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Varejo inicia 2007 com crescimento de 1,8% no volume de vendas e de 2,0% na receita

Ambas as taxas são em relação a dezembro de 2006, na comparação com ajuste sazonal. Nos demais confrontos (extraídos das séries sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 8,5% sobre janeiro/ 06 e de 6,3% no acumulado dos últimos 12 meses.

15/03/2007 06h31 | Atualizado em 15/03/2007 06h31

Ambas as taxas são em relação a dezembro de 2006, na comparação com ajuste sazonal. Nos demais confrontos (extraídos das séries sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 8,5% sobre janeiro/ 06 e de 6,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal cresceu 8,3% com relação a igual mês de 2006 e 7,2% no acumulado dos últimos 12 meses (ver tabelas 1 e 2).

Com os crescimentos de 1,8% e de 2,0% em janeiro, o comércio varejista voltou a registrar resultado positivo em relação ao mês imediatamente anterior, mantendo a tendência de crescimento observada pela evolução da média móvel trimestral.

Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, todas registraram resultados positivos, com variações sobre o mês anterior da ordem de 17,5% para móveis e eletrodomésticos; 3,1% para tecidos, vestuário e calçados; 2,7% em combustíveis e lubrificantes; e 1,7% em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.

Na mesma comparação, o segmento de veículos, motos, partes e peças, que faz parte do comércio varejista ampliado, teve variação negativa, de -1,6%.

Já na relação janeiro 07/ janeiro 06, todas as atividades do varejo registraram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram de 24,1% para móveis e eletrodomésticos; 4,9% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 16,4% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 6,5% em tecidos, vestuário e calçados; 2,5% para combustíveis e lubrificantes;4,9% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 13,1% para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e 6,7% para livros, jornais, revistas e papelaria.


O segmento de móveis e eletrodomésticos exerceu, em janeiro, o maior impacto no resultado do comércio (aumento de 24,1% nas vendas), acumulando nos últimos 12 meses taxa de 11,2%. O grupo respondeu por mais de 40% da taxa global do varejo, desempenho que se deveu à manutenção das condições favoráveis de crédito, rendimento real, emprego e preços, aliada às promoções para queima de estoques no setor.

A segunda maior influência no resultado global ficou com hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (crescimento de 4,9% nas vendas). A atividade registrou crescimento de 7,6% nos últimos 12 meses e continua refletindo o aumento do poder de compra da população, decorrente do aumento da massa de salários e da estabilidade de preços.

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na taxa do varejo (aumento de 16,4% nas vendas), vem tendo seu desempenho influenciado também pela melhoria do quadro geral da economia e registrou acumulado de 16,5% para os últimos 12 meses.

A quarta maior contribuição positiva coube ao segmento de tecidos, vestuário e calçados (crescimento de 6,5% nas vendas). Tal resultado, porém, pouco alterou o desempenho da atividade no acumulado dos últimos 12 meses, que continua bem abaixo da média, com taxa de 1,9%.

Exercendo o quinto maior impacto positivo no resultado do varejo, combustíveis e lubrificantes (aumento de 2,5%) tiveram o primeiro resultado positivo após dois anos consecutivos de queda - comportamento atribuído à estabilização dos preços dos combustíveis. Nos últimos 12 meses, o acumulado ficou em -7,2%.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria tiveram a sexta maior participação na taxa global do varejo (crescimento de 4,9%). No acumulado em 12 meses, o crescimento foi de 3,5%, sustentado pela expansão da massa de salários e diversificação na linha de produtos.

O segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (aumento de 13,1% nas vendas) registrou acumulando nos últimos 12 meses de 25,0% e exerceu em janeiro o sétimo impacto positivo no varejo, impulsionado pela queda de preços dos produtos de informática e a crescente importância desses bens na cesta de consumo das famílias.

Por fim, livros, jornais, revistas e papelaria, oitavo impacto no resultado global, tiveram o primeiro resultado positivo (6,7%) após dois meses de queda, o que pode ser explicado pelo aumento das vendas de material escolar. Nos últimos 12 meses, o acumulado ficou em 0,7%.

Acre tem maior crescimento das vendas

Das 27 unidades da federação (UFs), 24 tiveram resultados positivos no volume de vendas, na comparação janeiro 07/ janeiro 06. As maiores variações foram registradas no Acre (45,6%), Alagoas (40,9%), Santa Catarina (18,4%) e Maranhão (17,7%). Por outro lado, houve quedas no Piauí (-0,3%); Mato Grosso (-0,3%) e Rio Grande do Norte (-0,2%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, os destaques, pela ordem decrescente, foram São Paulo (variação de 5,7%), Minas Gerais (11,2%), Rio de Janeiro (7,3%), Santa Catarina (18,4%) e Paraná (10,8%).

Os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação janeiro 07/ dezembro 06, 24 estados com variações positivas e 3 com queda. Os principais acréscimos ocorreram em Alagoas (8,3%), no Acre (7,1%), Amapá (6,5%) e Amazonas (6,5%). Já as quedas foram registradas no Piauí (-5,0%); Roraima (-2,9%); e Espírito Santo (-1,6%). 

Vendas do varejo ampliado1 crescem 10,2% em relação a janeiro de 2006

No comércio varejista ampliado, as variações observadas em janeiro, em relação a igual mês do ano anterior, foram de 10,2% para o volume de vendas e de 9,6% na receita nominal de vendas. Nos acumulados dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de 6,9% e 7,7% respectivamente.

Em relação às vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 14,3% na comparação com janeiro do ano passado e de 8,4% no acumulado dos últimos 12 meses. A aceleração na queda das taxas de juros ao longo de 2006 tornou-se um dos fatores essenciais para o aquecimento das vendas do ramo.

Da mesma forma, o segmento de material de construção completou o nono mês consecutivo de crescimento, com variação de 8,0% sobre janeiro de 2006, refletindo principalmente as medidas oficiais de incentivo à construção civil. No acumulado dos 12 meses, a atividade cresceu 5,6%.

Por UF, em relação ao varejo ampliado, os melhores desempenhos nas vendas ocorreram no Acre (71,4%), Rondônia (39,5%), Alagoas (34,6%), Pará (34,2%) e Maranhão (31,6%). Em termos de impacto no resultado global, os destaques foram São Paulo (variação de 4,4%), Rio de Janeiro (10,5%), Minas Gerais (13,4%), Paraná (14,2%), Santa Catarina (18,6%) e Rio Grande do Sul (7,8%).


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1 Composto do varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção.