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PIB no 3º trimestre foi de R$ 542,1 bilhões

Capacidade de Financiamento atingiu R$ 16,2 bilhões. PIB acumulado no ano chega a R$ 1,5 trilhão. No trimestre, o consumo das famílias atingiu R$ 290,5 bilhões e a taxa de investimento chegou a 20,8% ...

19/12/2006 07h31 | Atualizado em 19/12/2006 07h31

Capacidade de Financiamento atingiu R$ 16,2 bilhões. PIB acumulado no ano
chega a R$ 1,5 trilhão. No trimestre, o consumo das famílias atingiu R$ 290,5 bilhões e a taxa de investimento chegou a 20,8%, o segundo maior percentual em um terceiro trimestre, desde o início da série, em 1995.

O Produto Interno Bruto a preços de mercado do terceiro trimestre de 2006 foi de R$ 542,1 bilhões, sendo R$ 485,2 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 56,9 bilhões de Impostos sobre Produtos. Dentre os componentes do Valor Adicionado, a Agropecuária atingiu R$ 34,4 bilhões, a Indústria R$ 200,5 bilhões e os Serviços R$ 275,2 bilhões. Sendo assim, o PIB acumulado no ano foi de R$ 1.529,2 bilhões e, pela ótica da oferta, a Agropecuária atingiu R$ 107,3 bilhões, a Indústria R$ 552,7 bilhões e os Serviços, R$ 776,5 bilhões.

Entre os componentes da demanda, no terceiro trimestre, o Consumo das Famílias totalizou R$ 290,5 bilhões, o Consumo do Governo R$ 105,6 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 112,5 bilhões. Já a Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 24,8 bilhões (R$ 96,9 bilhões de exportações e R$ 72,1 bilhões de importações), e a Variação de Estoques foi de R$ 8,6 bilhões.

No terceiro trimestre, as taxas de investimento e poupança são as segundas maiores desde 1995

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2006 foi de 20,8% do PIB. Em relação ao mesmo período de cada ano (3o tri), foi a segunda maior taxa da série iniciada em 1995, sendo apenas inferior à do terceiro trimestre de 2004 (20,9%). Já a taxa de poupança (25,2% do PIB) também foi a segunda maior da série, inferior apenas à do terceiro trimestre de 2004 (25,4%).

Capacidade de financiamento atinge R$ 16,2 bilhões no terceiro trimestre e acumula R$ 22,8 bilhões no ano

A Capacidade de Financiamento da Economia Nacional ficou em R$ 16,2 bilhões no terceiro trimestre de 2006, ou seja, um aumento de R$ 2,8 bilhões em relação ao terceiro trimestre de 2005 (R$ 13,4 bilhões). Tal variação deve-se, sobretudo, à diminuição do envio líquido de juros para o Resto do Mundo (R$ 2,4 bilhões) em razão do aumento das receitas de juros advindas do exterior e da redução das despesas de juros realizadas no período. No ano a Capacidade de Financiamento acumulou R$ 22,8 bilhões, contra R$ 26,5 bilhões no mesmo período de 2005.

A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 530,5 bilhões no terceiro trimestre de 2006, contra R$ 483,6 bilhões no respectivo período de 2005. Nessa mesma base de comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 136,9 bilhões em 2006, um incremento de R$ 16,2 bilhões em relação ao terceiro trimestre de 2005 (R$ 120,7 bilhões). No ano, a Renda Nacional Bruta acumulou R$ 1.486,2 bilhões e a Poupança Bruta, R$ 361,3 bilhões.

Economia Nacional: crescem os investimentos de brasileiros no exterior

No trimestre, a Economia Nacional registrou aumento da variação de ativos1 – que passou de uma aplicação de R$ 11,9 bilhões no terceiro trimestre de 2005 para R$ 36,9 bilhões no terceiro trimestre de 2006. Quanto à variação de passivos no mesmo período, a captação líquida passou de um montante negativo (pagamento) de R$ 1,7 bilhões para um positivo de R$ 20,6 bilhões.

Na variação ativa do trimestre destaca-se o resultado do instrumento F.3 – Títulos exceto Ações - que registrou um aumento da aplicação em R$ 25,3 bilhões, contra um aumento de R$ 13,4 bilhões no mesmo trimestre de 2005. Esse movimento em F.3 foi motivado pelo crescimento das aplicações das reservas internacionais em Bônus e Notas de longo prazo: R$ 13,6 bilhões e R$ 25,4 bilhões, respectivamente nos terceiros trimestres de 2005 e 2006. Também cresceram as aplicações em F.5 – Ações e outras Participações de Capital –, e em F.7 – Outros Débitos e Créditos. Quanto ao instrumento F.5, a aplicação foi de R$ 4,3 bilhões no terceiro trimestre de 2006, contra R$ 1,6 bilhão no mesmo período de 2005. O aumento das aplicações em F.5 foi influenciado pelo crescimento da participação no capital no exterior por parte de brasileiros, IBD – Investimento Brasileiro Direto, que cresceu R$ 1,7 bilhão e R$ 4,9 bilhões, respectivamente nos terceiros trimestres de 2005 e 2006. Já a aplicação por intermédio do instrumento F.7 passou de R$ 82 milhões no terceiro trimestre de 2005 para R$ 3,2 bilhões no mesmo período de 2006, devido, principalmente, ao aumento do IBD – empréstimos intercompanhia de matriz no Brasil à filial no exterior, que passou de R$ 8,3 milhões para R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre de 2006.

No que tange às variações passivas do trimestre, ressaltam-se o crescimento da captação líquida por intermédio de Títulos exceto Ações – F.3, e de Empréstimos e Financiamentos – F.4. No primeiro caso, a captação líquida foi de R$ 6,0 bilhões no trimestre, contra uma captação líquida negativa (pagamento) de R$ 5,0 bilhões no terceiro trimestre de 2005. O crescimento da captação com esse instrumento ocorreu, sobretudo, com títulos de renda fixa de longo prazo, que registraram uma captação de R$ 2,5 bilhões, contra uma captação líquida negativa (pagamento) de R$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre de 2005. Para esse resultado, contribuiu fundamentalmente a redução das amortizações pagas dos títulos de renda fixa de longo prazo negociados no exterior.

Dessa forma, o crescimento do valor da captação em F.3 resultou mais da redução dos pagamentos das amortizações do que do aumento do ingresso de recurso – uma vez que esse último permaneceu praticamente estável em relação ao terceiro trimestre de 2005: R$ 22,8 bilhões e R$ 22,9 bilhões, respectivamente nos terceiros trimestres de 2005 e 2006. No segundo caso, instrumento F.4, a captação foi positiva em R$ 6,5 bilhões, contra uma captação liquida negativa (pagamento) de R$ 13,6 bilhões no terceiro trimestre de 2005. Em relação ao movimento de F.4, também se observou que o aumento da captação foi influenciado pela redução dos pagamentos das amortizações de longo prazo, principalmente ao Fundo Monetário Internacional. No terceiro trimestre de 2005 a amortização junto ao FMI totalizou R$ 11,8 bilhões, enquanto que, no mesmo período de 2006, não houve pagamentos dessa natureza.

Reservas internacionais crescem R$ 22,4 bilhões, no trimestre

Contabilizando-se a capacidade de financiamento da economia e os fluxos totais de ativos e passivos do trimestre,verificou-se um expressivo crescimento das Reservas Internacionais, em R$ 22,4 bilhões, contra uma redução de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2005. Vale destacar que o crescimento das reservas internacionais no terceiro trimestre de 2006 foi o maior desde o primeiro trimestre de 2005, ocasião em que o crescimento das reservas foi de R$ 27,6 bilhões.

Agregados da Conta Financeira - 3ºtri/ 2005 e 2006

Os dados da tabela III.3 mostram que houve aumento da capacidade de financiamento da Economia Nacional, de R$ 13,4 bilhões no terceiro trimestre de 2005 para R$ 16,2 bilhões no mesmo período de 2006. Além disso, houve expressivo aumento das transações passivas (captações) da Economia Nacional – de um montante negativo de R$ 1,7 bilhão para uma captação positiva de R$ 20,6 bilhões no terceiro trimestre de 2006. Em contrapartida, excluindo a variação dos ativos de reserva, houve redução das transações ativas – de R$ 18,0 bilhões para R$ 14,5 bilhões, respectivamente nos terceiros trimestres de 2005 e 2006. Como resultado, as Reservas Internacionais aumentaram R$ 22,4 bilhões no terceiro trimestre, contra uma redução de R$ 6,2 bilhões no mesmo período de 2005.

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1Incluindo ativos de Reservas.