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Emprego industrial varia -0,1% em janeiro

Em janeiro de 2011, o emprego industrial repetiu a ligeira variação negativa de 0,1% observada no mês anterior...

11/03/2011 06h01 | Atualizado em 11/03/2011 06h01

Em janeiro de 2011, o emprego industrial repetiu a ligeira variação negativa de 0,1% observada no mês anterior, na série livre de influências sazonais, após apontar variação positiva de 0,1% em outubro e novembro de 2010. Este quadro de estabilidade refletiu o menor dinamismo da produção industrial observado a partir do segundo trimestre do ano passado. Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial permaneceu positivo pelo 12º mês seguido, com perfil generalizado de expansão, mas com redução no ritmo de crescimento, já que o resultado de janeiro de 2011 (2,7%) não só apontou redução no ritmo frente ao último trimestre do ano passado (3,6%), mas também foi o menos intenso desde março de 2010 (2,4%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, cresceu 3,7%, resultado mais elevado desde o início da série histórica.

 

No confronto janeiro 2011/janeiro 2010, o contingente de trabalhadores avançou nas 14 áreas investigadas e em 12 dos 18 setores. Os destaques ficaram com São Paulo (2,0%), Minas Gerais (4,2%), região Norte e Centro-Oeste (4,4%) e região Nordeste (2,1%). Na indústria paulista, as influências positivas mais significativas vieram de meios de transporte (7,6%), máquinas e equipamentos (5,7%) e têxtil (10,6%). Em Minas Gerais, meios de transporte (11,4%), produtos de metal (12,8%), borracha e plástico (17,7%) e indústrias extrativas (9,4%) foram os setores mais expressivos. Já na região Norte e Centro-Oeste, os maiores ganhos vieram de produtos de metal (36,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (23,4%) e minerais não metálicos (9,7%), enquanto no setor industrial nordestino, os impactos em minerais não metálicos (13,3%), calçados e artigos de couro (3,3%), borracha e plástico (12,5%) e vestuário (4,0%) foram os mais relevantes.

Em termos setoriais, na comparação com igual mês do ano anterior, houve expansão em 12 dos 18 ramos investigados. As pressões positivas mais importantes vieram das atividades de meios de transporte (8,2%), de produtos de metal (8,9%), de máquinas e equipamentos (7,4%), de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,6%) e de metalurgia básica (9,0%), enquanto papel e gráfica (-8,1%) e vestuário (-2,8%) apontaram os principais impactos negativos.

A redução no ritmo de crescimento do emprego industrial na passagem do quarto trimestre do ano passado (3,6%) para o primeiro mês do ano (2,7%) se repetiu em 16 dos 18 ramos, com destaque para calçados e artigos de couro, que passou de 2,9% no último trimestre de 2010 para –0,4% em janeiro de 2011, borracha e plástico (de 8,5% para 5,5%), máquinas e equipamentos (de 9,6% para 7,4%), outros produtos da indústria de transformação (de 6,6% para 4,9%) e papel e gráfica (de –6,9% para –8,1%). Entre os locais, 12 das 14 áreas investigadas apontaram, em janeiro de 2011, ritmo abaixo do registrado no último trimestre do ano passado, com destaque para Pernambuco (de 5,3% para 0,2%), Bahia (de 6,6% para 3,9%), Espírito Santo (de 5,5% para 3,1%), Rio de Janeiro (de 6,3% para 3,9%) e região Nordeste (de 4,2% para 2,1%). Em sentido oposto, dois locais mostraram crescimento no total do pessoal ocupado na indústria: região Norte e Centro-Oeste (de 3,7% para 4,4%) e Minas Gerais (de 4,0% para 4,2%).

Número de horas pagas é 0,1% menor que em dezembro de 2010

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em janeiro de 2011, teve variação negativa de 0,1% frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após assinalar avanços de 0,3% em novembro e dezembro.

Na comparação com janeiro de 2010, houve avanço de 2,8%, menor crescimento desde fevereiro de 2010 (1,7%). A taxa anualizada, ao passar de 4,1% em dezembro de 2010 para 4,3% em janeiro de 2011, manteve a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2009, sendo a maior expansão desde o início da série histórica.

O número de horas pagas obteve taxas positivas em 13 dos 14 locais e em 11 dos 18 ramos pesquisados no confronto com igual mês do ano anterior. Em termos setoriais, as principais contribuições positivas vieram de meios de transporte (8,9%), produtos de metal (10,3%), máquinas e equipamentos (7,0%), minerais não metálicos (8,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,7%). Em sentido contrário, papel e gráfica (-9,1%), vestuário (-2,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,3%) exerceram as pressões negativas mais importantes sobre o total da indústria.

Ainda no indicador mensal, os maiores impactos positivos foram São Paulo (1,9%), Minas Gerais (5,0%), região Norte e Centro-Oeste (5,8%), Paraná (3,5%) e Santa Catarina (3,0%). No primeiro, 11 segmentos aumentaram o número de horas pagas, com destaque para meios de transporte (10,3%), têxtil (13,0%) e máquinas e equipamentos (6,2%). Na indústria mineira, produtos de metal (13,4%) e meios de transporte (8,0%) exerceram as maiores influências positivas, enquanto na região Norte e Centro-Oeste, produtos de metal (43,8%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (28,1%) assinalaram as pressões positivas mais relevantes. Nas indústrias do Paraná e de Santa Catarina sobressaíram alimentos e bebidas (7,4%) e meios de transporte (11,5%), no primeiro local, e vestuário (6,2%) e máquinas e equipamentos (9,8%), no segundo. Já o Ceará (-1,4%) teve a única taxa negativa, pressionado pela redução no número de horas pagas no setor de calçados e couro (-9,4%).

O movimento de menor dinamismo observado entre janeiro de 2011 (2,8%) e o último trimestre do ano anterior (3,7%) também está presente em 14 ramos industriais, com destaque para máquinas e equipamentos, que passou de 11,9% nos últimos três meses do ano passado para 7,0% em janeiro de 2011, calçados e couro (de 1,9% para –1,5%) e alimentos e bebidas (de 0,5% para –0,4%). Entre os locais, 12 das 14 áreas assinalaram menor dinamismo entre o último trimestre do ano passado e janeiro de 2011, com destaque para Pernambuco (de 5,8% para 0,3%), Ceará (de 1,8% para –1,4%), Rio de Janeiro (de 5,5% para 3,0%) e região Nordeste (de 3,5% para 1,1%).

Valor da folha de pagamento real cresce 5,1% em janeiro de 2011

Em janeiro de 2011, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 5,1% em relação ao mês imediatamente anterior, após ter acumulado queda de 4,4% nos dois últimos meses de 2010.

No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real avançou 7,1%, 13ª taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. A taxa anualizada, cresceu 0,4 ponto percentual, ao passar de 6,9% em dezembro para 7,3% em janeiro, mantendo a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2009 (-2,4%). O resultado de janeiro é o mais elevado desde maio de 2005 (7,5%).

No indicador mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu 7,1%, com resultados positivos nos 14 locais pesquisados. A principal influência foi observada em São Paulo (6,1%), em função do aumento do valor real da folha de pagamento em meios de transporte (11,9%), máquinas e equipamentos (12,0%) e produtos químicos (14,9%). Outras contribuições relevantes vieram de Minas Gerais (18,3%), impulsionado pelos setores de meios de transporte (55,0%), de máquinas e equipamentos (26,3%) e de metalurgia básica (9,8%); de Rio de Janeiro (7,1%), por conta de meios de transporte (30,0%), indústrias extrativas (12,0%) e metalurgia básica (21,7%); e Paraná (7,4%), em razão dos ganhos vindos de meios de transporte (24,4%), de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (27,0%) e de produtos químicos (16,4%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu em 14 dos 18 setores industriais, com destaque para meios de transporte (17,5%), máquinas e equipamentos (12,2%), produtos químicos (11,9%), produtos de metal (11,1%) e alimentos e bebidas (3,7%). Por outro lado, papel e gráfica (-10,9%) e madeira (-2,6%) exerceram os maiores impactos negativos sobre o total da indústria.

O valor da folha de pagamento real reduziu ligeiramente o ritmo de crescimento na passagem do quarto trimestre de 2010 (7,9%) para janeiro de 2011 (7,1%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Este movimento foi observado em 14 dos 18 setores e em dez dos 14 locais investigados. Entre os setores, destacaram-se indústrias extrativas, que passou de uma expansão de 18,4% no quarto trimestre de 2010 para 5,1% em janeiro de 2011, papel e gráfica (de –1,2% para –10,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 12,5% para 7,0%). Entre os locais, a região Norte e Centro-Oeste (de 10,0% para 3,5%), Rio Grande do Sul (de 11,1% para 5,4%) e Bahia (de 6,9% para 1,6%) apontaram as maiores perdas de ritmo entre esses dois períodos.