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Em novembro, vendas no varejo variam 0,7%

Em novembro, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista do país cresceu 0,7% ...

16/01/2014 07h00 | Atualizado em 16/01/2014 07h00

Em novembro, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista do país cresceu 0,7% e a receita nominal, 1,1% em relação a outubro. O volume de vendas teve seu nono mês consecutivo de crescimento, enquanto a receita nominal se mantém em alta desde março de 2012. As médias móveis do volume e da receita cresceram 0,5% e 0,9%, respectivamente. Em relação a novembro de 2012, as variações foram de 7,0% para o volume e de 13,8% para a receita. Os acumulados no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente, foram 4,3% e 4,4% para o volume de vendas e 12,0% e 11,9% na receita nominal.

No comércio varejista ampliado, na série com ajuste sazonal, houve altas de 1,3% no volume de vendas e de 1,7% na receita nominal. Em relação a novembro de 2012, tanto as vendas quanto a receita subiram: 5,7% e 11,3%, respectivamente. Os acumulados foram de 3,6% no ano e de 3,8% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de 8,8% e 8,7%, respectivamente, para a receita nominal. Mais detalhes sobre a pesquisa em:
https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Em relação a outubro de 2013, na série com ajuste do comércio varejista ampliado, houve altas em nove das 10 atividades pesquisadas, com destaque para Veículos e motos, partes e peças (2,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,6%); Tecidos, vestuário e calçados (1,5%); Móveis e eletrodomésticos (1,5%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%); Combustíveis e lubrificantes (1,1%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%); Livros, jornais, revistas e papelarias (0,6%); Material de construção (0,5%). A única queda foi em Equipamentos de escritório, informática e comunicação (-2,1%).

Em relação a novembro de 2012, cresceu o volume de vendas das oito atividades do comércio varejista, listadas a seguir em ordem de importância na composição da taxa do setor.

O volume de vendas em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 5,7% em relação a novembro de 2012 e continua exercendo o principal impacto (40%) sobre o varejo. A despeito do aumento do poder de compra da população1, a atividade continua abaixo da média, refletindo os preços do setor que, nos últimos doze meses, cresceram acima da inflação2. Os acumulados foram de 1,9% no ano e de 2,3% para os últimos 12 meses.

Móveis e eletrodomésticos cresceu 9,1% sobre novembro de 2012 e exerceu a segunda maior influência no resultado do varejo (17%). Mesmo com as alíquotas de IPI para a linha branca e para móveis sendo gradualmente repostas desde outubro, o setor mostrou resultado superior à média. No ano, o segmento acumula aumento de 5,8% no volume de vendas e, nos últimos 12 meses, 6,1%. Apesar dos incentivos reduzidos, o setor acumula desempenho acima da média do comércio varejista, decorrente do comportamento favorável da renda e do crédito.

Com a terceira maior participação na taxa global do varejo (12%), o volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes cresceu 8,7% em relação a novembro de 2012, acumulando 6,3%, tanto no ano quanto para os últimos 12 meses. Contribuíram para tal desempenho os preços dos combustíveis com variação de 2,5% em 12 meses versus uma inflação de 5,8%.

Com alta de 7,8% em volume de vendas, em relação a novembro de 2012, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o quarto maior impacto (12%) sobre o varejo, acumulando altas 10,3% no ano e 10,1% nos últimos 12 meses. As altas da massa de salários (2,3% sobre novembro de 2012) e a estabilidade do emprego3 vêm mantendo a atividade acima da média.

O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com 12,1% de variação no volume de vendas na relação novembro 2013/novembro 2012 teve a quinta maior contribuição à taxa geral do comércio varejista. Com expansão da ordem de 9,9% no acumulado de janeiro a novembro, sobre igual período de 2012, e de 9,4% no acumulado de 12 meses, a atividade justifica seu desempenho tanto pelo crescimento da massa de rendimento real como pelo caráter de uso essencial de seus produtos.

Tecidos, vestuário e calçados, que teve variação no seu volume de vendas de 5,1% sobre novembro de 2012, foi responsável pela sexta contribuição à taxa global. A atividade acumula taxas de 3,4% no ano e de 3,5% nos últimos 12 meses. Apesar dos preços do setor terem se mantido próximos à inflação (5,6% de variação do item vestuário no acumulados dos últimos 12 meses, contra 5,8%), o desempenho do segmento foi inferior à média geral do varejo.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela sétima contribuição na taxa global, teve alta de 10,4% no volume de vendas, sobre novembro de 2012. Mesmo com o aumento de preços dos microcomputadores4, os indicadores mensal e acumulado no ano (ambos 6,9%) superaram a média do varejo. Mas isso não ocorreu no acumulado dos últimos 12 meses: 2,8%, contra 4,4% do comércio varejista.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria teve influência nula na formação da taxa do varejo, com seus 0,8% de crescimento em relação a novembro de 2012. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses a atividade assinala, respectivamente, taxas de 2,5% e 2,8%. Mesmo com a diversificação na linha de produtos comercializados, principalmente pelas grandes redes de livrarias e papelarias, seus resultados ficaram abaixo da média geral do varejo.

O volume de vendas do comércio varejista ampliado cresceu 5,7% em relação a novembro de 2012, mais que o dobro da taxa observada em outubro (2,2%). Esse desempenho foi afetado pelo aumento do ritmo das vendas de Veículos, motos, partes e peças: 3,3% sobre novembro do ano passado, depois de cair -4,4% em outubro. Tal comportamento pode ser atribuído à antecipação de compras diante da expectativa de reposição parcial das alíquotas de IPI a partir de janeiro de 2014. A atividade acumula altas de 1,5% no ano e de 2,0% nos últimos 12 meses.

Quanto à Material de Construção, as variações foram de 5,1% sobre igual mês do ano anterior e de 7,0% tanto no acumulado do ano como no dos últimos 12 meses. Este desempenho se deve não só ao aumento da oferta de crédito para o setor habitacional, como também ao baixo índice de inadimplência e ao aumento do limite do uso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para financiamentos imobiliários. A redução do IPI, prevista para ser mantida até dezembro, continua estimulando o comportamento do segmento.

RESULTADOS REGIONAIS

Em relação a novembro de 2012, cresceu o volume de vendas de vinte e seis unidades da federação, principalmente em Rondônia (16,9%), Acre (13,7%); Maranhão (13,4%), Paraíba (12,0%) e Paraná (10,0%). A única queda foi em Roraima (-1,3%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques foram São Paulo (6,4%); Rio de Janeiro (8,8%); Paraná (10,0%); Minas Gerais (5,3%) e Rio Grande do Sul (5,1%).

Quanto ao volume de vendas do varejo ampliado, ainda na comparação com novembro de 2012, vinte e três unidades da federação apresentaram altas, com as maiores taxas ocorrendo no Acre (14,1%); Rio de Janeiro (10,1%); Rio Grande do Norte (10,0%); Alagoas (9,7%) e Paraná (9,2%). Já os destaques negativos foram Roraima (-5,1%) e Amapá (-4,9%). As maiores contribuições para o resultado positivo do setor vieram de São Paulo (5,8%); Rio de Janeiro (10,1%), Rio Grande do Sul (9,1%); Paraná (9,2%) e Santa Catarina (5,1%).

Em volume de vendas, com relação a outubro de 2013, os resultados com ajuste sazonal, mostram vinte e uma unidades da federação em alta, com as maiores variações ocorrendo em Tocantins (6,9%), Acre (5,7%), Mato Grosso do Sul (4,0%) e Roraima (3,5%). Já as maiores taxas negativas foram no Piauí (-0,8%) e Santa Catarina (-0,5%).

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1 A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados cresceu 2,3%, em novembro, em relação a novembro de 2012, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego.

2 O aumento dos preços na atividade, medido pelo Grupo Alimentação no domicílio, do I|PCA, nos últimos 12 meses, foi de 8,1%, contra a inflação média de 5,8%.

3 A taxa de desocupação de novembro de 2013 frente a novembro de 2012 (4,9%) não teve variação estatisticamente significativa, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.

4No IPCA acumulado em 12 meses, os preços de microcomputadores subiram 5,6% em novembro de 2013, contra uma deflação de -4,6% em novembro de 2012.