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Produção industrial cai em nove das 14 regiões pesquisadas em junho

Na passagem de maio para junho, nove dos 14 locais pesquisados apresentaram taxas negativas, já descontadas as influências sazonais, acompanhando a queda observada na média do país (-1%)...

06/08/2010 06h01 | Atualizado em 06/08/2010 06h01

Na passagem de maio para junho, nove dos 14 locais pesquisados apresentaram taxas negativas, já descontadas as influências sazonais, acompanhando a queda observada na média do país (-1%). As maiores quedas foram registradas por Goiás (-9,2%) e Bahia (-6%), seguidos por região Nordeste (-3,5%), Minas Gerais (-3,3%), Pernambuco (-2,3%), Santa Catarina (-2,1%) e Paraná (-1,7%). Com queda abaixo da média nacional ficaram São Paulo (-0,6%) e Pará (-0,3%), enquanto o Rio de Janeiro se manteve estável (0%). As quatro áreas que registraram avanço na produção foram Espírito Santo (4,9%), Amazonas (2,4%), Rio Grande do Sul (1,5%) e Ceará (0,7%).

O índice de média móvel trimestral para o total nacional recuou 0,7% entre maio e junho, interrompendo a evolução positiva deste indicador presente desde março do ano passado. Em termos regionais, 12 dos 14 locais pesquisados acompanharam esse movimento, com destaque para as perdas observadas em Goiás (-3%), Amazonas (-2,1%) e Pernambuco (-1,5%). Na comparação do trimestre com o imediatamente anterior, ainda na série com ajustamento sazonal, a produção industrial cresce há cinco períodos consecutivos, mas apresenta diminuição no ritmo de crescimento, ao passar de 4,1% no último trimestre do ano passado e 3% no primeiro deste ano para 1,4% no segundo trimestre deste ano. Em termos regionais, com exceção da Bahia, que passou de 0,6% no período janeiro-março para 0,7% em abril-junho, todos os locais pesquisados acompanharam esse movimento, com destaque para as reduções vindas de Goiás (de 13,7% para -2,9%), Amazonas (de 11,1% para -2,1%) e Espírito Santo (de 6,6% para -1,4%).

Os resultados de junho mostraram um quadro positivo para a produção industrial regional no fechamento do primeiro semestre de 2010. A expansão da atividade em nível nacional nos primeiros seis meses de 2010 (16,2%) alcançou os 14 locais pesquisados, com oito registrando avanços acima da média do país. Os destaques, em termos de magnitude da taxa, foram Espírito Santo (36,9%) e Amazonas (28,2%), seguidos por Minas Gerais (22,4%), Goiás (21,1%), Paraná (19,6%), Pernambuco (18%) e Ceará (17,1%). No desempenho positivo destes locais confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo de 2010, com o maior dinamismo dos setores produtores de bens de capital e de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos) e das atividades associadas às commodities exportadas (minérios de ferro e siderurgia), confrontados com uma baixa base de comparação, quando a indústria nacional apontou recuo de 13,4% no fechamento do primeiro semestre de 2009. Os demais resultados positivos foram: São Paulo (15,3%), região Nordeste (14,1%), Bahia (13,7%), Santa Catarina (12,3%), Rio Grande do Sul (11,3%), Rio de Janeiro (10,8%) e Pará (8,8%).

Na análise trimestral, todos os locais registraram taxas positivas no confronto do segundo trimestre de 2010 com igual período de 2009. Em nível nacional, a atividade industrial mostrou diminuição no ritmo de crescimento na passagem dos três primeiros meses de 2010 (18,2%) para o segundo trimestre do ano (14,3%). Oito dos 14 locais investigados apontaram o mesmo movimento entre esses dois períodos, com Espírito Santo (de 44,1% para 30,5%), Goiás (de 26,5% para 16,4%), Rio Grande do Sul (de 15,6% para 7,5%) e Amazonas (32,3% para 24,3%) assinalando as principais reduções na intensidade do crescimento. São Paulo, com a estrutura industrial mais diversificada entre os locais investigados, também acompanhou o movimento nacional entre o primeiro e segundo trimestre, ao passar de 18,1% para 12,9%. Paraná (de 12,8% para 26,4%%) foi o local que mostrou o ganho mais acentuado entre os dois períodos.

Nos índices de junho frente ao mesmo mês de 2009, o quadro também foi positivo, uma vez que todos os locais pesquisados apontaram expansão. As taxas positivas oscilaram entre os 41,3% do Paraná e o 1,9% da Bahia. Acima da média nacional (11,1%), além do Paraná, destacaram-se Espírito Santo (35,2%), Amazonas (22,8%), Ceará (20,6%), Pernambuco (17,6%) e Minas Gerais (12,9%). Os demais resultados positivos foram região Nordeste e São Paulo (ambos com 9,9%), Rio de Janeiro (8,7%), Rio Grande do Sul (7,8%), Santa Catarina (6,8%), Pará (2,2%) e Goiás (2%).