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Em fevereiro, comércio tem variações de 0,4% no volume de vendas e 0,8% na receita

O comércio varejista apresentou, em fevereiro, taxas de variação de 0,4% para o volume de vendas e de 0,8% para a receita nominal, na comparação com janeiro (série com ajuste sazonal).

17/04/2007 06h31 | Atualizado em 17/04/2007 06h31

O comércio varejista apresentou, em fevereiro, taxas de variação de 0,4% para o volume de vendas e de 0,8% para a receita nominal, na comparação com janeiro (série com ajuste sazonal). Na série sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de 9,4% sobre fevereiro/ 06 e de 6,6% no acumulado dos últimos 12 meses, em relação ao mesmo período do ano passado. Já a receita nominal cresceu 9,5% no confronto com fevereiro de 2006 e 7,3% no acumulado dos últimos 12 meses.

 

Com as variações de 0,4% (vendas) e de 0,8% (receita) em fevereiro, o comércio varejista continuou registrando resultado positivo em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal, mantendo a tendência de crescimento observada pela evolução da média móvel trimestral (indicador de tendência). Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, os resultados para o volume de vendas foram os seguintes: -4,2% para móveis e eletrodomésticos ; -2,5% para tecidos, vestuário e calçados ; 1,3% em combustíveis e lubrificantes; e 0,1% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo . Na mesma comparação, o segmento de veículos, motos, partes e peças, que faz parte do comércio varejista ampliado , obteve variação positiva, de 5,3%.

Na relação fevereiro 07/ fevereiro 06 (taxa geral de 9,4%), todas as atividades do varejo tiveram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, se estabeleceram em 6,9% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 19,1% para móveis e eletrodomésticos; 25,1% para outros artigos de uso pessoal e doméstico; 5 ,5% para combustíveis e lubrificantes ; 5,7 % para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos ; 22,8% para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 3,6 % para tecidos, vestuário e calçados; e 1,6 % para livros, jornais, revistas e papelaria .

Maior influência no resultado global, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,9%) responderam por aproximadamente 40% da taxa do varejo. A atividade teve aumentos de 5,9% e 7,5% no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente. O desempenho continua refletindo o aumento do poder de compra da população, decorrente basicamente do aumento da massa de salários.

O segmento de móveis e eletrodomésticos (19,1%) exerceu, em fevereiro, o segundo maior impacto, respondendo por mais de 25% da taxa global do varejo. Em termos acumulados, os resultados são os que seguem: 21,8% no ano e 11,9% nos últimos 12 meses. Esse desempenho se deve à manutenção das condições favoráveis de crédito, rendimento real, emprego e preços.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico (25,1%) tiveram o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo em fevereiro. Englobando segmentos como lojas de departamento, ótica, joalheira, artigos esportivos e brinquedos, a atividade vem tendo seu desempenho influenciado também pela melhoria do quadro geral da economia. Em decorrência, registrou taxas acumuladas para o primeiro bimestre do ano de 20,4% e de 17,6% para os últimos 12 meses.

Quarto maior impacto positivo no resultado do varejo, a atividade de combustíveis e lubrificantes (5,5%) teve o segundo resultado positivo após dois anos consecutivos de queda - o que pode ser atribuído à estabilização dos preços dos combustíveis nos últimos meses, conjugada com a melhoria das condições econômicas do país. As variações acumuladas foram de 3,9% no ano e de -6,3% para os últimos 12 meses.

A atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,7%) , com a quinta maior participação na taxa global do varejo, teve acumulados de 5,3% no ano e de 3,6% nos últimos 12 meses, sustentados pela expansão da massa de salários e pela diversificação na linha de produtos oferecidos.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (22,8%) exerceram o sexto maior impacto na taxa global; acumulando no ano e nos últimos 12 meses taxas de 17,6% e 23,7%, respectivamente. Dentre os fatores que determinaram esse desempenho, estão a queda de preços dos produtos de informática e a crescente importância dos bens que compõem essa atividade na cesta de consumo das famílias.

A sétima maior contribuição positiva para o resultado global coube a t ecidos, vestuário e calçados (3,6%), cujo resultado, no entanto, pouco alterou o desempenho acumulado da atividade, que continua abaixo da média: 5,1% para o primeiro bimestre de 2007 e 1,7% para os últimos 12 meses. A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%) exerceu o menor impacto no resultado global. As taxas de crescimento observadas nos acumulados no ano e nos últimos 12 meses foram de 4,2% e de 2,1%, respectivamente.

O Piauí (-1,0%) foi a única unidade da federação (UF) com resultado negativo para o volume de vendas do comércio em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Dentre os 26 demais estados, destacaram-se, com as maiores variações, Alagoas (35,2%); Sergipe (17,5%); Mato Grosso do Sul (16,6%); Maranhão (16,3%) e Ceará (15,7%). Quanto à participação na composição da taxa global do comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram São Paulo (10,2%); Minas Gerais (10,2%); Rio de Janeiro (5,9%); Santa Catarina (12,2%) e Rio Grande do Sul (6,2%).

Os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação fevereiro/ janeiro, 17 estados com variações negativas e 10 com crescimento. Os principais acréscimos ocorreram no Piauí (5,3%); Espírito Santo (4,4%); Roraima (2,8%); e Mato Grosso do Sul (2,5%). Já as maiores quedas foram no Acre (-10,0%); Goiás (-5,9%); e Sergipe (-4,7%).

Para o comércio varejista ampliado ( varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção ) , as variações observadas em relação a fevereiro de 2006 foram de 11,9% para o volume de vendas e de 11,4% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor cresceu 11,0% e 7,5% no volume de vendas e 10,4% e 8,0% na receita nominal, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 19,5% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do bimestre, a taxa foi de 16,7%, e, nos últimos 12 meses, de 9,7%. A aceleração na queda das taxas de juros ao longo de 2006 tornou-se um dos fatores essenciais para o aquecimento das vendas do ramo. Quanto a material de construção, as variações foram 3,9% na comparação fevereiro 07/ fevereiro 06; 6,1% no acumulado dos dois primeiros meses deste ano e de 6,0% no acumulado dos últimos 12 meses. Tais resultados são reflexos principalmente das medidas oficiais de incentivo à construção civil.

Por unidade da federação, ainda em relação ao varejo ampliado , as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Rondônia (35,6%); no Amapá (34,3%); Acre (29,6%); Pará (27,2%); e em Tocantins (25,4%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (12,5%); Minas Gerais (12,2%); Santa Catarina (15,6%); Rio de Janeiro (6,1%); e Paraná (9,7%).