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IBGE lança coleção de publicações científicas sobre sua Reserva Ecológica

Será lançado hoje, 2 de junho, o primeiro volume da coleção “Reserva Ecológica do IBGE”, que apresenta...

02/06/2011 07h01 | Atualizado em 02/06/2011 07h01

Será lançado hoje, 2 de junho, o primeiro volume da coleção “Reserva Ecológica do IBGE”, que apresenta, em 28 capítulos, os conhecimentos produzidos por diferentes pesquisas sobre biodiversidade terrestre na área protegida mantida pelo Instituto e sua importância no bioma Cerrado. A publicação reúne textos de 58 pesquisadores ligados ao IBGE, a outras instituições brasileiras ou que desenvolvem pesquisas na reserva com financiamento governamental brasileiro e/ou estrangeiro. O lançamento do livro será às 10h no auditório do andar térreo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em Brasília. O livro poderá ser adquirido na Loja Virtual do IBGE: https://www.ibge.gov.br/lojavirtual/

O primeiro volume – de um total de três – da série “Reserva Ecológica do IBGE” traz 28 capítulos divididos em quatro partes. As três partes iniciais retratam os diferentes níveis de organização da biodiversidade abordados nos estudos: Paisagens Terrestres, Ecossistemas Terrestres e Biota Terrestre. Na quarta parte são apresentadas informações sobre o acervo de coleções científicas da flora e fauna terrestres da área e a informatização, além de um apêndice contendo as listas de espécies de todos os grupos bióticos terrestres estudados na Reserva Ecológica do IBGE (RECOR).

A RECOR, criada em 1975, foi resultado de um projeto pioneiro com o objetivo de fornecer subsídios científicos para o planejamento territorial sustentável da região Centro-Oeste, a nova fronteira agrícola do país à época. Seguindo diretrizes estabelecidas na 1ª Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, o IBGE transformou sua unidade de pesquisas geodésicas em Brasília em uma área protegida e instituiu um programa de pesquisas ecológicas para o bioma Cerrado, o segundo maior Bioma brasileiro. Esse bioma ocupa uma área de quase dois milhões de quilômetros quadrados, é extremamente rico em recursos hídricos e tem características biológicas únicas no mundo.

Atualmente, a RECOR faz parte do grupo de elite das estações de pesquisas ecológicas no mundo. Ela abriga 15 espécies da fauna ameaçadas de extinção (sendo duas de ocorrência exclusiva na área protegida) e apresenta uma diversidade de espécies vegetais e animais comparável à de algumas das maiores florestas do planeta. É uma referência essencial na compreensão da biodiversidade, da estrutura e funcionamento dos ecossistemas do bioma Cerrado. Seu grande diferencial é oferecer a possibilidade de realização de experimentos controlados (a maior parte das áreas protegidas não permite intervenções desse tipo, nem mesmo para experiências científicas). Na RECOR, são realizadas, entre outras, experiências sobre os efeitos de queimadas, desmatamento, correções do solo para a agricultura, irrigação e seca, que ajudam a compreender melhor os desdobramentos das mudanças climáticas e das alterações provocadas pelo uso da terra e pela intervenção humana no bioma Cerrado.