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IPCA acumulou 3,14% em 2006

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de dezembro variou 0,48%, acumulando 3,14% em 2006, 2,55 pontos percentuais abaixo de 2005 (5,69%). Foi o menor resultado desde 1998 (1,65%).

12/01/2007 07h31 | Atualizado em 12/01/2007 07h31

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de dezembro variou 0,48%, acumulando 3,14% em 2006, 2,55 pontos percentuais abaixo de 2005 (5,69%). Foi o menor resultado desde 1998 (1,65%). A redução na taxa foi determinada pela boa oferta de produtos agrícolas, a influência do câmbio e menores aumentos na energia elétrica, telefonia e combustíveis. Os itens que exerceram maior pressão no resultado do ano foram planos de saúde (12,30%), colégios (6,79%), tarifas dos ônibus urbanos (8,11%) e salários dos empregados domésticos (10,73%). A região metropolitana de Belo Horizonte (4,96%) ficou com o maior índice em 2006, no entanto todas as regiões pesquisadas mostraram resultados abaixo dos de 2005. Com altas pontuais, 2006 evidenciou um histórico de convergência para a estabilidade de preços

Desde a significativa alta de 12,53% de 2002, o IPCA de 2006 (3,14%) foi o mais baixo. A redução na taxa foi determinada basicamente por quatro fatores. O primeiro foi a boa oferta de produtos agrícolas, que acarretou estabilidade no preço dos alimentos ou até deflação, casos do feijão preto (34,11%) e leite em pó (-9,3%); o segundo fator foi a influência do câmbio, que contribuiu para a estabilidade nos preços de higiene pessoal (0,65%) e redução nos aparelhos de TV, som e informática    (-12,07%) e artigos de limpeza (-2,29%); o terceiro foi a contribuição dos itens administrados, com energia elétrica variando só 0,28%, e telefonia fixa, -0,83% no ano; o quarto fator foi a contribuição dos combustíveis, que subiram 2,30%, por não ter havido aumento do preço da gasolina nas refinarias

Os itens que exerceram as maiores pressões sobre o IPCA foram planos de saúde (12,3); colégios (6,79%); tarifas de ônibus urbanos (8,11%); e salários dos empregados domésticos (10,73%). Em relação às tarifas dos ônibus, mesmo sem reajuste em 4 (Fortaleza, Salvador, Curitiba e Goiânia) das 11 regiões pesquisadas e com Recife apresentando queda (-3,04%), os aumentos nas demais áreas levou à taxa de 8,11% no ano. Já os salários dos empregados domésticos subiram 10,73%, acompanhando o reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 300,00 para R$ 350,00 (16,67%).

Entre as taxas mensais de 2006, a maior inflação foi registrada em janeiro (0,59%), em razão de altas no álcool combustível e nas tarifas dos ônibus urbanos. Dentre os grupos, despesas pessoais foi o que mais cresceu (7,23%). Artigos de residência foi o menor resultado: -2,72%. Os alimentos ficaram com 1,22%. Alguns produtos se destacaram com preços mais altos, a exemplo do arroz (13,60%), farinha de mandioca (11,98%) e açúcar refinado (15,73%) e cristal (16,49%). Mas a maioria apresentou aumentos moderados, a exemplo do frango (0,82%) e das carnes (0,70%), ou mesmo queda, como o tomate (-24,17%) e o feijão preto (-34,12%). Os preços dos produtos não-alimentícios aumentaram 4,23%, sendo 2,87% no primeiro semestre e 1,32% no segundo.

A região metropolitana de Belo Horizonte (4,96%) ficou com o maior IPCA de 2006, tendo em vista principalmente aumentos ocorridos nos alimentos (4,31%), taxas de água e esgoto (10,24%), gás de botijão (11,03%), energia elétrica (6,33%), condomínio (11,42%), ônibus urbanos (12,12%), gasolina (3,80%) e álcool (2,17%). O menor foi o índice de Curitiba (2,50%), muito próximo ao de Goiânia (2,58%), Fortaleza (2,61%) e São Paulo (2,63%).

INPC fechou o ano de 2006 em 2,81%

O INPC fechou o ano de 2006 com taxa de 2,81%. Os alimentos ficaram com 0,94%, enquanto os itens não-alimentícios aumentaram 3,59%. Em 2005, o resultado do ano havia sido de 5,05%, com alta de 1,43% nos itens alimentícios e 6,59% nos não-alimentícios. Dos índices regionais, em 2006, o maior foi verificado em Brasília (4,75%). O menor foi o de Curitiba (1,74%).

                                  Em dezembro, IPCA ficou em 0,48%

O IPCA de dezembro (0,48%) teve variação acima do registrado em novembro (0,31%), bem como do de dezembro de 2005 (0,36%). As principais causas da alta tiveram origem na região metropolitana de São Paulo, cujo índice passou de 0,26% para 0,92% de novembro para dezembro, com o grupo transportes exercendo a maior pressão.

O grupo transportes atingiu 2,91% em São Paulo e teve contribuição de 0,63 ponto percentual. Ao passar de R$ 2,00 para R$ 2,30 a partir de 30 de novembro, a tarifa dos ônibus urbanos teve reajuste de 15,00%. Nesse estado, ocorreu aumento também nas tarifas dos ônibus intermunicipais, cujo reflexo do reajuste médio de 12,00%, vigente desde 30 de novembro, se refletiu em 11,85% no índice do mês. Houve aumento ainda nas tarifas de táxi, cuja variação de 10,23% foi em decorrência do reajuste ocorrido no dia 9 de dezembro. As tarifas de trem e metrô ficaram mais caras, ambas com variação de 9,05%, em virtude do reajuste de 9,52%, em 30 de novembro.

Além de São Paulo (de 0,26% para 0,92%), somente as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (de 0,20% para 0,31%) e de Porto Alegre (de 0,13% para 0,23%) apresentaram alta de novembro para dezembro. As regiões que apresentaram menores altas foram Salvador (0,15%) e Curitiba (0,15%).

No IPCA, o grupo transportes atingiu variação de 1,14%, o que levou a uma contribuição de 0,24 ponto percentual e o fez responsável exatamente pela metade da taxa de dezembro. Os ônibus urbanos tiveram suas tarifas 4,61% mais caras por influência não só de São Paulo mas também do Rio de Janeiro, região onde foi apropriada variação de 4,21%, em razão do reajuste de 5,26% a partir de 4 de dezembro, quando a tarifa modal passou de R$ 1,90 para R$ 2,00. Ônibus urbanos foram responsáveis pela maior contribuição individual no mês: 0,17 ponto percentual.

A seguir, com 0,04 ponto percentual, vieram as tarifas dos ônibus intermunicipais, 3,52% mais caras, em decorrência principalmente de São Paulo (11,85%), com aumentos também em Fortaleza (2,92%) e Belo Horizonte (2,40%). As tarifas de táxi, com variações de preços em São Paulo (10,23%) e Goiânia,(5,49%), ficaram, em média, 2,55% mais caras, enquanto as de metrô (9,05%), e trem (9,05%), reajustadas somente em São Paulo, apresentaram variações médias de 6,47% e 6,07%, respectivamente.

Vestuário (de 0,65% para 1,00%) e condomínio (de 0,08% para 0,81%) também mostraram alta de novembro para dezembro. O cigarro (de 4,63% para 1,88%), embora de forma menos intensa, também exerceu influência no IPCA. Já os alimentos (de 1,05% para 0,39%) apresentaram resultado bem menor do que o de novembro.

Para cálculo do IPCA, foram comparados os preços coletados de 29 de novembro a 28 de dezembro (referência) com os preços vigentes de 28 de outubro a 28 de novembro (base). O IPCA se refere às famílias com rendimento de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

                                               INPC ficou em 0,62% em dezembro

O INPC apresentou variação de 0,62% em dezembro, acima da taxa de 0,42% de novembro. A alta foi provocada por São Paulo (de 0,42% para 1,48%) e Rio de Janeiro (de 0,14% para 0,51%), únicas regiões em alta. Em dezembro de 2005, o índice havia ficado em 0, 40%. No INPC do mês, os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,37%, enquanto os não-alimentícios aumentaram 0,71%. O maior índice regional foi o de São Paulo (1,48%). O menor ficou com Salvador (0,10%

O INPC se refere às famílias com rendimento de 01 a 06 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice de mês foram comparados os preços coletados de 29 de novembro a 28 de dezembro (referência) com os preços vigentes 28 de outubro a 28 de novembro (base).