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Em abril, vendas do comércio cresceram 1,52%


Na mesma série com ajuste sazonal, receita nominal cresceu 1,43%. O volume de vendas do varejo cresceu em 26 das 27 unidades da federação.

19/06/2006 06h31 | Atualizado em 19/06/2006 06h31

Na mesma série com ajuste sazonal, receita nominal cresceu 1,43%. O volume de vendas do varejo cresceu em 26 das 27 unidades da federação.

Em abril de 2006, em relação a março e com ajuste sazonal, o comércio varejista do País apresentou variação de 1,52% no volume de vendas e de 1,43% na receita nominal. Nas demais comparações (sem ajustes sazonais) as taxas para o volume de vendas foram de 7,42% sobre abril do ano passado, de 5,64% no acumulado do ano e de 5,05% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal variou 8,86% em relação a abril de 2005, 8,05% na relação janeiro-abril 06/janeiro-abril 05 e 8,92% no acumulado dos últimos 12 meses (tabelas 1 e 2).

A taxa de 1,52% no volume de vendas em abril, na série com ajuste sazonal, indica aceleração no ritmo dos negócios do varejo em relação a março. Entre as quatro atividades (das oito que compõem o setor) com séries ajustadas sazonalmente, três tiveram  altas e uma teve queda: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,67%); Móveis e eletrodomésticos (2,30%); Tecidos, vestuário e calçados (2,62%) e Combustíveis e lubrificantes (-2,28%). Já o segmento de Veículos, motos, partes e peças, parte do comércio varejista ampliado, cresceu 1,02%  sobre o mês anterior.



Na relação abril 06 / abril 05, o volume de vendas cresceu em seis das oito atividades do varejo: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (14,10%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,40%); Móveis e eletrodomésticos (2,79%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (16,57%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,93%); Livros, jornais, revistas e papelaria (4,16%). Houve quedas em Combustíveis e lubrificantes (-10,99%) e em Tecidos, vestuário e calçados (-3,20%).

Em abril, a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 14,10% em relação a abril de 2005, devido à melhora nos níveis de ocupação e rendimento médio real em relação a abril/05, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Tal resultado, o maior obtido pela atividade no ano, também se justifica pelo efeito-base provocado pelo deslocamento da comemoração na Páscoa, de março, em 2005, para abril, em 2006. Segmento de maior peso na estrutura da Pesquisa Mensal de Comércio, seu resultado é determinante na formação da taxa global do setor. O volume de vendas acumulado no ano cresceu 7,40% em relação a igual período de 2005, acumulando 4,23% nos últimos 12 meses.

O volume de vendas da atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceu 19,40% em relação a abril de 2005, devido às vendas da Páscoa pelas lojas de departamento, um dos ramos da atividade. Os acumulados foram 14,24% e 14,82%, no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente.



Em abril, o segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu o terceiro maior impacto no resultado do Comércio Varejista: 2,79% no volume de vendas em relação a abril de 2005, a menor variação desde setembro de 2003, mesmo com a continuidade de condições favoráveis de crédito ao consumo e dos empréstimos consignados em folha. Justifica em parte este resultado o elevado desempenho das vendas em abril de 2005 (23,99%), o mais alto daquele ano. O acumulado do primeiro quadrimestre de 2006, sobre igual período do ano anterior, foi de 8,85% e nos últimos 12 meses, de 12,81%.

Em abril, o volume de vendas da atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação cresceu 16,57% sobre igual mês do ano passado. Deve-se observar que esta atividade esteve muito influenciada pela valorização do real, cuja tendência é de estabilidade nos últimos meses. Cabe ressaltar, ainda, que os últimos resultados foram influenciados pela base de comparação. Os acumulados no ano e em 12 meses foram de 43,41% e de 56,99%, respectivamente.

O volume de vendas da atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu 1,93% em relação a igual período do ano anterior e foi o quinto maior impacto na taxa global do varejo. No ano e nos últimos 12 meses os acumulados foram de 4,72% e 6,86%, respectivamente.

Ainda na relação abril06/abril05, a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com comportamento pouco previsível, obteve variação de 4,16% no volume de vendas, com mínima influência no resultado final do varejo. O acumulado do ano apresentou queda (-0,37%) e o dos últimos 12 meses, alta de 0,46%.

Apresentaram resultados negativos no volume de vendas, na relação abril06/abril05, as atividades de Tecidos, vestuário e calçados, com decréscimo de -3,20%, e Combustíveis e lubrificantes (-10,99%). Em termos acumulados, as variações para Tecidos, vestuário e calçados chegam a 2,63% nos quatro primeiros meses do ano e a 5,17% nos últimos 12 meses. Quanto a Combustíveis e lubrificantes, as taxas são de -8,95% e -8,13%, respectivamente, ao acumulado do ano e dos últimos 12 meses. 

Volume de vendas cresceu em vinte e seis unidades da federação, em relação a abril de 2005

O volume de vendas cresceu em vinte e seis das 27 Unidades da Federação, na comparação abril06/abril05, com as maiores taxas em Roraima (39,32%); Amapá (16,05%); Amazonas (15,87%); Maranhão (14,13%) e Tocantins (13,67%). A única queda ocorreu em Mato Grosso (-11,97%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram São Paulo (7,58%); Minas Gerais (11,33%); Rio de Janeiro (7,84%); Bahia (10,16%) e Santa Catarina com 8,83%.

Com ajuste sazonal e em relação a março, o volume de vendas cresceu em 23 estados e caiu em quatro. As maiores altas foram em Roraima (12,00%); Espírito Santo (9,20%); Pará (5,52%) e DF (4,78%). As quedas foram no Amapá (-6,11%); Tocantins (-5,90%); Sergipe (-1,75%) e Paraíba (-0,06%).

Para o Comércio varejista ampliado (varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), as taxas na relação abril06/abril05 foram 2,63% para o volume de vendas e 4,12% na receita nominal de vendas. Os acumulados do ano e dos últimos 12 meses foram 3,56% e 2,97% para o volume de vendas e 6,15% e 7,40% na receita nominal, respectivamente.

O volume de vendas da atividade de Veículos, motos, partes e peças apresentou queda de -5,20% sobre abril/05. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses as taxas foram de 0,56% e 0,50%, respectivamente. Já o segmento de Material de construção voltou a assinalar queda (-9,03%) sobre abril de 2005.  As taxas acumuladas foram de -2,98% no ano e de -5,67% para os últimos 12 meses.

As maiores taxas do volume de vendas do varejo ampliado foram em Roraima (21,90%); Maranhão (19,90%); Amapá (15,96%); Piauí (13,53%) e Acre (13,32%). Os maiores impactos no resultado global foram Minas Gerais (7,22%); Rio de Janeiro (4,63%); Bahia (7,63%) e Santa Catarina (3,58%).