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IPCA-15 de julho variou – 0,02%


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de -0,02% em julho, queda bem menos intensa do que a registrada em junho, cujo resultado foi –0,15%. Com isto, o acumulado no ano ficou em 1,68% e nos últimos doze meses ficou em 3,89%.

25/07/2006 06h31 | Atualizado em 25/07/2006 06h31

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 13 de junho a 13 de julho e comparados com os vigentes de 16 de maio a 12 de junho. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de -0,02% em julho, queda bem menos intensa do que a registrada em junho, cujo resultado foi –0,15%. Com isto, o acumulado no ano ficou em 1,68% e nos últimos doze meses ficou em 3,89%.

O IPCA-15 referente a julho será o último índice divulgado pelo IBGE com base nas estruturas de ponderações oriundas da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF de 1995-1996. Os próximos resultados dos índices de preços ao consumidor, conforme nota técnica disponível no site do instituto, passarão a ser calculados a partir das estruturas de ponderações derivadas da POF realizada em 2002-2003.

Divulgação detalhada sobre essa atualização foi feita em dezembro de 2005, quando o IBGE tornou disponível toda a metodologia e critérios dos novos pesos (também disponível no site do instituto). Além da introdução das informações da POF, outras inovações foram incorporadas, como a mudança na fórmula de cálculo dos itens sazonais alimentícios, que deixarão de ser calculados por Paasche, passando para Laspeyres, seguindo todos os demais itens.

Em julho, o IPCA-15 caiu menos que no mês anterior, mesmo com a continuidade das quedas ou com menores crescimentos de preços em grande parte dos itens pesquisados. Isto ocorreu porque os combustíveis deixaram de exercer forte influência para baixo. Foi o álcool combustível que deixou de cair tanto: embora tenha ficado 3,76% mais barato em julho, este item havia caído 12,87% em junho. Além disso, o álcool é responsável por 20% da composição da gasolina, e também fez os preços desta última caírem menos: da queda de –1,45% em junho, a gasolina passou para –0,40% em julho.

Já os alimentos (de –0,40% em junho para –0,44% em julho), mantiveram nível similar de queda. Com grande oferta no mercado, vários produtos ficaram mais baratos. Os preços do tomate chegaram a cair 24,81%, enquanto os do feijão carioca baixaram 9,92%. Ocorreram outras quedas em produtos importantes no consumo familiar: hortaliças (-7,69%), carne-seca (-4,28%), frutas (-3,21%), feijão-preto (-3,18%), pescado (-2,09%) e carnes (-0,85%). Alguns poucos alimentos, por outro lado, apresentaram alta no mês. O alho (8,79%), o arroz (3,19%) e o óleo de soja (1,97%) são exemplos.

Dentre os itens em queda destacaram-se, ainda, os artigos de limpeza (-0,35%), os automóveis novos (-0,52%) e a energia elétrica (-0,19%), cujo valor da conta chegou a se reduzir em 4,19% na região metropolitana de Curitiba.

Quanto ao gás de cozinha (de 1,36% para 0,96%), artigos de vestuário (de 0,91% para 0,46%) e remédios (de 0,52% para 0,13%), mostraram redução na taxa de crescimento de um mês para o outro.

Sobre os índices regionais, Goiânia (0,40%), Fortaleza (0,31%), Belo Horizonte (0,13%), Recife (0,07%) e São Paulo (0,02%) não apresentaram deflação. O maior resultado, o de Goiânia (0,40%), foi influenciado, principalmente, pela taxa de água e esgoto (3,08%) e pela gasolina (1,62%). Brasília (-0,34%), onde a gasolina apresentou queda de 3,90% e o álcool de 5,48%, foi a região que ficou com o mais baixo índice regional.