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Em maio, produção industrial cresceu 1,6%


Alta de 1,6% em relação a abril, na série com ajuste sazonal, foi a maior desde dezembro último (2,5%). Também houve crescimento de 4,8% em relação a maio de 2005, acumulando 3,3% no ano e 2,6% nos últimos doze meses.

06/07/2006 06h31 | Atualizado em 06/07/2006 06h31

Alta de 1,6% em relação a abril, na série com ajuste sazonal, foi a maior desde dezembro último (2,5%). Também houve crescimento de 4,8% em relação a maio de 2005, acumulando 3,3% no ano e 2,6% nos últimos doze meses.

Em maio, a produção industrial cresceu nos diferentes tipos de comparação: na série com ajuste sazonal, houve aumento de 1,6% em relação a abril e, frente a maio de 2005, elevação de 4,8%. Intensificou-se o resultado positivo acumulado no ano, que passa de 2,9% em abril para 3,3% em maio. O acumulado nos últimos doze meses repetiu o de abril (2,6%).



O aumento no ritmo de produção entre abril e maio atingiu treze das vinte e três atividades com séries sazonalmente ajustadas. Vale citar a alta de veículos automotores (6,2%), vindo a seguir alimentos (2,5%) e máquinas e equipamentos (3,1%). As pressões negativas mais importantes vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-7,9%) e outros químicos (-2,7%).

Entre as categorias de uso, ainda em relação ao mês anterior, o setor de bens intermediários sustentou o maior ritmo de crescimento (1,9%) e teve alta pelo terceiro mês consecutivo, acumulando 2,3% no ano. Também acima da média global (1,6%), o segmento de bens de capital avança 1,8% frente a abril. A produção de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%), embora abaixo da média, mostra aumento pelo segundo mês consecutivo, acumulando 1,8% de avanço nesses dois meses. Bens de consumo duráveis, após crescimento de 1,6% em abril, registra em maio uma queda de 0,3%.

O crescimento da atividade industrial em maio tem impacto positivo na média móvel trimestral, que cresceu 0,5% entre os trimestres encerrados em abril e maio. Entre as categorias de uso, o setor de bens intermediários é o único com acréscimo (0,8%). Os segmentos de bens de capital (-0,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,2%) apontam ligeira queda e a produção de bens de consumo duráveis mostra perda de 1,8% entre os dois trimestres.

O aumento de 4,8% em relação a maio de 2005 refletiu a alta na maioria (23) das vinte e sete atividades pesquisadas. Note-se que houve um dia útil a mais em maio de 2006 em relação ao mesmo mês do ano passado. Dentre as indústrias com aumento de produção, os maiores impactos no índice geral, por ordem de importância, são: veículos automotores (9,4%), alimentos (6,5%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (49,3%) e a indústria extrativa (6,7%). Nestes ramos, os produtos com maior influência no índice foram: automóveis, e peças e acessórios para o sistema de motor; açúcar cristal, e preparações e conservas de peixes; computadores, e monitores; e minérios de ferro, e petróleo. Das quatro atividades em queda, a que mais afetou o índice global foi material eletrônico e equipamentos de comunicações (-8,0%), na qual se destaca o recuo na produção de telefones celulares.

Entre as categorias de uso, ainda no confronto com maio de 2005, o segmento de bens de consumo duráveis obteve a taxa mais elevada (8,1%), apoiado no aumento da produção de automóveis (14,2%) e eletrodomésticos (13,5%). Esse resultado poderia ser ainda mais elevado, não fosse a queda na produção de telefones celulares (-17,4%). A produção de bens de bens de capital superou em 5,9% a de maio do ano passado, impulsionada pelos resultados predominantemente positivos entre os seus subsetores: bens de capital para energia elétrica (38,1%), para construção (24,6%), para transporte (7,2%) e bens de capital para uso misto (3,3%).

As categorias de uso em queda foram: bens de capital agrícolas (-8,8%), que mantém uma seqüência de vinte e um meses consecutivos em queda, e máquinas e equipamentos para fins industriais (-0,8%). O segmento de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 4,9%, particularmente influenciado pelos subsetores de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (6,4%) e outros não duráveis (5,2%), com destaque para os itens refrigerantes e jornais, respectivamente.

A produção de bens intermediários cresceu 4,0%, com taxas positivas em todos os seus subsetores. Os destaques foram insumos industriais elaborados (2,2%), peças e acessórios para transporte industrial (7,3%), insumos industriais básicos (6,2%), alimentos e bebidas elaborados para indústria (8,7%) e combustíveis e lubrificantes elaborados (4,4%). Os principais itens responsáveis por esse desempenho são: relaminados de aço; peças ou acessórios para motor; minérios de ferro; açúcar cristal; e óleo diesel. Também cabe mencionar o comportamento favorável do grupamento de insumos para a construção civil (7,5%). O subsetor de embalagens (0,4%) praticamente repete a produção de maio de 2005.

Alta no acumulado do ano reflete desempenho de vinte setores


O crescimento de 3,3% no acumulado de janeiro-maio, contra igual período de 2005, teve perfil generalizado atingindo vinte setores e as quatro categorias de uso. Entre as atividades, a liderança permanece com máquinas para escritório e equipamentos de informática (59,8%), valendo ainda citar a indústria extrativa (10,0%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,0%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (10,0%). Entre os ramos em queda, outros produtos químicos (-1,7%) e madeira (-8,5%) exerceram as principais pressões negativas.

A análise do acumulado no ano, a partir das categorias de uso, mostra que bens de consumo duráveis (10,2%) apresentou a taxa mais elevada, com bens de capital (6,6%) a seguir, ambas com desempenho acima da média nacional (3,3%). O segmento de bens de consumo semi e não duráveis cresce 3,0%, e o de bens intermediários, 2,1%.

Em síntese, os resultados de maio reforçam os sinais de recuperação no ritmo da atividade fabril. Neste mês a indústria registra o seu nível de produção mais elevado (série ajustada sazonalmente), superando em 1,2% o último recorde (dezembro de 2005). Segundo o índice de média móvel trimestral, a alta observada em abril (0,3%) se acentua em maio (0,5%). Esse movimento de gradual recuperação se deve à oferta de crédito, ao crescimento do rendimento médio real e à inflação em queda, fatores que vêm impulsionando o consumo doméstico. Já o crescimento do segmento de bens de capital e dos insumos da construção civil sinaliza ampliação do investimento. Em relação ao impacto das vendas externas sobre o desempenho da indústria, observa-se que os segmentos relativamente mais exportadores, ao contrário do observado em anos anteriores, vêm crescendo a um ritmo abaixo da média geral (gráfico abaixo).