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Vendas no varejo variam 0,2% em junho e acumulam 7,3% no primeiro semestre

Em junho, o comércio varejista do país apresentou variação de 0,2% para o volume de vendas e 0,6% para a receita nominal,...

11/08/2011 06h01 | Atualizado em 11/08/2011 06h01

Em junho, o comércio varejista do país apresentou variação de 0,2% para o volume de vendas e 0,6% para a receita nominal, na relação mês/mês anterior com ajuste sazonal, completando dois meses de resultados positivos no que tange ao volume de vendas (após a queda de abril) e crescimento da receita nominal de vendas pelo décimo quinto mês consecutivo. Nas séries sem ajuste sazonal, as taxas para o volume de vendas foram de 7,1% sobre junho/2010 e de 7,3% e 8,9% nos acumulados do primeiro semestre deste ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 12,1%, 12,2% e de 13,3%, respectivamente. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Entre as atividades, cinco têm taxas positivas

Na série com ajuste sazonal, cinco das oito atividades que compõem o varejo tiveram variações positivas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,1%); Tecidos vestuário e calçados (3,0%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,5%); Material de Construção (1,0%); Combustíveis e lubrificantes (0,2%). As variações negativas foram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%); Móveis e eletrodomésticos (-0,2%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%); e Veículos e motos, partes e peças (-0,7%).

Já na relação junho11/junho10 (série sem ajuste), todas as oito atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram as seguintes: 16,3% para Móveis e eletrodomésticos; 2,7% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 12,0% em Tecidos, vestuário e calçados; 34,3% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; 12,4% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 3,2% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 1,1% para Combustíveis e lubrificantes e 8,9% para Livros, jornais, revistas e papelaria.

Móveis e eletrodomésticos, com alta de 16,3% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, foi responsável pela principal contribuição (37%) da taxa global do varejo. A atividade teve seu resultado explicado pela manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, bem como pela queda dos preços dos eletrodomésticos (-5,8%, nos últimos 12 meses, para Aparelhos eletrônicos no IPCA do IBGE), contrapondo, assim, aos efeitos das medidas macroprudenciais implementadas pelo governo. No acumulado do ano a taxa foi de 17,7% e nos últimos 12 meses, de 17,1%.

A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de 2,7% no volume de vendas em junho, sobre igual mês do ano anterior, foi responsável pela segunda maior contribuição da taxa do varejo (18%). Este desempenho foi influenciado pelo aumento do poder de compra da população. Porém, o resultado abaixo da média pode ser atribuído ao comportamento dos preços no setor, que cresceram acima da média no período de 12 meses registrando 8,0% no grupo Alimentação no Domicilio, versus 6,7% da inflação global medida pelo IPCA. Em termos de acumulado, nos primeiros seis meses do ano a atividade apresentou crescimento de 3,9% e nos últimos 12 meses, variação de 5,8%.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que apresentou variação no volume de vendas em 12,0% com relação a igual mês do ano anterior, foi responsável pela terceira maior contribuição à taxa global do varejo (13,5%). Este resultado, acima da média, surpreende, porque o segmento mostra um comportamento crescente dos preços (variação de 8,7% no grupo Vestuário, comparado com o índice geral de 6,7%, segundo o IPCA), ao longo dos últimos 12 meses. Em termos acumulados, os resultados foram de 7,8% para o primeiro semestre do ano e de 9,6% para os últimos 12 meses.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo quarto maior impacto na formação da taxa global (13%), obteve acréscimo no volume de vendas, em junho, da ordem de 34,3% sobre igual mês do ano anterior e taxas acumuladas no semestre de 14,6% e nos últimos 12 meses de 18,7%. Trata-se da atividade com o maior patamar de crescimento este mês. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destaca-se a redução de preços de produtos do gênero, por exemplo, -13,6% para microcomputadores e -6,1% em aparelhos telefônicos, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA, conjugada com a, ainda, facilidade de financiamento e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na taxa global do varejo, teve crescimento de 12,4% na comparação com junho do ano passado, e taxas acumuladas de 10,5% no semestre e de 11,1% para os últimos 12 meses. A expansão da massa de salários e crédito, somada ao caráter de uso essencial de seus produtos, são os principais fatores explicativos do desempenho do segmento.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o sexto maior impacto na formação da taxa do varejo, com variação de 3,2% no volume de vendas em relação a junho de 2010. O resultado mostra que a atividade continua sendo bastante influenciada pela evolução da massa de salários nos últimos 12 meses. A taxa para o primeiro semestre do ano foi da ordem de 6,5% e, para os últimos 12 meses, de 9,2%.

A sétima maior contribuição para o resultado do varejo coube ao segmento de Combustíveis e lubrificantes, com 1,1% de variação do volume de vendas em relação a junho de 2010. A taxa de variação chegou aos 2,8% no semestre, e a 5,2% nos últimos 12 meses. Mesmo com a queda nos preços nos últimos dois meses, atribui-se este resultado mensal, abaixo da média, aos aumentos nos preços da gasolina e, principalmente do etanol, ao longo dos últimos 12 meses (variação de 10,2% no item Combustíveis para veículos, no IPCA).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 8,9%, teve o oitavo maior impacto no resultado do varejo. A variação do volume de vendas acumulado no semestre foi de 8,6% e de 12,1% para os últimos 12 meses. Os resultados podem ser explicados pelo comportamento positivo da massa salarial, bem como pela diversificação na linha de produtos comercializados, principalmente nas grandes redes de livrarias e papelarias.

Volume de vendas do varejo ampliado varia 0,5%

O Comércio Varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou crescimento em relação ao mês anterior com variação de 0,5% para o volume de vendas e de 1,2% para a receita nominal, ambas as taxas com o ajustamento sazonal. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 9,5% para o volume de vendas e de 12,0% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 9,2% e 11,0% para o volume e de 12,0% e 13,8% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 13,2% em relação a junho de 2010, acumulando no semestre e nos últimos doze meses variações de 12,1% e 14,2%, respectivamente. Redução de preços em função da concorrência justifica tais variações a despeito das medidas macroprudenciais promulgadas pelo governo.

Quanto a Material de Construção, as variações no volume de vendas foram de 13,3% na relação junho11/junho10, de 12,6% no acumulado do semestre, e de 14,0% nos últimos 12 meses. Resultados estes atribuídos ao crescimento do crédito à casa própria, maturação dos investimentos do programa governamental “Minha Casa Minha Vida”, bem como na manutenção do emprego e crescimento da renda.

Todas as UFs têm resultados positivos na comparação com junho de 2010

Todas as vinte e sete Unidades da Federação apresentaram resultados positivos na comparação com junho de 2010. Os destaques em termos de variações positivas do volume de vendas foram Tocantins (25,7%); Paraíba (14,2%); Pará (10,5%); Bahia (10,4%); Rondônia (10,3%) e Pernambuco com variação de 10,0%. Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (6,5%); Rio de Janeiro (6,5%); Minas Gerais (8,18%); Rio Grande do Sul (8,3%); Bahia (10,4%) e Paraná (6,9%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Espírito Santo (18,1%); Tocantins (15,9%); Pará (13,7%); Maranhão (11,6%); Alagoas (11,5%) e Paraná com variação de 11,4%. Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (9,0%); Rio de Janeiro (10,7%); Minas Gerais (8,5%); Paraná (11,4%); Rio Grande do Sul (9,2%) e Espírito Santo (18,1%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam dezenove estados com variações positivas, na comparação mês/mês anterior, sendo os destaques: Amapá (10,4%); Alagoas (3,3%); Tocantins (3,1%); Paraíba (2,6%); Pará (2,2%) e Ceará (1,9%).