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Produção industrial varia -0,4% em julho

Após nove meses de resultados positivos, a produção industrial variou - 0,4%, em julho de 2007 frente a junho, na série livre de influências sazonais. O resultado foi influenciado pela queda na produção em 12 dos 23 ramos industriais,...

04/09/2007 06h31 | Atualizado em 04/09/2007 06h31

Após nove meses de resultados positivos, a produção industrial variou - 0,4%, em julho de 2007 frente a junho, na série livre de influências sazonais. O resultado foi influenciado pela queda na produção em 12 dos 23 ramos industriais, com destaque para alimentos e refino de petróleo e produção de álcool. Na comparação com julho de 2006, a indústria cresceu 6,8%, favorecida pelo desempenho de todos os subsetores de bens de capital e pelo crescimento de bens de consumo duráveis, em razão da melhora nas condições de crédito. O acumulado janeiro-julho de 2007 registrou 5,1% e nos últimos doze meses foi de 4,2%.

Houve queda no ritmo da produção, na passagem de junho para julho, em 12 das 23 atividades, influenciada principalmente pelos resultados negativos de alimentos (-2,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,5%), máquinas e equipamentos (-2,7%), produtos de metal (-5,4%) e farmacêutica (-3,8%). Veículos automotores (2,4%) representaram a principal contribuição positiva para a taxa de julho, em que se destacou, também, o crescimento de outros produtos químicos (2,7%) e outros equipamentos de transporte (7,6%).

A categoria bens de consumo duráveis (0,8%) foi a única que apresentou crescimento em julho frente ao mês anterior, acumulando 5,0% nos três últimos meses. Bens de consumo semi e não duráveis
(-3,3%) bens de capital (-1,3%) e bens intermediários (-0,2%) registraram queda.

Aumento na produção de automóveis impulsiona crescimento nos bens duráveis em julho

Na comparação julho 2007/julho 2006, a Indústria cresceu 6,8%, com 23 dos 27 ramos pesquisados apresentando aumento de produção. O índice resultou, sobretudo, das contribuições de veículos automotores (18,3%), máquinas e equipamentos (17%), outros produtos químicos (12,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (17,2%). O resultado foi influenciado, negativamente, por fumo (-22,5%) e alimentos (-1,3%), devido à queda na produção do fumo processado e do açúcar cristal.

Cresceram bem acima da média industrial (6,8%), ainda na comparação julho 2007/julho 2006, bens de capital (19%) e bens de consumo duráveis (15,1%). O primeiro setor impulsionado pelos subsetores de bens de capital para transportes (21,8%), para uso misto (10,2%) e para fins industriais (15,4%). A recuperação da agricultura, neste ano, após as perdas de 2006, foi constatada pelo crescimento de 66,3% na produção de bens de capital agrícolas. Já a oferta e ampliação dos prazos de financiamento refletem o bom desempenho dos bens de consumo duráveis, com destaque para a produção de automóveis (19,9%), celulares (15,9%) e eletrodomésticos da linha branca (11,2%). A alta não se estendeu aos eletrodomésticos da linha marrom, que registraram taxa de -2,9%, especialmente pela redução na produção de televisores. Já a produção de bens intermediários (4,7%) cresceu abaixo da média nacional, como reflexo da redução de alimentos e bebidas elaborados para a indústria (-11,3%). Por último, bens de consumo semi e não duráveis registrou crescimento de 3,8%.

Material eletrônico e equipamentos de comunicações registraram -7,4% no acumulado no ano

No indicador acumulado janeiro-julho 2007, em comparação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento de 5,1% refletiu o aumento de produção em 22 atividades. A maior contribuição decorreu da fabricação de máquinas e equipamentos (17,4%), seguida por veículos automotores (10,3%), metalurgia básica (7,6%) e outros produtos químicos (6,3%). A principal queda veio de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-7,4%), devido principalmente à redução na produção de televisores. Por categoria de uso, o setor de bens de capital, que cresceu 17,0%, mantém taxas de crescimento de dois dígitos desde o início do ano. Para as demais categorias, os resultados, nos sete primeiros meses do ano, foram: bens de consumo duráveis (5,9%), bens intermediários (4,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (3,0%).