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Em 2006, Brasil colherá 118,094 milhões de toneladas de grãos

O sétimo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do IBGE, traz uma estimativa 0,15% maior que a de junho, com alta de 4,90% em relação à safra de 2005...

10/08/2006 06h31 | Atualizado em 10/08/2006 06h31

O sétimo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do IBGE, traz uma estimativa 0,15% maior que a de junho, com alta de 4,90% em relação à safra de 2005, quando foram colhidas 117,9 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas.

Em 2006, a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) deverá atingir 118,094 milhões de toneladas, estimativa 0,15% superior à de junho (117,922 milhões de toneladas) e 4,90% acima da safra obtida em 2005 (112,574 milhões de toneladas). Os principais ganhos de produção esperados são: milho em grão 1ª safra 4.518.845 t (16,64%), milho em grão 2ª safra 2.397.628 t (30,11%), soja em grão 1.457.767 t (2,85%). A área plantada em 2006, estimada em 45,739 milhões de hectares, reduziu-se em 3,85% em relação a 2005. Os cultivos com maiores reduções em área cultivada são: arroz em grão (945.749 ha ou -24,13%), soja em grão (909.371 ha ou -3,97%) e trigo em grão (646.954 ha ou -27,43%).

Regionalmente, em milhões de toneladas (e percentuais de participação nacional), a produção foi: Sul- 49,664 (42,05%); Centro-Oeste- 38,954 (32,99%); Sudeste- 15,984 (13,54%); Nordeste- 10,050 (8,51%) e Norte- 3,442 (2,91%).

Em 2006, cresceu a produção de quinze das 25 principais culturas

Entre os 25 produtos investigados pelo LSPA do IBGE, quinze apresentam estimativas mais altas em relação a 2005: amendoim em casca 2ª safra (4,08%), aveia em grão (0,44%), batata-inglesa 2ª safra (8,99%), batata-inglesa 3ª safra (1,53%), café em grão (18,83%), cana-de-açúcar (7,65%), cebola (4,64%), feijão em grão 1ª safra (10,87%), feijão em grão 2ª safra (32,75%), laranja (0,02%), mandioca (7,43%), milho em grão 1ª safra (16,64%), milho em grão 2ª safra (30,11%), soja em grão (2,85%) e sorgo em grão (0,13%). Houve quedas nas estimativas de algodão herbáceo em caroço (-23,19%), amendoim em casca 1ª safra (-12,74%), arroz em casca (-12,44%), batata-inglesa 1ª safra (-7,40%), cacau em amêndoa (-12,28%), cevada em grão (-14,79%), feijão em grão 3ª safra (-7,96%), mamona (-32,64%), trigo em grão (-22,87%) e triticale em grão (-7,12%).



Em relação a 2005, milho sobe 19,70% e trigo cai 22,87%

Com a colheita dos produtos da safra de verão praticamente encerrada nos grandes centros produtores de grãos do país, prossegue o acompanhamento das culturas de segunda e terceira safras e de inverno.

O milho 2ª safra mantém um quadro favorável, com alta de 19,70%. Destaque para as elevações na produção da Bahia (24,11%), Paraná (55,04%), Mato Grosso (7,31%), Mato Grosso do Sul (89,37%) e Goiás (42,68%), decorrentes das condições climáticas na época do plantio do cereal. O milho, no entanto, enfrenta dificuldades de estocagem, pois a soja ainda se encontra armazenada, à espera de melhores cotações.

A produção do trigo, principal produto de inverno, deverá atingir 3.592.839 t, com significativa queda (22,87%) em relação a 2005. Isso se deve à redução (-25,10%) da área plantada em todos os estados produtores, ocasionada pela baixa cotação do produto no mercado interno e pela dificuldade de comercialização nas últimas safras. Além disso, a descapitalização e a inadimplência dos produtores resultaram numa safra com baixo nível tecnológico, o que poderá comprometer o rendimento médio.

Produção de café deverá crescer 18,83% e a de cana, 7,65%, em relação a 2005

A safra nacional de café deverá atingir 2.535.768 t (42,2 milhões de sacas de 60 kg) de grãos beneficiados, crescendo 18,83% em relação a 2005. Apesar do pequeno acréscimo (0,94%) na área plantada em 2006, este ano o rendimento médio esperado é de 1.083 kg/ha, 17,72% superior ao da safra anterior (920 kg/ha).

A elevação dos preços do açúcar no mercado externo, associada ao aumento das exportações de álcool e à maior demanda interna com a criação dos carros bicombustíveis, vem criando grandes expectativas para o setor sucroalcooleiro. Espera-se uma produção de 455,272 milhões de toneladas, maior em 7,65% à de 2005, devido, principalmente, ao aumento de 7,56% na área plantada, fato que se verifica nos principais estados produtores. Novas usinas estão sendo construídas, especialmente no Centro-Oeste. Em Goiás e Mato Grosso do Sul a produção cresceu bem acima da média nacional: 20,94% e 24,00%, respectivamente. A estiagem dos últimos meses, tem comprometido a cultura em São Paulo, maior produtor nacional e responsável por 58,44% da safra brasileira, onde houve redução de 1,94% na produtividade, em relação ao ano anterior.

Em relação a junho 2006, destacam-se os crescimentos do milho e da soja

Em relação a junho, destacam-se as variações nas estimativas de seis produtos: café em grão (-1,00%), cevada em grão (-8,54%), milho em grão 1ª safra (-0,51%), milho em grão 2ª safra (2,79%), soja em grão (0,14%) e trigo em grão (-0,49%).



A estimativa da produção do café em grão caiu 1,00% devido a ajustes pontuais em municípios da região de Manhuaçú, Minas Gerais. Possíveis danos à produtividade causados pelo veranico no início deste ano poderão ser melhor avaliados nos próximos meses.

Para a cevada em grão, repete-se o quadro de junho: queda de 8,54%. Tal redução foi influenciada pelos novos números do Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, onde os produtores enfrentam problemas com a classificação e a comercialização das últimas safras e reduziram a área de plantio.

A produção do milho em grão 1ª safra teve pequena queda (0,51%), enquanto a do milho 2ª safra cresceu 2,79%, resultados obtidos com novas informações vindas do Paraná, maior produtos nacional. Para a soja, a alta de 0,14% na produção resulta de reavaliações nos dados da região Sul. Já a estimativa da produção do trigo teve ligeira queda (0,49%), devido a uma reavaliação nos resultados do Paraná, onde ocorreu estiagem nas fases iniciais de desenvolvimento da lavoura.