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IPCA-15 de dezembro fica em 0,38% e IPCA-E fecha ano em 4,18%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,38 % em dezembro...

23/12/2009 07h01 | Atualizado em 23/12/2009 07h01

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,38 % em dezembro, inferior à taxa de 0,44% de novembro. Com isso, o acumulado do ano, que constitui-se no IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial), ficou em 4,18%, bem abaixo dos6,10 % de 2008. Em dezembro de 2008, o IPCA-15 fora de 0,29%. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de novembro a 11 de dezembro e comparados com aqueles vigentes de14 de outubro a 13 de novembro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em períodos.

A redução no IPCA-15 de dezembro deve-se, principalmente, à desaceleração de preços dos alimentos, que, da taxa de 0,39%, de novembro, passaram para 0,17% em dezembro. O arroz (-0,75%) com feijão (-2,19% o preto e -2,18% o carioca) ficou mais barato para o consumidor, assim como o tomate (-19,83%), leite pasteurizado (-5,31%), carnes (-1,03%) e outros produtos importantes no orçamento familiar.

Já os produtos não alimentícios apresentaram taxa de 0,44% em dezembro, muito próxima à registrada no mês de novembro (0,45%). Conforme mostra a tabela a seguir, além de Alimentação e Bebidas, os grupos Artigos de Residência, Transportes e Comunicação mostraram desaceleração de preços de novembro para dezembro.

Em dezembro, o destaque ficou com as passagens aéreas, cuja alta atingiu 46,56%, registrando a maior contribuição de dezembro: 0,12 ponto percentual. As passagens aéreas, que também aumentaram 18,03% em novembro, fecharam o ano com alta de 37,63% tendo em vista a redução ocorrida nos preços em meses anteriores.

Mesmo com alta na aviação, o grupo Transporte apresentou desaceleração de um mês para o outro. Isto ocorreu devido, principalmente, à redução no ritmo de crescimento nos automóveis novos (de 1,11% para 0,60%), do álcool (de 9,13% para 2,08%) e da gasolina (de 1,36% para 0,33%), além da queda de preços verificada nos automóveis usados (de -0,12% para -0,92%) e seguro voluntário de veículos (de 3,38% para -2,89%).

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Brasília (0,96%), onde o as passagens aéreas tiveram alta de 52,53%. O menor foi o de Salvador (0,06%), influenciado, principalmente, pelos resultados da gasolina (-3,43%), álcool (-4,21%) e automóvel usado (-2,73%). Abaixo, os índices regionais no trimestre.

No ano, o maior índice foi registrado também em Brasília (5,05%) em razão, basicamente, da alta das passagens aéreas (58,95%), além do aluguel (8,08%) e condomínio (9,07%). O menor índice regional foi o de Goiânia (3,23%), onde os alimentos (1,32%) apresentaram a menor variação entre as regiões pesquisadas.

Dos 384 itens pesquisados, apenas 20 foram responsáveis por cerca de 80% da taxa de 4,18% referente ao índice acumulado do ano. São eles:

Com alta de 8,46%, as refeições consumidas fora de casa lideraram as principais contribuições no ano, com 0,35 ponto percentual, embora Alimentação e Bebidas (3,08%) tenha ficado abaixo do índice geral e bem abaixo do resultado do ano anterior (11,57%), conforme mostra a tabela de grupos.

Quanto aos produtos não alimentícios, ficaram em 4,51%, acima do índice geral e muito próximo do resultado do ano anterior (4,49%). O grupo Despesas Pessoais (7,82%) apresentou a maior variação, com destaque para os salários dos empregados domésticos (8,73%), cigarro (26,99%) e cabeleireiro (7,97%). O menor resultado ficou com o grupo Comunicação (1,11%).