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Comércio cresce pelo sexto mês consecutivo

Em junho, o comércio varejista apresentou variação de 0,4% no volume de vendas e de 0,8% na receita nominal, registrando, pela sexta vez consecutiva, com ajuste sazonal, resultados positivos em relação ao mês anterior.

15/08/2007 06h31 | Atualizado em 15/08/2007 06h31

Em junho, o comércio varejista apresentou variação de 0,4% no volume de vendas e de 0,8% na receita nominal, registrando, pela sexta vez consecutiva, com ajuste sazonal, resultados positivos em relação ao mês anterior. Com o resultado, as taxas de crescimento acumuladas no primeiro semestre do ano foram de 5,1% e 7,2%. Comparando com o mesmo período do ano anterior, séries sem ajustamento, os percentuais de volume de vendas foram de 11,8% em junho, 9,9% no acumulado do semestre, e de 8,2% no acumulado dos últimos 12 meses. Em relação à receita nominal, para os mesmos períodos, os acréscimos foram de, respectivamente, 14,3%, 10,6% e 8,7%. No comércio varejista ampliado, as variações observadas em junho frente a igual mês do ano passado foram de 17,4% e 18,7%, para volume de vendas e na receita nominal de vendas, respectivamente. No acumulado do semestre, a variação foi de 13,6% tanto para volume de vendas quanto para receita nominal. Nos últimos 12 meses, as mesmas variáveis apresentaram taxas de 10,9% e 11,0%, respectivamente.

Com variações de 0,4% e 0,8% assinaladas em junho para volume e receita nominal de vendas o comércio varejista manteve a tendência de crescimento observada pela evolução da média móvel trimestral do indicador de base fixa. Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, os resultados para o volume de vendas foram de: 0,2%, para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ; 0,1% para Combustíveis e lubrificantes ; 0,0% para Tecidos, vestuário e calçados ; e 1,2% em Móveis e eletrodomésticos .

Vendas aumentaram em todo o comércio varejista

Em junho houve aumento do volume de vendas em todas as atividades do varejo frente a igual mês do ano anterior. Por ordem de importância no resultado global, as taxas foram de: 8,5% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ; 16,2% para Móveis e eletrodomésticos ; 28,9% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico ; 16,6% em Tecidos, vestuário e calçados ; 5,9% para Combustíveis em lubrificantes ; 11,0% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos ; 24,3% para Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação ; e 9,5% para Livros, jornais, revistas e papelaria .

Hipermercados e supermercados registraram nova expansão

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram novamente o maior peso no resultado global, com expansão de 8,5% no volume de vendas em junho, frente a igual mês do ano anterior. Deste modo, o segmento respondeu por 37% da taxa obtida pelo varejo. Em termos acumulados, a atividade registrou taxas de 7,0% e 7,3%, respectivamente, nos seis primeiros meses do ano e nos últimos doze. O desempenho refletiu o crescimento do poder de compra da população, devido, principalmente, ao aumento da massa real de salário da economia, além do aquecimento da demanda por produtos importados, que vêm tendo os preços reduzidos por causa da valorização do Real.

Móveis e eletrodomésticos acumularam 16,5% no primeiro semestre

Com variação de 16,2% no volume de vendas em junho frente a igual mês do ano anterior, o segmento de Móveis e eletrodomésticos provocou o segundo maior impacto. Ele respondeu por 20% da taxa global do varejo este mês (Tabela 3). No acumulado, os percentuais foram de 16,5% no primeiro semestre e 13,7% nos últimos doze meses. O resultado se deve às boas condições de crédito, rendimento real, emprego e preços.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico variaram 28,9%

Com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, Outros artigos de uso pessoal e doméstico , que engloba lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos e brinquedos, variou 28,9% no volume de vendas em relação a junho de 2006, com participação de 17% na taxa geral.

Tecidos, vestuário e calçados chegam a 16,6% em junho

A quarta contribuição para o resultado global coube a Tecidos, vestuário e calçados , com variação de 16,6% no volume de vendas frente a igual mês do ano anterior. O setor foi estimulado pelo aumento nas vendas de roupas de inverno e pelo Dia dos Namorados, além da evolução do quadro macroeconômico. No acumulado, registraram-se taxas de 10,1% no primeiro semestre deste ano e de 5,1% nos últimos doze meses.

Com variação de 5,9% em junho frente ao mesmo mês de 2006, Combustíveis e lubrificantes tiveram o quinto melhor desempenho do varejo e a sexta taxa positiva após dois anos consecutivos de queda. A retomada do crescimento é decorrente da estabilidade dos preços dos combustíveis nos últimos meses e melhora da economia. De janeiro a junho, o acumulado ficou em 5,5% e, nos últimos doze meses, em -0,7%.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a sexta maior participação na taxa global do varejo, registrou resultado de 11,0% frente a junho de 2006, com taxa acumulada de 7,1% no semestre e 5,1% nos últimos 12 meses. A expansão da massa de salários e a diversificação na linha de produtos oferecidos justificaram o desempenho positivo.

Materiais de escritório, informática e comunicação venderam mais 24,3%

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com o sétimo maior impacto , obteve acréscimo no volume de vendas, em junho, de 24,3% sobre igual mês do ano passado; acumulando no semestre e nos últimos 12 meses, taxas de 22,3% e de 22,5%, respectivamente. A queda de preços dos produtos e a crescente importância dos bens de informática e comunicação no consumo das famílias explicam o resultado.

O menor impacto no varejo coube à Livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 9,6% no volume de vendas em junho frente ao mesmo período de 2006. No primeiro semestre, a taxa foi de 6,1%, e, nos últimos doze meses, 3,5%.

Veículos, motos, parte e peças subiu 31,8% em junho

A atividade de V eículos, motos, partes e peças , que compõe com o varejo e a atividade de Material de Construção o comércio varejista ampliado , cresceu 31,8% em junho frente ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do semestre, a taxa atingiu 22,8%, e, nos últimos doze meses, 17,3%. Já em Material de construção, as variações foram de 11,5% em junho frente ao mesmo período de 2006; 9,7% no acumulado dos seis primeiros meses do ano; e de 9,8% no acumulado dos últimos 12 meses.

ANÁLISE REGIONAL

Dos vinte e sete estados, apenas o Piauí (-0,6%) teve resultados negativos em junho de 2007 frente ao mesmo mês do ano passado. Destacaram-se com as maiores variações positivas: Alagoas (25,4%); Pará (16,3%); Sergipe (16,0%); Amapá (15,9%) e Maranhão (15,5%) - Gráfico 3. Quanto à participação na composição da taxa do Comércio varejista , os destaques foram, pela ordem, São Paulo (15,1%); Rio de Janeiro (8,3%); Rio Grande do Sul (9,1%); Bahia (15,5%); e Minas Gerais (6,8%).

Em relação ao varejo ampliado , as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Rondônia (42,6%); Acre (30,8%); Alagoas (29,1%); Pará (28,9%); e Mato Grosso do Sul (25,8%). O impacto no resultado global do setor, foi maior em São Paulo (18,8%); Rio de Janeiro (11,6%); Paraná (18,8%); Minas Gerais (12,9%); e Rio Grande do Sul (13,5%). Ainda por estados, os resultados com ajuste sazonal para volume de vendas apontam, na comparação mês/mês anterior, 15 estados com variações positivas e 12 com negativas. Os principais acréscimos foram no Rio Grande do Norte (2,8%); Ceará (2,7%); Amapá (2,0%); e Mato Grosso do Sul (2,0%). Já as maiores quedas aconteceram em Roraima (-6,1%); Rondônia (-4,4%); Amazonas (-2,5%); e Tocantins (-1,6%).

ANÁLISE TRIMESTRAL / SEMESTRAL

A variação de 10,0% registrada pelo Comércio varejista no segundo trimestre do ano de 2007, comparado com igual período de 2006, superou ligeiramente a do primeiro trimestre (9,8%). As atividades que assinalaram aumento na taxa de desempenho entre os dois períodos foram: Combustíveis e lubrificantes (4,8% para 6,1%); Tecidos, vestuário e calçados, (6,8% para 12,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,3% para 8,8%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (20,2% para 24,2%); Livros, jornais, revistas e papelaria (5,1% para 7,5%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (21,8% para 27,0%). Por outro lado, registraram redução no ritmo de crescimento as atividades de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 7,2% para 6,9%) e Móveis e eletrodomésticos (de 20,3% para 13,0%).

Tratando-se do Comércio varejista ampliado , a taxa de variação do segundo trimestre, de 15,4%, também superou a do primeiro trimestre (11,8%), comportamento influenciado não só pelo desempenho das atividades já mencionadas, como, também, pela evolução das vendas de Veículos, motos, partes e peças (de 17,4% para 28,3%), e de Material de construção (de 6,0% para 13,2%) - Tabela 4.

Já o resultado do semestre (9,9%), foi o melhor de toda a série da pesquisa, iniciada em 2001, superando até mesmo o do primeiro semestre de 2004 (9,4%), considerado ano da recuperação do comércio varejista, que marcou a inflexão das taxas semestrais (Gráfico 4).

No primeiro semestre de 2007, frente ao segundo de 2006, tiveram desempenho destacado Combustíveis e lubrificantes (de -6,1% para 5,5%); Tecidos, vestuário e calçados (de 1,1% para 10,1%); Móveis e eletrodomésticos (de 11,3% para 16,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (de 3,4% para 7,1%); Livros, jornais, revistas e papelaria (de 0,0% para 6,1%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 20,7% para 24,5%). Já Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentaram pequenas redução de suas taxas (7,5% para 7,0% e 22,8% para 22,3%, respectivamente).