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Em junho, vendas do varejo cresceram 1,3% e a receita nominal, 2,5%

Essas taxas, da série com ajuste sazonal, continuam positivas, assim como as relativas a junho de 2007: 8,2% no volume de vendas e de 15,2% na receita nominal. ...

14/08/2008 06h01 | Atualizado em 14/08/2008 06h01

Essas taxas, da série com ajuste sazonal, continuam positivas, assim como as relativas a junho de 2007: 8,2% no volume de vendas e de 15,2% na receita nominal. O volume de vendas acumulou 10,6% no semestre (maior taxa desde 2001) e 10,1% nos últimos 12 meses, enquanto a receita nominal acumulou 15,9% e 14,5%, respectivamente. Na série ajustada, apenas um entre os dez setores analisados do varejo teve queda no volume de vendas: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,8%). Na série sem ajuste, os dez setores cresceram: Equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (40,1%) teve a maior alta e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%), a menor. No segundo trimestre de 2008 as vendas do varejo cresceram 9,4% em relação ao mesmo período de 2007, menos que no trimestre anterior (11,8%) e que no último trimestre de 2007 (9,8%).

Em junho de 2008, o Comércio Varejista do País manteve-se em crescimento, com taxas de 1,3% para volume de vendas e de 2,5% para a receita nominal, na série com ajuste sazonal (em relação ao mês anterior), que, pelo quarto mês consecutivo, permanece com taxas positivas.

Na série sem ajuste sazonal o volume de vendas do varejo nacional cresceu 8,2% sobre junho do ano anterior, acumulando 10,6% nos seis primeiros meses do ano e 10,1% nos últimos 12 meses. As taxas dos mesmos indicadores, para a receita nominal de vendas, foram 15,2%, 15,9% e 14,5%, respectivamente.

RESULTADOS SETORIAIS

Para o volume de vendas com ajuste sazonal, nove das dez atividades pesquisadas cresceram: Combustíveis e lubrificantes (2,1%); Veículos e motos, partes e peças (1,7%); Tecidos, vestuário e calçados (1,7%); Livros, jornais, revistas e papelaria (1,5%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%); Material de construção (1,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,0%); Móveis e eletrodomésticos (0,4%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,8%. Já em relação a junho de 2007 (série sem ajuste), o volume de vendas cresceu em todo o varejo: Móveis e eletrodomésticos (16,1%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,3%); Combustíveis e lubrificantes (12,8%); Tecidos, vestuário e calçados (10,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%); Equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (40,1%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (8,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (12,3%).

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 16,1% no volume de vendas em relação a junho de 2007, proporcionou o principal impacto sobre a taxa do Comércio Varejista, sendo responsável por 30% da magnitude desta (Tabela 3). No acumulado do ano a taxa foi de 18,5% e nos últimos 12 meses, de 16,5%. Esses resultados são não só positivos como superiores à média estabelecida no varejo, e continuam sendo explicados pela expansão do crédito; melhoria dos salários e redução dos preços dos eletroeletrônicos.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc. exerceu o segundo maior impacto sobre a taxa do varejo, com variação de 19,3% no volume de vendas em relação a junho de 2007 e responsável por 18% da taxa geral. Esse resultado mostra que a atividade continua sendo influenciada pelo quadro geral positivo da economia, acumulando no ano 21,5% e nos últimos 12 meses, 21,7%.

Em junho, a terceira maior contribuição para o resultado do varejo coube ao segmento de Combustíveis e lubrificantes, com 12,8% de variação do volume de vendas em relação a junho de 2007 e respondendo por 16% da taxa global do varejo. O acumulado no ano foi de 8,3%, e nos últimos 12 meses, 6,5%. Atribui-se este comportamento à estabilidade de preços dos combustíveis e às condições econômicas do País.

O volume de vendas de Tecidos, vestuário e calçados cresceu 10,2% em relação a junho de 2007 e foi responsável pela quarta maior contribuição à taxa do varejo. Esse resultado, provavelmente devido à antecipação das liquidações de inverno, faz as variações da atividade retornarem ao patamar dos dois dígitos, como nos quatro primeiros meses do ano, acumulando 11,6% no ano e 11,3% nos últimos 12 meses.

O segmento Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5% no volume de vendas em relação a junho de 2007) foi responsável pela quinta maior contribuição à taxa do varejo. Esse resultado, bem abaixo do comportamento médio da atividade ao longo do primeiro semestre, pode estar refletindo o efeito da inflação sobre o consumo de produtos alimentícios. Este fato pode não ter sido perceptível nos dois meses anteriores em função de datas comemorativas com muitas vendas, como Páscoa, Dia das Mães e Corpus Christi. Os acumulados no ano e nos últimos 12 meses foram, igualmente, 5,9%.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo sexto maior impacto sobre a taxa global, teve alta de 40,1%no volume de vendas, sobre junho do ano anterior, acumulando 30,9% (ano) e 33,4% (12 meses). Foi a atividade com o maior patamar de crescimento este mês. Dentre as determinantes deste desempenho estão as reduções de preços conjugadas com facilidades de financiamento, e a importância crescente dos produtos de informática e comunicação nos hábitos de consumo das famílias.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a sétima maior participação na taxa global do varejo, cresceu 8,9% na comparação com junho do ano passado, e taxas acumuladas de 12,8% no semestre e de 11,7% para os últimos 12 meses. A expansão da massa de salários e crédito e ampliação das vendas dos produtos genéricos são os principais fatores desse desempenho positivo.

A atividade Livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 12,3% e, mais uma vez,exerceu a menor influência sobre o varejo, acumulando 11,4% (ano) e 9,9% (12 meses), também devido ao quadro geral da economia.

O volume de vendas do Comércio Varejista ampliado cresceu 1,3% em relação a maio, e a receita nominal, 2,2%, na série com ajuste sazonal. Em relação a junho de 2007 (sem ajuste), houve altas de 14,1% para o volume de vendas e de 20,2% para a receita. No acumulado do semestre e dos últimos 12 meses as taxas foram de 14,3% e 13,9% para o volume e de 19,1% e 17,8% para a receita nominal, respectivamente.

O volume de vendas de Veículos, motos, partes e peças cresceu 26,5% em relação a junho de 2007, acumulando no semestre e nos últimos doze meses, igualmente, 22,3%. A atividade continua a dar a principal contribuição para a taxa global do varejo ampliado (60%). Menores juros, maiores prazos de financiamento e as expectativas positivas quanto à manutenção do emprego ainda favorecem a expansão das vendas do ramo.

Quanto a Material de Construção, as variações foram de 9,6% na relação junho08/junho07 e de 11,1% no acumulado do semestre, e de 11,4% nos últimos 12 meses. Tal desempenho resulta do quadro favorável da economia, especialmente no que se refere a crédito e massa de salários, combinado com medidas oficiais de incentivo à construção civil.

RESULTADOS REGIONAIS

Das vinte e sete Unidades da Federação, apenas três apresentaram quedas em relação a junho de 2007: Sergipe (-2,6%); Amazonas (-0,8%) e Pará (-0,6%). As maiores altas do volume de vendas foram Roraima (15,4%); Mato Grosso (12,6%); São Paulo (12,3%); Goiás (9,9%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (12,3%); Rio de Janeiro (8,2%); Minas Gerais (6,3%); Rio Grande do Sul (7,3%) e Paraná (4,2%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram no Espírito Santo (27,1%); Goiás (25,2%); Acre (24,9%); Rondônia (24,7%) e Amapá (23,4%). Em termos de impacto no resultado global, os destaques foram os estados de São Paulo (17,4%); Rio de Janeiro (10,8%); Minas Gerais (12,7%); Rio Grande do Sul (15,2%) e Santa Catarina (15,4%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam dezoito estados com variação positiva, na comparação mês/mês anterior, sendo os destaques: Rondônia (3,3%); Goiás (2,4%); Mato Grosso (1,9%); Bahia (1,4%); Minas Gerais (1,4%) e Espírito Santo (1,4%).

ANÁLISE TRIMESTRAL

A variação de 9,4% no Comércio varejista, no segundo trimestre do ano de 2008 em relação ao mesmo período de 2007, ficou abaixo não só da variação do primeiro trimestre do ano (11,8%), como também do último trimestre do ano anterior (9,8%). Comparando-se os dois primeiros trimestres de 2008 obtém-se: altas para Combustíveis e lubrificantes, que evoluiu de 5,2% para 11,3%; Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de 29,2% para 32,4%); e Móveis e eletrodomésticos (de 17,3% para 19,6%). Já as quedas ocorreram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 8,4% para 3,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 28,3% para 15,6%); Tecidos, vestuário e calçados (de 13,3% para 10,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (de 13,2% para 12,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (de 11,5% para 11,4%).

No Comércio varejista ampliado, a variação do segundo trimestre (13,8%) foi inferior à do primeiro (14,8%) por influência das demais atividades, pois as taxas de Veículos, motos, partes e peças (de 21,4% para 23,2%) e de Material de construção (de 10,9% para 11,3%) foram maiores no segundo trimestre.

RESULTADOS SEMESTRAIS

O primeiro semestre do ano de 2008 apresentou um crescimento de 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Resultado este superior, não só ao do segundo semestre de 2007 (9,6%) como também de toda a série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (Gráfico 4).