-4,6%) assinalaram recuos mais intensos do que a média nacional (-0,9%). Bens intermediários também apontaram resultado negativo em março de 2014 (-0,1%), enquanto o setor de bens de consumo semi e não-duráveis (1,7%) registrou a única taxa positiva.

O setor de bens de capital, com -8,4%, assinalou a queda mais intensa desde dezembro de 2012 (-18,0%). Na formação do índice de março de 2014, o segmento foi influenciado pelo recuo na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para as quedas de 13,4% em bens de capital para equipamentos de transporte e de 12,8% em bens de capital para fins industriais. Os demais resultados negativos foram registrados por bens de capital para construção (-2,7%) e bens de capital de uso misto (-5,5%). Por outro lado, bens de capital para energia elétrica (1,2%) assinalaram o único resultado positivo, enquanto bens de capital agrícola ficaram estáveis (0,0%) frente a março de 2013.

O setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 4,6%, sendo particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-14,8%). Vale citar também os impactos negativos vindos de motocicletas (-10,8%), artigos do mobiliário (-10,7%) e outros eletrodomésticos (-2,6%). Por outro lado, as influências positivas foram observadas nos grupamentos de eletrodomésticos da “linha marrom” (42,2%), impulsionado especialmente pela maior produção de televisores, e de eletrodomésticos da “linha branca” (2,1%).

O desempenho em março de 2014 para o segmento de bens intermediários (-0,1%) foi influenciado pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,2%), produtos de metal (-9,8%), máquinas e equipamentos (-17,5%), outros produtos químicos (-2,9%), produtos têxteis (-8,5%) e produtos de minerais não-metálicos (-1,5%), enquanto as pressões positivas foram registradas por produtos alimentícios (15,1%), indústrias extrativas (8,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%), metalurgia (2,1%), produtos de borracha e de material plástico (1,8%) e celulose, papel e produtos de papel (0,6%). Ainda nessa categoria, vale citar também os resultados registrados pelos grupamentos de insumos para construção civil (-3,7%) e de embalagens (1,4%).

A expansão na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (1,7%) foi explicada em grande parte pelos avanços vindos dos grupamentos de carburantes (15,0%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (2,5%), impulsionados principalmente pelos avanços na fabricação de gasolina automotiva e álcool, no primeiro subsetor, e de cerveja, chope, açúcar refinado de cana, sucos concentrados de frutas e carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas, no segundo. Por outro lado, os grupamentos de semiduráveis (-3,1%) e de não-duráveis (-0,3%) assinalaram os resultados negativos nesse mês, influenciados em grande parte pelos itens calçados de plástico de uso feminino, colchões e calças compridas de uso feminino; e medicamentos, respectivamente.

Índice acumulado no ano varia 0,4%

No índice acumulado para o período janeiro-março de 2014, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou variação positiva de 0,4%, com 16 dos 26 ramos investigados apontando taxas positivas. Os setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (21,2%), indústrias extrativas (3,7%) e produtos alimentícios (2,4%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes vieram dos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos de borracha e material plástico (3,4%) e artigos do vestuário e acessórios (3,7%). Por outro lado, entre as dez atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,3%), produtos de metal (-7,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,6%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o primeiro trimestre de 2014 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (3,4%) e bens de consumo semi e não-duráveis (2,8%), impulsionados especialmente pela maior fabricação de eletrodomésticos da “linha marrom”, no primeiro segmento, e medicamentos e gasolina automotiva, no segundo. Por outro lado, bens de capital (-0,9%) e bens intermediários (-0,6%) assinalaram os resultados negativos no índice acumulado no ano.