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Emprego na Indústria caiu 0,1% em agosto


Em agosto, o emprego industrial apresentou queda de 0,1% em relação a julho, na série ajustada sazonalmente.

17/10/2005 07h31 | Atualizado em 17/10/2005 07h31

Em agosto, o emprego industrial apresentou queda de 0,1% em relação a julho, na série ajustada sazonalmente. Os demais indicadores permaneceram positivos: 0,3% no índice mensal (agosto de 2005 frente a agosto de 2004), 1,9% no acumulado no ano e 2,6% no acumulado nos últimos doze meses. O indicador de média móvel trimestral permanece em trajetória descendente, com o nível de emprego registrado no trimestre encerrado em agosto ficando 0,2% abaixo do observado em julho.



No índice mensal, o contingente de trabalhadores na indústria mantém uma seqüência de dezoito meses com taxas positivas, atingindo a menor marca desde abril de 2004 (0,1%). Em agosto, o resultado de 0,3% foi explicado, em grande parte, pelo aumento observado em seis das quatorze áreas e em nove das dezoito divisões. Setorialmente, os ramos que participaram com os maiores impactos positivos na média nacional foram alimentos e bebidas (8,1%), meios de transporte (7,3%) e produtos de metal (8,5%). O primeiro setor representou a principal pressão positiva sobre o emprego das indústrias de São Paulo (2,6%), Minas Gerais (3,4%) e região Norte e Centro-Oeste (3,8%), que foram os estados com maior participação no aumento do número de trabalhadores.

Ainda no confronto mensal, entre os locais que apontaram redução nos postos de trabalho, Rio Grande do Sul (-8,5%) e região Nordeste (-1,9%) exerceram as pressões negativas mais significativas. No total do país, setorialmente, calçados e artigos de couro (-16,1%) e madeira (-13,8%) foram as principais influências negativas na formação da taxa global.

Admissões superam demissões em dez áreas e onze atividades

No período acumulado janeiro-agosto (1,9%), as admissões superaram as demissões em dez áreas e onze atividades. São Paulo (3,0%), Minas Gerais (4,3%) e região Norte e Centro-Oeste (4,6%) figuraram como as principais influências positivas no resultado geral, entre os locais, e alimentos e bebidas (7,4%) e meios de transporte (11,0%), entre os setores. Rio Grande do Sul (-5,0%) e Rio de Janeiro (-1,2%) foram os únicos locais que pressionaram negativamente o índice geral. Setorialmente, calçados e artigos de couro (-10,5%) e madeira (-5,8%) representaram as contribuições negativas mais significativas. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prossegue em trajetória de desaceleração entre julho (2,8%) e agosto (2,6%).



Número de horas pagas cresceu 0,3% na passagem de julho para agosto

O indicador de horas pagas aos trabalhadores, em agosto, apresentou variação positiva (0,3%) em relação a julho na série livre dos efeitos sazonais, após dois meses de resultados negativos, quando acumulou perda de 1,4%. Com isso, o indicador de média móvel trimestral recuou 0,4% entre os trimestres encerrados em agosto e julho, acompanhando a trajetória descendente observada no emprego.



Em relação ao número de horas pagas, os demais indicadores assinalaram acréscimos. Na comparação agosto 2005/ agosto 2004, a taxa ficou em 0,5%, o acumulado no ano registrou expansão de 1,5% e o acumulado nos últimos doze meses exibiu aumento de 2,3%. Na jornada média de trabalho, o indicador mensal obteve variação positiva (0,2%), enquanto as comparações para períodos mais abrangentes, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses, mostraram variações negativas de -0,4% e -0,3%, respectivamente.

O resultado agosto 2005/ agosto 2004 contou, sobretudo, com os desempenhos positivos de cinco dos quatorze locais e sete dos dezoito ramos pesquisados. No corte setorial, as maiores pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (8,8%), meios de transporte (9,1%) e produtos de metal (9,0%). Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes foram em calçados e artigos de couro (-15,2%) e madeira (-13,6%).

Ainda no confronto agosto 2005/ agosto 2004, os locais que apresentaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram: São Paulo (2,9%), Minas Gerais (4,0%) e região Norte e Centro-Oeste (3,3%). Na indústria paulista, nove das dezoito atividades pesquisadas aumentaram o número de horas pagas, com destaque para alimentos e bebidas (12,7%), meios de transporte (11,0%) e produtos de metal (12,2%). Em Minas Gerais, as indústrias de produtos de metal (33,1%) e de alimentos e bebidas (9,5%) exerceram as maiores pressões positivas; e na região Norte e Centro-Oeste, o aumento mais expressivo veio de alimentos e bebidas (15,4%). A principal influência negativa no cômputo geral coube ao Rio Grande do Sul (-8,3%), onde o segmento de calçados e artigos de couro (-22,0%) continua apresentando queda.

O acumulado no período janeiro-agosto registrou aumento de 1,5% no número de horas pagas da indústria. Contribuíram para este resultado, os desempenhos positivos de dez regiões e nove setores industriais. Os locais responsáveis pelos maiores impactos positivos foram: São Paulo (2,4%), Minas Gerais (5,0%) e região Norte e Centro-Oeste (4,2%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-6,1%) e Rio de Janeiro (-2,0%) exerceram as pressões negativas mais relevantes. Setorialmente, os principais acréscimos no total do país vieram de alimentos e bebidas (7,8%), meios de transporte (10,6%) e produtos de metal (6,7%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-11,0%) e madeira (-6,5%) foram as principais contribuições negativas.

O índice acumulado nos últimos doze meses, mesmo crescendo 2,3% em agosto, mantém a trajetória descendente no ritmo de crescimento iniciada em junho (2,7%).



Em agosto, valor da folha de pagamento cresceu 2,2% em relação a julho

O valor real da folha de pagamento apresentou aumento de 2,2% no mês de agosto em relação a julho, já descontadas as influências sazonais. Essa expansão ocorre após dois meses de resultados negativos, quando acumulou perda de 2,5%. Com isso, o indicador de média móvel trimestral mantém-se estável (-0,1%) entre os trimestres encerrados em julho e agosto.



Também foram observadas taxas positivas nos outros tipos de confrontos: expansão de 5,3% em relação a agosto de 2004, aumento de 4,1% no acumulado nos oito primeiros meses do ano e crescimento de 6,0% no acumulado nos últimos doze meses. Em relação à folha de pagamento média real, os resultados também foram positivos: 5,0% no indicador mensal, 2,1% no acumulado no ano e 3,3% no acumulado nos últimos doze meses.

Em relação a agosto de 2004, a folha de pagamento real cresceu 5,3%, com expansão em todos os locais pesquisados. São Paulo (5,3%) sobressaiu-se como principal impacto positivo na formação do índice geral, devido, principalmente, às indústrias de alimentos e bebidas (15,6%), de máquinas e equipamentos (9,6%) e de meios de transporte (6,6%). Em termos setoriais, o aumento do indicador mensal pode ser explicado, sobretudo, pelo crescimento observado em doze das dezoito atividades pesquisadas. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (15,1%), de máquinas e equipamentos (8,7%) e de meios de transporte (7,5%). Por outro lado, destacaram-se com as contribuições negativas mais significativas calçados e artigos de couro (-12,2%) e madeira (-9,0%).

O indicador acumulado no ano mostra crescimento de 4,1% no valor da folha de pagamento real, com predomínio de resultados positivos - treze - entre as dezoito atividades pesquisadas. Os principais destaques, em termos de contribuição para a formação da taxa global, foram meios de transporte (10,3%) e alimentos e bebidas (10,0%). Já os impactos negativos mais relevantes para o cômputo geral foram papel e gráfica (-6,8%), minerais não-metálicos (-5,5%) e calçados e artigos de couro (-7,1%). Regionalmente, entre as quatorze atividades pesquisadas, doze apresentaram expansão, com destaque para São Paulo (3,7%) e Minas Gerais (10,3%). As atividades que mais contribuíram nesses locais foram, respectivamente: meios de transporte (10,7%) e alimentos e bebidas (17,3%); e produtos de metal (63,9%) e metalurgia básica (7,8%). Em contraposição, Pernambuco (-1,1%) e Rio Grande do Sul (-0,1%) aparecem como os únicos resultados negativos, devido, sobretudo, à queda observada na atividade alimentos e bebidas (-7,0%) no primeiro e em calçados e artigos de couro (-14,1%) no segundo. Por fim, o ritmo de crescimento do valor da folha de pagamento real, segundo o indicador acumulado nos últimos doze meses, assinala ligeira desaceleração entre julho (6,4%) e agosto (6,0%), dando continuidade ao movimento iniciado em janeiro. Este comportamento pode ser observado em doze dos quatorze locais pesquisados e em doze das dezoito atividades.