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PIB do 1º trimestre de 2006 foi de R$ 478,9 bilhões

O Produto Interno Bruto do primeiro trimestre de 2006, a preços de mercado, foi de R$ 478,9 bilhões, sendo R$ 424,6 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 54,2 bilhões de Impostos sobre Produtos.

29/06/2006 06h31 | Atualizado em 29/06/2006 06h31

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1Incluindo ativos de Reservas.

 Em relação ao 1º trimestre de 2005, houve redução de 3,7 bilhões na capacidade de financiamento

A Capacidade de Financiamento da Economia Nacional ficou em R$ 3,6 bilhões no primeiro trimestre de 2006, ou seja, uma diminuição de R$ 3,7 bilhões em relação a igual período de 2005 (Capacidade de Financiamento de R$ 7,2 bilhões). Essa redução deve-se, sobretudo, à variação do Saldo Externo Corrente (R$ -3,6 bilhões) causada principalmente pela redução do Saldo Externo de Bens e Serviços que passou de um superávit de R$ 18,2 bilhões, no primeiro trimestre de 2005, para R$ 16,0 bilhões, no mesmo período de 2006. No mesmo período, as Rendas de Propriedades enviadas ao Resto do Mundo passaram de R$ 13,9 bilhões para R$ 15,1 bilhões.  Este aumento de R$ 1,2 bilhões nas Rendas de Propriedade é explicado pelo aumento do envio de lucros e dividendos ao exterior em R$ 1,7 bilhões e, também, pela diminuição do pagamento de juros em R$ 0,5 bilhões na comparação do primeiro trimestre de 2006 contra o mesmo período de 2005.

A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 463,9 bilhões no primeiro trimestre de 2006 contra R$ 424,5 bilhões no mesmo período de 2005. Nessa mesma base de comparação a Poupança Bruta atingiu R$ 103,6 bilhões em 2006, o que representa um incremento de R$ 5,6 bilhões quando comparado ao primeiro trimestre de 2005 (R$ 98,1 bilhões).

Contas Financeiras: aplicação líquida cresce R$ 34,1 bi no primeiro trimestre de 2006

No primeiro trimestre de 2006, a Economia Nacional registrou uma elevação da variação de ativos1 – que passou de uma aplicação liquida positiva de R$ 30,1 bilhões no primeiro trimestre de 2005 para R$ 34,1 bilhões no mesmo período de 2006. Quanto à variação de passivos, a captação líquida passou de um montante positivo de R$ 22,9 bilhões para R$ 30,2 bilhões, no mesmo período de comparação. 

 No trimestre, o fator que influenciou o aumento da captação, em relação ao primeiro trimestre de 2005, foi o crescimento dos recursos com Créditos Comerciais e Antecipações (F.71), com uma captação líquida positiva de R$ 7,8 bilhões no trimestre, contra R$ 739 milhões no mesmo período de 2005.

Amortizações e recompra de títulos contribuem para a queda da captação no longo prazo

Ressalta-se que o total da captação liquida com Títulos exceto Ações (F.3) apresentou variação de menos de R$ 1,0 bilhão – de R$ 8,6 bilhões para R$ 7,7 bilhões no primeiro trimestre de 2006. Contudo, houve expressiva alteração no que se refere à composição desses totais trimestrais, em termos de curto e longo prazos. O instrumento F.31 (Títulos exceto Ações de Curto Prazo) passou de uma captação líquida de R$ 622 milhões no primeiro trimestre de 2005 para R$ 3,8 bilhões no mesmo período de 2006.

Por outro lado, o instrumento F.32 (Títulos exceto Ações de Longo Prazo) variou de uma captação líquida positiva de R$ 7,9 bilhões para R$ 3,9 bilhões, no mesmo período de comparação. Dessa forma, houve uma recomposição da captação através de F.3, elevando-se os recursos captados no curto prazo e reduzindo-se os de longo prazo. A redução no longo prazo deveu-se fundamentalmente ao crescimento das amortizações pagas de bônus negociados no exterior. No entanto, tais amortizações foram acompanhadas pelo crescimento do ingresso de recursos - captados através de títulos de renda fixa de longo prazo.

No que se refere ao instrumento financeiro F.4 (Empréstimos e Financiamentos), não houve variação relevante no total da captação liquida – de R$ 2,0 bilhões negativo para R$ 1,9 bilhão também negativo no primeiro trimestre de 2006. Contudo, houve redução na captação com  F.41 (Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo), de  R$ 4,6 bilhões positiva no primeiro trimestre de 2005 para R$ 2,2 bilhões negativo no primeiro trimestre de 2006; já em relação a F.42 (Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo), a variação foi de uma captação líquida negativa de R$ 6,6 bilhões para uma captação de 2006.

líquida positiva de R$ 265 milhões, no mesmo período. O aumento da captação líquida com F.42 no período foi provocado pela queda dos pagamentos de amortizações, principalmente às relacionadas com os empréstimos do FMI, caso específico em que não houve nenhum pagamento de amortização no trimestre. Além da queda dessas amortizações, verificou-se ainda o aumento do ingresso de empréstimos e financiamento de longo prazo, de R$ 3,7 bilhões para R$ 7,4 bilhões no período.

Com relação ao aumento da variação ativa do trimestre, destacam-se o aumento das aplicações líquidas em F.3 (Títulos exceto ações) e em F.5 (Ações e outras Participações de capital). As aplicações líquidas em F.3 foram negativas em R$ 3,5 bilhões no primeiro trimestre de 2005, passando para uma aplicação líquida positiva de R$ 6,2 bilhões no mesmo trimestre de 2006. Para esse movimento, contribui o crescimento de em F.32 (Títulos exceto Ações de Longo Prazo) – que passou de uma aplicação líquida negativa de R$ 7,1 bilhões para uma aplicação positiva de R$ 6,5 bilhões. Destaca-se nesta variação o crescimento das aplicações das Reservas Internacionais em forma de Bônus e Notas.  Já em relação a F.5, a captação líquida positiva passou de R$ 2,5 bilhões para R$ 5,8 bilhões, no mesmo período, sendo o principal motivo a elevação do Investimento Brasileiro Direto (IBD), na forma de participação no capital.

Reservas Internacionais crescem menos, em relação ao primeiro trimestre de 2005

Contabilizando-se as transações referentes aos acordos com o FMI, no primeiro trimestre de 2006 a Economia Nacional teve um aumento das reservas internacionais em R$ 12,8 bilhões, contra uma elevação de R$ 27,6 bilhões no mesmo trimestre de 2005. Excluindo as transações com o Fundo Monetário, houve aumento das reservas também em R$12,8 bilhões, contra uma elevação de R$ 30,7 bilhões no primeiro trimestre de 2005. Nota-se que no primeiro trimestre de 2006 o aumento das Reservas Internacionais, com ou sem a contabilização das transações com o FMI, foi o mesmo. Isso deve-se ao fato de não ter havido nenhuma transação com o Fundo Monetário nesse trimestre, seja de desembolsos ou de amortizações.

 

O Produto Interno Bruto do primeiro trimestre de 2006, a preços de mercado, foi de R$ 478,9 bilhões, sendo R$ 424,6 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 54,2 bilhões de Impostos sobre Produtos. Dentre os componentes do Valor Adicionado, a Agropecuária atingiu R$ 34,7 bilhões, a Indústria R$ 168,5 bilhões e os Serviços R$ 248,3 bilhões.

Entre os componentes da demanda, no primeiro trimestre, o Consumo das Famílias totalizou R$ 277,8 bilhões, o Consumo do Governo, R$ 84,5 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo, R$ 97,6 bilhões. Já a Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 16,0 bilhões (R$ 74,8 bilhões de exportações e  R$ 58,7 bilhões de importações), e a Variação de Estoques foi de R$ 2,8 bilhões.

A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2006 foi de 20,4% do PIB. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, esta taxa aumentou em 0,4 ponto percentual. Já a taxa de poupança alcançou 21,6% do PIB, uma redução de 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2005. A taxa de investimento, na comparação com o mesmo trimestre, teve seu maior valor desde 2001 (20,6%). O gráfico abaixo demonstra a evolução dessas taxas como porcentagem do PIB dos anos de 1995 até 2006, no primeiro trimestre de cada ano.