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Em setembro, IPCA teve variação de 0,35%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, de setembro teve variação de 0,35% e ficou acima da taxa de agosto (0,17%).

07/10/2005 06h31 | Atualizado em 07/10/2005 06h31

Aumento na gasolina representou 40% do IPCA de setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, de setembro teve variação de 0,35% e ficou acima da taxa de agosto (0,17%). Com o resultado, o IPCA acumula 3,95% no ano, percentual inferior ao registrado no mesmo período de 2004 (5,49%). Nos últimos doze meses, o índice ficou em 6,04%, próximo à taxa dos doze meses imediatamente anteriores (6,02%), já que em setembro do ano passado (0,33%) a taxa mensal foi semelhante a atual. Para cálculo do índice de setembro foram comparados os preços coletados no período de 26 de agosto a 26 de setembro (referência) com os preços vigentes no período de 28 de julho a 25 de agosto (base).

Sozinha, a gasolina causou um impacto de 0,14 ponto percentual e foi responsável por 40% do IPCA de setembro. Na média, o consumidor passou a pagar mais 3,36% por litro do combustível. O resultado reflete parte do reajuste de 10% nos preços de venda nas refinarias anunciado pela Petrobrás em 10 de setembro, o primeiro reajuste do ano. De janeiro a agosto deste ano, sob influência do álcool que ficou 12,00% mais barato, os preços da gasolina caíram 0,56%. No entanto, nos meses de julho (2,05%), agosto (1,58%) e setembro (1,41%) foram registrados aumentos nos preços do álcool por causa dos reajustes praticados no atacado. Encontram-se, a seguir, os resultados mensais e acumulados.



Com a alta dos combustíveis e de outros itens importantes, o grupo de produtos não alimentícios passou de 0,43% em agosto para 0,52% em setembro e acumulou 4,95% no ano. Um dos itens importantes foi o salário dos empregados domésticos que registrou alta de 1,82%, mostrando reflexos do aumento do salário-mínimo ocorrido em maio, quando o valor passou de R$260,00 para R$300,00. A defasagem entre o reajuste e a apropriação no índice tem por base razões metodológicas.

As contas de água e esgoto subiram, em média, 2,08%, apesar do desconto concedido pela empresa do Rio de Janeiro, onde foi registrada queda de 3,00%. O resultado foi influenciado pelos aumentos nas regiões metropolitanas de São Paulo (7,46%) e Belém (3,35%).

O índice de setembro foi influenciado, ainda, pelas passagens aéreas (2,96%), condomínio (1,21%), automóveis usados (1,01%) e plano de saúde (0,96%).

Quanto aos produtos alimentícios (-0,25), mantiveram a trajetória de queda pelo quarto mês consecutivo. Só que em menor intensidade na comparação com os três meses anteriores (junho, -0,67%, julho, -0,77% e agosto -0,73%). O resultado do mês foi influenciado pelo frango, que ficou 2,85% mais caro, além do café (1,75%) e das carnes (0,99%). A seguir os principais alimentos com aumento em setembro:



Entre as regiões pesquisadas, os maiores índices foram registrados em Recife (0,48%) e São Paulo (0,47%). Em Recife, o resultado foi influenciado pela alta da energia elétrica (5,77%), remédios (1,30%) e salários dos empregados domésticos (3,45%). Em São Paulo, o destaque ficou com a taxa de água e esgoto (7,46%), além dos alimentos (0,02%), que mostraram relativa estabilidade. Goiânia (-0,06%) registrou o menor índice.



O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

INPC variou 0,15% em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de setembro teve variação de 0,15% e ficou acima do resultado estável de agosto, com taxa igual a zero. Com a taxa de setembro, o INPC acumulou 3,47% no ano, abaixo dos 4,59% registrados em igual período de 2004. Nos últimos doze meses, o índice situou-se em 4,99%, taxa também inferior aos doze meses imediatamente anteriores, 5,01%. Em setembro de 2004, o INPC havia registrado variação mensal de 0,17%. Para cálculo do índice de setembro foram comparados os preços coletados no período de 26 de agosto a 26 de setembro (referência) com os preços vigentes no período de 28 de julho a 25 de agosto (base).

De agosto para setembro, os produtos alimentícios passaram de -0,86% para -0,45%, enquanto os não alimentícios passaram de 0,36% para 0,40%.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

O maior índice regional foi registrado em Curitiba (0,35%), enquanto o menor ficou com Brasília (-0,28%).