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Emprego Industrial varia 0,2% em agosto

Foi o segundo resultado positivo consecutivo frente ao mês imediatamente anterior, série com ajuste sazonal, acumulando ganho de 0,7% neste período. No mesmo tipo de comparação, tanto o número de horas pagas como o valor da folha...

15/10/2007 07h31 | Atualizado em 15/10/2007 07h31

Foi o segundo resultado positivo consecutivo frente ao mês imediatamente anterior, série com ajuste sazonal, acumulando ganho de 0,7% neste período. No mesmo tipo de comparação, tanto o número de horas pagas como o valor da folha de pagamento real também assinalaram taxas positivas: 0,2% e 0,3%, respectivamente. Na comparação com igual mês do ano anterior, os resultados permaneceram positivos: acréscimo de 2,2% no emprego, décima-terceira expansão consecutiva, crescimento de 1,9% no número de horas pagas e avanço de 4,7% no valor da folha de pagamento real.

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em agosto, o emprego industrial mostrou variação positiva de 0,2% frente ao mês anterior, na série ajustada sazonalmente, após crescer 0,5% em julho, acumulando ganho de 0,7% nesse período. No indicador de média móvel trimestral, em trajetória ascendente desde fevereiro, a variação também foi de 0,2% entre os trimestres encerrados em agosto e julho.

Em relação a igual mês do ano anterior, o aumento foi de 2,2%, completando uma seqüência de quatorze taxas positivas nessa comparação, sendo o mais elevado desde abril de 2005 (3,2%). Com isso, o indicador acumulado no ano ficou em 1,6% e o acumulado nos últimos doze meses ganhou ritmo na passagem de julho (1,0%) para agosto (1,2%).

Ainda no confronto agosto 07/agosto 06 (2,2%), o contingente de trabalhadores cresceu em doze dos dezoito segmentos e em nove dos quatorze locais pesquisados. Setorialmente, os maiores impactos positivos, na média nacional, vieram de alimentos e bebidas (4,2%), meios de transporte (9,6%) e máquinas e equipamentos (8,8%). Por locais, São Paulo (4,1%) exerceu a maior contribuição no total do país, com resultados positivos em doze ramos industriais, cabendo a máquinas e equipamentos (9,9%) a principal pressão positiva. Em menor medida, Paraná (4,2%) e Minas Gerais (2,6%) também exerceram influências positivas relevantes, sobressaindo, em ambos, a indústria automobilística, cujo incremento no emprego foi de 29,7% e 16,0%, respectivamente. Em sentido contrário, Pernambuco (-4,1%) exerceu a maior pressão negativa entre as áreas pesquisadas, enquanto, setorialmente, no total do país, calçados e artigos de couro (-9,6%), madeira (-7,7%) e vestuário (-2,6%) foram os ramos com as principais influências negativas na formação da taxa global.

No indicador acumulado no ano (1,6%), treze locais e doze segmentos aumentaram o pessoal ocupado em relação ao mesmo período do ano passado. São Paulo (2,6%), região Nordeste (1,7%) e Paraná (2,4%) representaram as contribuições positivas mais importantes, enquanto Rio Grande do Sul (-0,9%) exibiu a única taxa negativa. Na análise por ramos industriais, as principais influências positivas no resultado nacional vieram de alimentos e bebidas (4,4%), meios de transporte (5,8%) e produtos de metal (6,3%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-6,5%), vestuário (-4,8%) e madeira (-5,9%) foram os destaques negativos.

Em síntese, as diversas comparações mostram evolução positiva do indicador do pessoal ocupado na indústria, acompanhando o desempenho observado no ritmo da atividade industrial, decorrente, sobretudo, do maior dinamismo dos setores produtores de bens de capital, de commodities e da indústria automobilística.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em agosto, registrou variação positiva de 0,2% frente a julho, na série livre dos efeitos sazonais, após acumular perda de 0,7% nos dois últimos meses. Ainda na série ajustada sazonalmente, o índice de média móvel trimestral permaneceu, pelo segundo mês consecutivo, apontando variação negativa de 0,2%.

A comparação com igual mês do ano anterior mostrou, pelo segundo mês consecutivo, avanço de 1,9%. Com isso, o indicador acumulado nos oito primeiros meses do ano ficou em 1,3%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, apontou acréscimo de 1,1%.

No confronto agosto 07/ agosto 06, houve crescimento de 1,9%, com o número de horas pagas apontando taxas positivas em oito dos quatorze locais e doze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, os maiores avanços no cômputo geral vieram de meios de transporte (11,3%), alimentos e bebidas (3,3%) e produtos de metal (8,8%). No sentido contrário, calçados e artigos de couro (-12,9%) e madeira (-7,0%) exerceram as pressões negativas mais significativas.

Ainda segundo o indicador mensal, os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram São Paulo (3,5%), Paraná (4,7%) e Minas Gerais (2,1%). Em São Paulo, onze das dezoito atividades pesquisadas aumentaram o número de horas pagas, com destaque para meios de transporte (10,8%), máquinas e equipamentos (9,4%) e alimentos e bebidas (4,3%). Na indústria paranaense, sobressaíram meios de transporte (34,2%) e alimentos e bebidas (4,9%); e em Minas Gerais, a contribuição mais significativa veio de meios de transporte (14,8%).

O acumulado no período janeiro-agosto registrou aumento de 1,3%, com avanços em onze locais e também em onze setores. Os maiores impactos positivos, por local, vieram de São Paulo (2,0%), Paraná (2,9%) e região Nordeste (1,7%), enquanto Rio Grande do Sul (-1,1%) exerceu a pressão negativa mais relevante. No corte setorial, as principais contribuições positivas sobre a média da indústria vieram de alimentos e bebidas (4,5%), meios de transporte (5,8%) e produtos de metal (5,6%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-8,4%) e vestuário (-5,9%) apontaram os recuos mais importantes.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em agosto, o indicador relativo ao valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente mostrou variação de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior, terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando, nesse período, expansão de 1,2%. Com isso, o índice de média móvel trimestral avançou 0,4% entre os trimestres encerrados em julho e agosto, acumulando 0,7% de expansão nos últimos três meses.

Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados permaneceram positivos: 4,7% no índice mensal, que assinala taxa positiva desde abril de 2006, e 4,8% no acumulado no ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, passou de 3,6% em julho para 3,9% em agosto, continuando em trajetória ascendente desde dezembro de 2006.

Para o crescimento de 4,7% do valor da folha de pagamento real em comparação a agosto do ano anterior contribuíram treze dos quatorze locais pesquisados. A principal influência positiva veio de São Paulo (2,8%), em função, sobretudo, do aumento salarial em meios de transporte (8,3%), produtos químicos (8,5%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,9%). Em seguida, vale citar Rio Grande do Sul (14,5%) e Rio de Janeiro (8,6%). Em sentido oposto, a única queda foi observada no Espírito Santo (-3,3%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu em quatorze dos dezoito ramos industriais, com as contribuições positivas mais relevantes sendo assinaladas por meios de transporte (8,7%), alimentos e bebidas (5,2%), produtos químicos (9,1%) e produtos de metal (10,7%). Por outro lado, os maiores recuos vieram de papel e gráfica (-7,0%), madeira (-11,2%) e fumo (-13,8%).

O indicador acumulado no ano apresentou acréscimo de 4,8%, com aumento no valor da folha de pagamento real em todos os locais pesquisados. O maior impacto positivo veio de São Paulo (3,7%), por conta de produtos químicos (13,9%), meios de transporte (3,6%) e alimentos e bebidas (3,5%). Vale mencionar, também, Rio Grande do Sul (7,2%), região Nordeste (6,5%) e Minas Gerais (5,5%). Nestes locais, os destaques positivos foram: produtos de metal (44,3%) e alimentos e bebidas (11,7%); alimentos e bebidas (7,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (28,7%); e alimentos e bebidas (10,8%) e indústria extrativa (11,9%), respectivamente.

Em termos setoriais, ainda no acumulado no ano, treze das dezoito atividades mostraram crescimento do valor da folha de pagamento, cabendo a produtos químicos (11,9%), alimentos e bebidas (6,6%), indústria extrativa (16,3%) e meios de transporte (4,5%), as principais influências positivas. Entre os que assinalaram queda, papel e gráfica (-4,2%), madeira (-8,0%) e calçados e artigos de couro (-2,0%) exibiram as maiores perdas salariais.