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Em maio, emprego industrial cresce 0,2% em relação a abril

Em maio, o emprego industrial teve variação positiva de 0,2% frente a abril, na série livre de influências sazonais. Há dois meses consecutivos esse índice é positivo e acumula 0,6% de expansão.

14/07/2006 06h31 | Atualizado em 14/07/2006 06h31

Em maio, o emprego industrial teve variação positiva de 0,2% frente a abril, na série livre de influências sazonais. Há dois meses consecutivos esse índice é positivo e acumula 0,6% de expansão. Nos confrontos com o ano de 2005, os resultados permaneceram negativos: -0,4% em relação a maio do ano passado, -0,6% no indicador acumulado no ano e -0,2% no acumulado nos últimos doze meses.

Com a variação positiva na passagem de abril para maio, o indicador de média móvel trimestral manteve-se praticamente estável entre os trimestres encerrados em maio e abril (0,1%).



Em relação a maio de 2005, emprego industrial cai em oito das 14 áreas pesquisada

          Em relação a maio de 2005, a taxa de -0,4% foi determinada, sobretudo, pela redução do emprego em oito dos quatorze locais e em onze das dezoito atividades. Em termos regionais, destacaram-se Rio Grande do Sul (-7,6%),  Paraná  (-4,0%)  e  região  Nordeste  (-2,4%). Os principais responsáveis pelos resultados negativos nos três locais foram, respectivamente: calçados e artigos de couro (-14,8%); madeira (-16,9%) e vestuário (-7,2%). No índice nacional, calçados e artigos de couro (-11,4%) e  máquinas  e  equipamentos (-6,5%) foram os principais impactos negativos.

         Entre as indústrias que pressionaram positivamente o índice geral, no total do país, vale citar os segmentos de alimentos e bebidas (8,5%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,8%). Regionalmente, os principais impactos positivos vieram da região Norte e Centro-Oeste (9,8%) e de São Paulo (0,6%), influenciados, sobretudo, pelos resultados  de  alimentos  e  bebidas  (27,1% e 13,8%, respectivamente).

        No indicador acumulado (janeiro-maio), observou-se redução de 0,6% no contingente de trabalhadores. Entre os nove locais onde as demissões superaram as admissões, as contribuições negativas mais significativas vieram do Rio Grande do Sul (-8,9%), região Nordeste (-3,1%) e Paraná (-3,5%). Por outro lado, região Norte e Centro-Oeste (9,7%) e São Paulo (0,7%) registraram as principais influências positivas no resultado geral. Em nível nacional, o emprego reduziu-se em dez segmentos e os principais impactos negativos ficaram com calçados e artigos de couro (-13,2%) e máquinas e equipamentos (-8,1%). Por outro lado, destacaram-se os acréscimos assinalados em alimentos e bebidas (9,0%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,6%). Vale ainda registrar que, na passagem de abril (0,0%) para maio (-0,2%), o indicador acumulado nos últimos doze meses permanece em trajetória decrescente.

   

Número de horas pagas ficou praticamente estável em maio

          Em maio, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria ficou praticamente estável (0,1%) em relação a abril, na série livre dos efeitos sazonais. Com isso, o indicador de média móvel trimestral apresentou retração de 0,4% entre os trimestres encerrados em maio e abril. O número de horas pagas recuou 0,2% tanto na comparação com igual mês do ano anterior como no indicador acumulado no ano, enquanto no acumulado nos últimos doze meses assinalou variação nula (0,0%).


          A redução de 0,2% do número de horas pagas, no indicador mensal, reflete os resultados negativos em sete dos quatorze locais e dez dos dezoito ramos pesquisados. No corte setorial, as maiores pressões negativas vieram das atividades de vestuário (-7,3%), calçados e artigos de couro (-8,0%) e madeira (-11,2%). Por outro lado, os impactos positivos mais relevantes foram alimentos e bebidas (6,6%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,8%).

         Ainda na comparação com maio de 2005, os três estados da região Sul apresentaram os maiores impactos negativos no resultado nacional: Rio Grande do Sul (-7,7%), Paraná (-5,6%) e Santa Catarina (-3,6%). Na indústria gaúcha, treze das dezoito atividades pesquisadas reduziram o número de horas pagas, dentre essas, as mais expressivas foram calçados e artigos de couro (-11,2%), máquinas e equipamentos (-11,3%) e borracha e plástico (-14,0%). No Paraná, madeira (-22,6%) e vestuário (-10,8%) exerceram as maiores pressões negativas; já em Santa Catarina, o destaque foi a  indústria  de  madeira (-10,3%). As duas principais influências positivas no cômputo geral vieram da região Norte e Centro-Oeste (9,6%) e de São Paulo (1,7%), onde a atividade de alimentos e bebidas foi o principal destaque, com taxas de 23,2% e 10,0%, respectivamente.

         O indicador acumulado no período janeiro-maio registrou variação negativa de 0,2%. Neste resultado, predominaram as pressões vindas de nove áreas e onze setores. Os locais responsáveis pelos  principais  recuos  no  número de horas pagas  foram  Rio Grande do Sul (-8,0%), Paraná (-5,5%) e região Nordeste (-3,2%). A região Norte e Centro-Oeste (9,9%) e São Paulo (2,3%) exerceram as maiores influências positivas. Em termos setoriais, os impactos negativos mais relevantes, no total do país, foram madeira (-15,1%) e máquinas e equipamentos (-7,0%). As indústrias de alimentos e bebidas (6,7%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,9%) exerceram as pressões positivas mais significativas.


         Por fim, o índice acumulado nos últimos doze meses mostra variação nula (0,0%) e mantém trajetória descendente desde junho de 2005 (2,7%).

 

Em relação ao mês de abril, folha de pagamento cresceu 0,7%

 

Em maio de 2006, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, descontadas as influências sazonais, cresceu 0,7% em relação ao mês anterior. Este resultado positivo foi assinalado após dois meses consecutivos de queda, período que acumulou recuo de 2,8%. Com isso, o indicador de média móvel trimestral permanece em trajetória decrescente, apresentando decréscimo de 0,7% entre os trimestres encerrados em maio e abril.

 

No confronto com igual mês do ano passado, a folha de pagamento real mostrou variação nula (0,0%). Nos outros indicadores foram registradas as seguintes taxas positivas: 0,3% no acumulado no ano e 1,7% no acumulado nos últimos doze meses.

 

Na comparação maio 06/ maio 05 (0,0%), dez dos quatorze locais pesquisados apresentaram índices positivos. A principal influência veio de Minas Gerais (9,3%), devido aos aumentos da folha de pagamento em metalurgia básica (8,6%), máquinas e equipamentos (28,2%) e alimentos e bebidas (11,7%). Vale mencionar, ainda, a região Norte e Centro-Oeste (7,7%), por conta, principalmente, de alimentos e bebidas (12,8%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (18,2%); a região Nordeste (2,9%), em função da indústria extrativa (10,6%) e calçados e artigos de couro (15,1%); e São Paulo (0,4%), em virtude de produtos químicos (29,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,0%).  Por outro lado, a principal  redução  veio  do  Rio de  Janeiro  (-14,2%), devido, sobretudo, à indústria extrativa (-62,0%). Este resultado atípico está relacionado à alta na base de comparação, conseqüência do pagamento, em maio de 2005, de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor. A segunda redução mais importante foi observada no Rio Grande do Sul (-5,7%), com destaque para calçados e artigos de couro (-16,4%) e outros produtos da indústria de transformação (-16,6%). No Paraná (-4,9%), foi relevante o decréscimo da folha de pagamentos de alimentos e bebidas (-11,5%) e madeira (-12,1%).

 

Setorialmente, ainda no indicador mensal, a folha de pagamento real diminuiu em dez das dezoito atividades industriais investigadas. As principais pressões negativas vieram da indústria extrativa (-25,9%), máquinas e equipamentos (-7,3%) e outros produtos da indústria de transformação (-9,3%). Em sentido contrário, os maiores impactos positivos foram observados em produtos químicos (13,2%), meios de transporte (4,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,8%).

 

            O indicador acumulado de janeiro a maio, da folha de pagamento real, avançou 0,3%, com acréscimo em nove dos quatorze locais pesquisados. As principais contribuições positivas vieram de Minas Gerais (7,1%), região Norte e Centro-Oeste (8,4%) e Espírito Santo (12,4%), que assinalaram, respectivamente, aumento em meios de transporte (17,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (25,4%); alimentos e bebidas (12,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (23,6%); e metalurgia básica (13,6%)  e  minerais  não-metálicos  (24,4%).  Do  lado  negativo, Rio Grande do Sul (-8,1%) e Paraná (-5,8%) foram os locais que registraram as principais reduções na folha de pagamento, por conta, respectivamente, de calçados e artigos de couro (-23,4%) e produtos químicos (-14,1%); alimentos e bebidas (-9,5%) e madeira (-18,9%).

 

Ainda na análise do acumulado no ano, houve ampliação na folha de pagamento de nove das dezoito atividades. As influências positivas mais relevantes foram observadas em produtos químicos (11,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,3%) e meios de transporte (3,6%), enquanto máquinas e equipamentos (-10,7%), calçados e artigos de couro (-13,8%) e madeira (-13,5%) foram os principais impactos negativos.

 

            O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou crescimento de 1,7%, inferior ao de abril (2,2%) e continua em trajetória descendente desde janeiro de 2005.