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PIB do 2º trimestre foi de R$ 508,7 bilhões


Em preços de mercado, R$ 453,8 bilhões são de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 54,9 bilhões de Impostos sobre Produtos. O PIB acumulado no semestre foi de R$ 987,1 bilhões.

28/09/2006 06h31 | Atualizado em 28/09/2006 06h31

Reservas Internacionais cresceram R$ 5,3 bilhões no segundo trimestre de 2006

Como mostra a tabela IV.3, apesar da redução da capacidade de financiamento da Economia Nacional de R$ 5,9 bilhões no segundo trimestre de 2005 para R$ 3,1 bilhões, no mesmo período de 2006 , as reservas internacionais aumentaram em R$ 5,3 bilhões, contra uma redução de R$ 1,9 bilhão no mesmo trimestre de 2005. A queda da capacidade de financiamento no trimestre foi compensada pela redução das captações líquidas negativas - transações passivas e patrimônio líquido da Economia Nacional – e, também, pela redução das aplicações líquidas positivas – transações ativas da Economia Nacional.

 

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1Incluindo ativos de Reservas.

Em preços de mercado, R$ 453,8 bilhões são de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 54,9 bilhões de Impostos sobre Produtos. O PIB acumulado no semestre foi de R$ 987,1 bilhões.

O Produto Interno Bruto a preços de mercado do segundo trimestre de 2006 foi de R$ 508,7 bilhões, sendo R$ 453,8 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 54,9 bilhões de Impostos sobre Produtos. Dentre os componentes do Valor Adicionado, a Agropecuária atingiu R$ 37,9 bilhões, a Indústria R$ 184,5 bilhões e os Serviços R$ 252,9 bilhões. Assim, no primeiro semestre, o PIB acumulou R$ 987,1 bilhões e, pela ótica da oferta, a Agropecuária atingiu R$ 72,9 bilhões, a Indústria R$ 352,2 bilhões e os Serviços, R$ 501,3 bilhões.

Entre os componentes da demanda, no segundo trimestre o Consumo das Famílias totalizou R$ 282,3 bilhões, o Consumo do Governo, R$ 94,2 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo, R$ 102,2 bilhões. Já a Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 16,6 bilhões (R$ 78,6 bilhões de exportações e R$ 62,0 bilhões de importações) e a Variação de Estoques foi de R$ 13,4 bilhões.

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2006 atingiu 20,1% do PIB. Em comparação com os segundos trimestres de anos anteriores, esta foi a maior taxa desde 1997 (20,4%). Já a taxa de poupança (23,2% do PIB), apresentando recuo em relação à do mesmo período do ano anterior (23,9%).

Capacidade de financiamento caiu R$ 2,8 bilhões em relação ao segundo trimestre de 2005

No segundo trimestre de 2006, a Capacidade de Financiamento da Economia Nacional ficou em R$ 3,1 bilhões, ou seja, houve uma redução de R$ 2,8 bilhões em relação ao segundo trimestre de 2005 (R$ 5,9 bilhões). Isso se deveu, sobretudo, à diminuição do Saldo Externo Corrente (R$ 2,8 bilhões) causada pela diminuição do Saldo Externo de Bens e Serviços que passou de um superávit de R$ 20,9 bilhões, no segundo trimestre de 2005, para R$ 16,6 bilhões, no mesmo período de 2006. Já a Capacidade de Financiamento acumulada no semestre alcançou R$ 6,6 bilhões, contra R$ 13,1 bilhões no primeiro semestre de 2005.

Tabela IV.1 – Contas Econômicas Integradas– 2tri/ 2005 e 2006 - Economia Nacional

A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 492,4 bilhões no segundo trimestre de 2006, contra R$ 462,5 bilhões no mesmo período de 2005. Já a Poupança Bruta atingiu R$ 118,3 bilhões em 2006, com um incremento de R$ 3,5 bilhões quando comparada ao segundo trimestre de 2005 (R$ 114,8 bilhões). No primeiro semestre, a Renda Nacional Bruta alcançou R$ 955,8 bilhões e a Poupança Bruta, R$ 224,4 bilhões.

Tabela IV.2 – Contas Econômicas Integradas - 2tri/ 2005 e 2006
Transações do Resto do Mundo com a Economia Nacional

Financiamentos externos e mais créditos comerciais elevam a captação líquida da Economia Nacional

No segundo trimestre de 2006 a Economia Nacional registrou uma elevação da variação de ativos1 – que passou de uma aplicação liquida positiva de R$ 18 milhões no segundo trimestre de 2005 para R$ 984 milhões no segundo trimestre de 2006. No que se refere à variação de passivos, a captação líquida passou de montantes negativos de R$ 6,6 bilhões para R$ 2,1 bilhões, no mesmo período.

Para o aumento da variação ativa do trimestre contribuiu o resultado do instrumento F.2 – Numerário e Depósitos - que passou de uma aplicação líquida negativa de R$ 29,4 bilhões no segundo trimestre de 2005 para uma aplicação líquida negativa de R$ 13,2 bilhões no mesmo período de 2006. No movimento de F.2, destaca-se o crescimento da aplicação líquida das Reservas em forma de Moeda e Depósitos – de aplicações líquidas negativas de R$ 25,8 bilhões e R$ 6,4 bilhões, respectivamente nos segundos trimestres de 2005 e 2006. Mesmo com o aumento das aplicações líquidas da Economia Nacional no Resto do Mundo, observou-se significativa redução da aplicação líquida positiva, através do instrumento F.3 – Títulos exceto Ações: de R$ 24 bilhões no segundo trimestre de 2005 para R$ 9,5 bilhões no mesmo trimestre de 2006. Esse resultado foi provocado pela variação das aplicações em F.32 – Títulos exceto Ações de Longo Prazo - na qual verificou-se a redução das aplicações líquidas das Reservas Internacionais em forma de Bônus e Notas, de R$ 27,6 bilhões no segundo trimestre de 2005 para R$ 11,8 bilhões no mesmo período de 2006.

Quanto às variações passivas do trimestre, ressaltam-se a redução da captação líquida negativa de Empréstimos e Financiamentos – F4 , e o crescimento da captação líquida positiva de Outros Créditos e Débitos – F7. No caso do primeiro instrumento, F4, registrou-se uma captação líquida negativa de R$ 19,7 bilhões no segundo trimestre de 2005, enquanto que no mesmo período de 2006 a captação líquida foi positiva em R$ 1,7 bilhão. Vale ressaltar que a captação líquida em F.4 cresceu tanto no curto quanto no longo prazo. A trajetória de F.41 – Empréstimos e Financiamentos de curto prazo – passou de uma captação liquida negativa de R$ 11,4 bilhões para uma captação líquida positiva de R$ 40,1 milhões. Já em F.42 – Empréstimos e Financiamentos de longo prazo - registrou-se a passagem de uma captação líquida negativa de R$ 8,3 bilhões no segundo trimestre de 2005 para uma captação líquida positiva de R$ 1,7 bilhão no mesmo trimestre de 2006. O crescimento da captação através de F.42 foi influenciado pelos financiamentos recebidos de Organismos Multilaterais - ingresso de R$ 5,8 bilhões no trimestre -, bem como pela finalização das amortizações junto ao Fundo Monetário Internacional – FMI. No que se refere ao instrumento F7 – Outros Créditos e Débitos - a captação líquida foi positiva em R$ 7,4 bilhões no segundo trimestre de 2006, contra R$ 1,9 bilhão, também positiva, no mesmo período de 2005, sendo o crescimento dos créditos comerciais o principal responsável dessa variação.

Apesar do crescimento da captação liquida da Economia Nacional através dos instrumentos financeiros F4 e F7, houve significativa queda na captação com Títulos exceto Ações – F3: de uma captação líquida negativa de R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre de 2005 para uma captação líquida negativa de R$ 20,9 bilhões no segundo trimestre de 2006. A maior queda ocorreu em F.32 Títulos exceto Ações de Longo Prazo, principalmente pelo pagamento de R$ 13,8 bilhões de dívida reestruturada em abril, pagamentos de R$ 241 milhões em abril e R$ 1,5 bilhão em maio ao Clube de Paris e amortização de R$ 4,3 bilhões em Bônus da República.

Tabela IV.3 - Agregados da Conta Financeira - 2ºtri/ 2005 e 2ºtri/2006